Agronegócio

Suzano desenvolve aplicativo para monitoramento de plantio de eucalipto com soluções Microsoft

O gerenciamento de grandes extensões de terras sempre foi um desafio para as companhias que atuam na monocultura. E, no caso da Suzano, maior produtora de celulose de eucalipto, árvore que tem um ciclo de sete anos desde o plantio até a colheita, a dificuldade é ainda maior. Com isso, a companhia desenvolveu por meio de tecnologia Microsoft uma aplicação para a padronização da coleta de dados em florestas de cultivo ao redor do país e para auxiliar técnicos na tomada de decisão quanto ao uso de herbicidas e nutrientes.

Plantio do eucalipto

Para o plantio do eucalipto há uma série de processos que vai desde a preparação do solo, o plantio e a irrigação, até o cuidado com relação ao clima da região ou a presença de plantas daninhas que possam impactar o desenvolvimento das árvores, o que faz necessária a análise de grande quantidade de dados.

De acordo com Felipe Santos, parceiro de TI para a área florestal da Suzano, os dados de localização, inclinação de terreno e composição do solo são armazenados pela Suzano em sistemas legados em cada uma das florestas – ou Unidades de Produção (UPs), como são nomeadas pela companhia. “Antes de criarmos a solução, toda a coleta desses dados era feita forma manual, o que onerava o nosso corpo de colaboradores técnicos, que precisavam digitar todas as informações”, explica.

Power Apps

A solução foi desenvolver uma aplicação por meio de Power Apps, plataforma de desenvolvimento de aplicativos low code (baixo código) da Microsoft, que permitiu aos técnicos atuarem com todas as informações necessárias para a coleta e controle do ambiente nos modos online e offline, levando em consideração as particularidades de cada época do ano e de cada floresta.

Microsoft

Com isso, os dados de históricos podem ser baixados diretamente no aplicativo e, após a coleta dos dados pelos técnicos serem submetidas, a própria plataforma recomenda o uso de herbicidas ou de nutrientes específicos. “Essas recomendações podem ou não ser aceitas pelos técnicos, uma vez que é ele que tem o conhecimento e a expertise necessária para tomar a melhor decisão no combate àquela praga. O aplicativo faz uma sugestão e não pretende tirar a precisão do avaliador”, explica Felipe.

Suzano

O uso da tecnologia permitiu, ainda, aproximar os escritórios da Suzano e os seus funcionários no campo a partir da integração dos dados armazenados no Sharepoint e no OneDrive (onde ficam alocados os documentos anexados pelos técnicos), o que auxilia na garantia da produtividade florestal e a padronização do trabalho nas diferentes regiões.

Já como planos para o futuro, Felipe Santos menciona novos recursos que devem ser acoplados à aplicação. “O desenvolvimento via Power Apps foi facilitado por nos permitir criar sem a necessidade de muitos conhecimentos de codificação. Agora, queremos trazer mais funcionalidades de geoprocessamento, fazendo o app suportar a carga de mapas, a fim de auxiliar nosso time a traçar rotas e gravar o trajeto”, finaliza.

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