BrasilMobilidade Urbana

Como transportar crianças no carro com segurança

Entenda o que diz a lei da cadeirinha e veja dicas para transportar os pequenos

Ter um carro facilita a vida de quem tem que transportar crianças para lá e para cá. No entanto, também aumenta a responsabilidade. É preciso seguir o que diz a legislação, porque ela foi pensada por especialistas justamente para garantir a máxima segurança dos pequenos nos veículos.

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) é o órgão que estabelece quais são as regras para cada faixa etária. Desde a cadeirinha de bebê até aquele dispositivo para crianças maiores e também a idade até quando as crianças devem andar apenas no banco traseiro. Você conhece todas essas regras?

O que diz a lei?

A “Lei da Cadeirinha”, em vigor no Brasil há mais de uma década, estabelece algumas regras que já causaram polêmica, como o uso de dispositivos que restringem a movimentação das crianças nos veículos. Mas está mais do que comprovado que esses assentos especiais diminuem os riscos de mortes e lesões graves em acidentes.

Existe um dispositivo adequado para cada fase e ele deve ser trocado na medida em que a criança vai crescendo. As recomendações são as seguintes:

  • de 0 a 1 ano – bebê conforto;
  • de 1 a 4 anos – cadeirinha;
  • de 4 a 7,5 anos – assento de elevação (booster).

Há várias opções de aparelhos no mercado, com variações de acordo com a estatura e o peso da criança. Dê preferência aos que possuem opções de regulagem, assim você garante que não precisará trocar à medida que o seu filho for crescendo.

Se após os 7,5 anos a criança já tiver mais que 1,45 metros, ela pode deixar de usar os dispositivos, mas deve continuar andando apenas no banco traseiro, com cinto de segurança, até os dez anos.

Apesar de a regra ser por idade, a recomendação é que as crianças com estatura menor que 1, 45 metros continuem usando o assento de elevação, pelo menos até os 10 anos.

Após os 10 anos, a criança pode passar a andar no banco da frente, sempre com o cinto de segurança. É preciso avaliar, no entanto, se o equipamento vai ficar confortável para a estatura da criança. Caso ainda não, pode ser melhor que ela espere mais um pouco e continue no banco traseiro por enquanto.

Há exceções? Sim, caso o veículo não tenha banco traseiro ou caso o número de crianças exceda a quantidade de assentos na parte de trás. Nesses casos, elas até podem ir na frente, mas usando o booster adequado para a faixa etária e o cinto de segurança.

Os motoristas que forem flagrados descumprindo as regras ao transportar crianças podem ser multados. A infração é considerada gravíssima.

Como garantir a máxima segurança?

Além da recomendação óbvia de seguir o que diz a lei, as dicas abaixo podem ser valiosas para proteger ainda mais as crianças.

  • Antes de comprar um dispositivo, verifique as condições do seu veículo. Alguns carros mais modernos já vêm equipados com pontos de fixação que facilitam a instalação dos dispositivos (mas aí você precisa investir em modelos que sejam compatíveis).
  • Leia as recomendações do fabricante para entender as especificidades de cada produto, incluindo a maneira correta de instalação no seu veículo.
  • Cheque se o dispositivo está bem instalado e preso ao assento do carro antes de dar partida.
  • Nas primeiras vezes, tire um tempinho para que a criança se adapte antes de sair. Se possível, garanta que um adulto vá junto com elas no banco traseiro para orientar as que já entendem ou observar mais de perto as menores. Isso também evita que o motorista se distraia, o que é mais seguro.
  • Explique para as crianças um pouco maiores a importância dos dispositivos. Isso evita que elas tentem se soltar ou protestem na hora dos passeios.

Image by Freepik

Instagram