Roteiristas de São José dos Campos lançam primeiro longa de ficçã
Projeto “O Chá”, primeiro longa autoral do Núcleo Artemisia, entra em fase de pré-produção e captação via incentivo fiscal e campanha de financiamento coletivo
Três mulheres, histórias potentes e um marco para o audiovisual joseense. O Núcleo Artemisia – coletivo criativo formado pelas roteiristas e escritoras Ana Maria Latgé, Maria Clara Medeiros e Marcella Arnulf, todas de São José dos Campos (SP) – dá o primeiro passo para tirar do papel o longa-metragem “O Chá”, aprovado pela Lei Paulo Gustavo e pelo ProAC ICMS. Trata-se do primeiro longa de ficção financiado por um edital de longa-metragem com verba pública municipal em São José dos Campos.
Com direção de Lee Taylor, reconhecido pelo grande público por seus papeis em “Velho Chico“ (Globo) e ”Irmandade“ (Netflix), a trama é protagonizada por Marcella Arnulf, atriz e uma das roteiristas do projeto, e conta com Luci Pereira (“Travessia” e “Caminho das Índias”, Globo) e Larissa Nunes (“Vidas Bandidas”, Disney, e “Arcanjo Renegado”, Globo) no elenco. O filme mergulha na São José dos Campos da década de 1940 para contar a trajetória de Alice, uma arquiteta cuja visão projeta os planos de industrialização da cidade — planos esses assinados por seu marido. Ao retornar à antiga fazenda da família, ela reencontra Wilda, a mulher que a criou, e com ela vêm à tona memórias e dilemas que insistem em não ficar no passado.
“Queremos mostrar que é possível fazer cinema de qualidade no interior, com histórias que tocam, provocam e representam a força das mulheres como autoras e protagonistas”, afirma Marcella, também atriz e uma das fundadoras do núcleo, uma iniciativa Agência e Hub Criativo EntreNova Conteúdos.
“O Chá” já está em fase de pré-produção através da produtora e escola Master Shot e com captação aberta, tanto por meio de incentivo fiscal (ProAC ICMS) quanto via financiamento coletivo, disponível em https://www.catarse.me/o_cha_filme#posts.
O Núcleo Artemísia desenvolve ainda outros dois projetos com recursos da Lei Paulo Gustavo: o drama “Furacão” que reflete sobre as relações da internet com o tráfico de mulheres e a dramédia ácida “Pílula Roxa”, que narra a história de uma policial que decide investigar por conta própria um influencer Red Pill, ambos em fase de desenvolvimento de roteiro.
O momento agora é de visibilidade e engajamento. Empresas podem apoiar a produção “O Chá” por meio de renúncia fiscal do ICMS, e qualquer pessoa pode colaborar com o cinema feito por mulheres no interior paulista — com qualidade, profundidade e representatividade.
