Projeto Memórias de Carvalho se apresenta dia 4 de maio em São José dos Campos compartilhando o saber popular com as novas gerações
O projeto é gratuito e terá dois momentos: Um show no Parque Vicentina Aranha, às 10h30, e , no período da tarde, às 15h, uma roda de conversa na Cia Cultural Bola de Meia. As atividades contam com acessibilidade em libras e audiodescrição
Há mais de 30 anos, Ana Maria Carvalho e Bel Carvalho se firmam como guardiãs da cultura maranhense. Desde que deixaram a cidade natal de Cururupu, no Maranhão, as irmãs sustentam o compromisso de preservar as memórias que guardam da infância e que, recontadas, são capazes de manter vivos os saberes tradicionais que atravessam gerações, e também os limites territoriais do País.
O domingo em São José dos Campos será dedicado à arte brincante e às reflexões sobre o tema: às 10h30 acontece o Show Memórias de Carvalho e às 15h a Roda de conversa: ‘Cultura da Infância, Transmissão e Oralidade”’, com Ana Maria Carvalho, Bel Carvalho e Lucilene Silva. A mediação de Aline Fernandes.
O espetáculo, que oferece acessibilidade em libras e audiodescrição, foi apresentado no mês de abril em Osasco e na capital Paulista.
Memórias de Carvalho
O projeto de Ana Maria e Bel Carvalho é uma iniciativa que convida o público a revisitar as histórias que foram contadas a elas ainda crianças. Um verdadeiro baú cultural onde se encontram cantigas e brincadeiras populares, passadas adiante por cantadores e mestres da cultura popular brasileira, mas também pelos pais, tios e avós das meninas maranhenses.
Ana Maria e Bel emprestam a voz para conduzir a linha-narrativa do espetáculo ancestral, que se promete dançante e brincante. Os sons e narrativas, garante a dupla, remontam um Brasil do interior, negro e popular.
“É um trabalho de resgate das nossas vivências de infância, e daquelas colhidas ao longo de décadas de trabalho com arte e educação. O Memórias de Carvalho nos permite voltar ao passado, e também nos prepara ao fazer atual, com a continuidade das brincadeiras. A ideia é trazê-las para outras pessoas, outros lugares, e resgatar o prazer do brincar, das trocas coletivas, mantendo vivo o nosso acúmulo cultural”, avalia Bel Carvalho.
A cada apresentação, Ana Maria e Bel são acompanhadas por quatro musicistas e dois brincantes, que cuidam de convidar o público a interagir com as canções e as brincadeiras. São apresentadas onze cantigas tradicionais populares, uma delas ‘Sapo Cururu’, adaptada por Ana Maria Carvalho.
Lei Aldir Blanc
Memórias de Carvalho está sendo viabilizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc – PNAB 20/2024, de Projetos Culturais para Pessoas 60+ na Indústria Criativa, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do governo do Estado de São Paulo e Ministério da Cultura (governo federal). O espetáculo e o bate-papo são uma produção compartilhada pela PiÔ – produção e projetos e a Igarapé Cultura e Arte.
Ana Maria e Bel Carvalho sobem ao palco acompanhadas de Edu Guimarães (sanfona), Helô Ferreira (violão), Ariel Coelho (percussão), Tahyná Oliveira (flauta); e das brincantes Aline Fernandes e Júlia Coelho.
Crédito Imagens: Alecio Cezar
Ficha Técnica:
Vozes principais:
Ana Maria Carvalho
Bel Carvalho
Debatedoras convidadas/ rodas de conversa
Dayane Ribeiro, Leila Castro, Lucilene Silva e Mafuena Oliveira
Mediação rodas de conversa
Aline Fernandes
Sanfona, arranjos e direção musical
Edu Guimarães
Violão 7 cordas
Helô Ferreira
Flauta
Tahyná Oliveira
Percussão
Ariel Coelho
Brincantes
Aline Fernandes e Julia Coelho
Intérprete de libras
Elaine Sampaio e Flávia Minhoca (Campinas)
Audiodescrição (SP)
Ver com Palavras
Consultoria em acessibilidade
Manoel Negraes – Vias Abertas
Técnico de som
Rodrigo Carraro
Técnico de luz
Flávio Pontes
Concepção geral, criação e desenho de figurino
Ana Maria Carvalho e Bel Carvalho
Concepção de cenário
Aline Fernandes, Cleydson Catarina e Nathalia Meyer
Bonecos
Cleydson Catarina
Produção de objetos
Cris Lima
Ilustrações
Sofia Fajersztajn
Projeto gráfico
Andrea Pedro
Assessoria de imprensa
Ana Luiza Basilio e Railídia Carvalho
Produção
Aline Fernandes, Leonardo Escobar e Nathalia Meyer
Assistente de produção
Tabata Araújo
Apoio/mediação
Maitê Amarante
Realização
Igarapé Cultura e Arte
Piô – Produção e Projetos
Confira a agenda:
São José dos Campos
4 de maio (domingo)
Show Memórias de Carvalho
10h30
Parque Vicentina Aranha (Rua Eng. Prudente Meireles de Morais, 302 – V. Aydana)
Acessibilidade: libras e audiodescrição
Atividade Gratuita
Roda de conversa: ‘Cultura da Infância, Transmissão e Oralidade”, com Ana Maria Carvalho, Bel Carvalho e Lucilene Silva; Mediação de Aline Fernandes
15h
Cia Cultural Bola de Meia . Rubi
Rua Porto Principe , 40 – V
Acessibilidade: libras e audiodescrição
Atividade Gratuita
Sobre Ana Maria Carvalho e Isabel Carvalho
Ana Maria Carvalho é cantora, arte educadora, figurinista e brincante da cultura popular brasileira. Premiada como Mestre de Cultura Popular em 2017 pelo Ministério da Cultura, sua origem maranhense revela ritmos tradicionais como o Bumba Meu Boi, Cacuriá, Ladainhas do Divino Espírito Santo, cirandas, acalantos e cantigas de roda.
Movida pela arte, percorreu o Brasil com os grupos Cupuaçu e Teatro Ventoforte, atuando em espetáculos e ministrando oficinas em diversos espaços culturais. Em seus 40 anos de carreira musical, tem o disco “Por Mim e Pelo Meu Povo” como grande símbolo de seu trabalho, reunindo em seu repertório ritmos que apresentam simultaneamente a singularidade e a pluralidade da cultura popular brasileira.
Bel Carvalho é maranhense de Cururupu, vive em São Paulo desde 1987 e atua como educadora social em escolas, institutos e ONG’s. Tem especialização no desenvolvimento artístico e motor de pessoas com deficiência intelectual e na difusão da cultura, artesanato, música e dança popular. É mestra do Grupo Cupuaçu – Centro de estudos de danças populares brasileiras, importante pólo irradiador da cultura popular. É autora do livro Do Auto do Nosso Boi, lançado em 2022, e do álbum Memórias de Carvalho, ao lado de sua irmã Ana Maria, lançado em 2023. Em 2024, lançou seu primeiro álbum solo “Fogueira Doce”, com as toadas do livro. É finalista do Prêmio Profissionais da Música na categoria Mestra da Cultura Popular.
