A importância do conforto com o avanço da idade
O processo de envelhecimento requer algumas adaptações em diferentes aspectos da vida a fim de garantir o conforto e a segurança, desde o espaço onde se vive até o vestuário e as atividades físicas
Com o passar dos anos, o processo de envelhecimento vai deixando marcas mais visíveis no corpo, como problemas nas articulações, menos equilíbrio e flexibilidade, perda da massa muscular e maior fadiga. Nesse contexto, cresce a necessidade de conforto nos lugares por onde os mais velhos circulam, além das roupas e dos calçados.
Outra dificuldade bastante comum são os problemas de circulação, que se tornam mais frequentes a partir do acúmulo de gordura. Esse processo ocasiona o estreitamento das paredes, o que torna a circulação mais lenta. Por isso, usar sapatos confortáveis e seguros é fundamental para garantir uma boa saúde, postergando a possível ocorrência de tais incômodos. Veja alguns fatores para garantir isso.
Atividade física
Embora possa parecer contrária ao conforto, a realização de atividades físicas é fundamental para manter a boa saúde, especialmente, na velhice. Além de impactar os exercícios motores a partir de problemas musculares e circulares, o sedentarismo é um fator de risco para doenças degenerativas e crônicas, como hipertensão, reumatismo e artrite.
Além de reduzir a ocorrência de tais problemas, as atividades físicas impactam positivamente a densidade óssea da população idosa, contribuem para apurar reflexos e mantêm o equilíbrio — o que é fundamental para evitar quedas, especialmente, na faixa etária acima dos 60 anos.
A prática de atividades como caminhada, hidroginástica, aulas de dança e pilates também contribui para uma boa saúde mental dos idosos. Além de reduzir as chances de ansiedade e depressão, diminui dores e inchaços, a partir da melhora do fluxo sanguíneo, aumenta a disposição, promove sonos mais reparadores e expande as chances de ampliar o círculo social — o que impacta positivamente a autoestima.
A realização de exercícios físicos deve ser sempre monitorada por algum profissional para garantir a prática correta e em intensidade adequada para cada corpo. Cada faixa etária e tipo físico possui suas especificidades, sendo sempre recomendado começar com exercícios mais leves, que podem ser intensificados à medida que houver melhor condicionamento.
Roupas e calçados
O conforto também é obtido nas peças de vestuário. Se não existe um único estilo de roupa possível para as pessoas idosas, é importante priorizar o bem-estar ao se vestir, o que não anula a necessidade de manter o próprio gosto pessoal.
Entre as adaptações que garantem mais conforto às roupas, podemos citar: aberturas laterais e calças com elástico. Outro fator importante é o material: aquelas feitas 100% de algodão são mais macias e permitem que a pele do idoso respire melhor. Nas roupas íntimas e nas meias, são preferíveis peças sem elástico e folgadas, também feitas de algodão.
Para calçados, invista em meia e sapatilhas antiderrapantes para garantir mais firmeza ao se movimentar e evitar quedas ou escorregamentos. Os sapatos devem ser adequados ao formato do pé, ao peso e ao tamanho de cada pessoa, não devendo ser largos nem apertados demais, impedindo quedas, joanetes e calor — que pode ser comum nessa idade. Priorize solados aderentes.
Espaços confortáveis
A adequação de espaços físicos às necessidades mais comuns da população idosa também é fundamental para garantir conforto a eles. Em casa, é preciso garantir espaços livres de obstáculos físicos, muito bem iluminados, com entrada de luz natural e ventilação que possa ser regulada, quando possível, pelo próprio idoso.
Itens usados cotidianamente devem ficar bastante visíveis e em fácil alcance, tais como telefones, campainhas, controles remotos, interfones e fechaduras. Paredes, objetos e pisos devem ter contraste otimizado para auxiliar na sua identificação e diferenciação. Isolamento acústico para ruídos inconvenientes também é importante.