Prêmio United Earth Amazonia, Nobel verde da sustentabilidade mundial
Cerimônia de entrega foi realizada na noite de ontem (27) no Teatro Amazonas, em Manaus, e teve entre os premiados os cantores Roberto Carlos e Erasmo Carlos (in memoriam), homenageados pela criação da música “Amazônia”
O Teatro Amazonas, em Manaus, foi palco na noite desta segunda-feira (27) de uma das cerimônias mais importantes para a preservação da Amazônia: a entrega do inédito Prêmio United Earth Amazonia, considerado o Nobel verde, um novo legado do Prêmio Nobel. Os vencedores foram os cantores Roberto Carlos e Erasmo Carlos (in memoriam) na área de Artes e Música, e na área de ESG (responsabilidade socioambiental e governança), os projetos Associação Vaga Lume, Projeto Eco-Etnodesenvolvimento Sateré Mawé, Sakaguchi Agroflorestal, Braziliando, Rede Mulheres do Maranhão, e “Projeto Pamine – Renascer da Floresta”.
“Eu agradeço a todos que lembraram de mim para receber este prêmio. Jamais deixaria de estar presente num momento tão importante como este para o meio ambiente”, disse, emocionado, Roberto Carlos, após receber o prêmio das mãos do presidente da United Earth, Marcus Nobel. Ele ouviu a música “Amazônia”, de sua autoria com o Erasmo, ser entoada pela primeira vez com arranjo preparado pelo maestro Otávio Simões para a Orquestra de Câmara do Amazonas, regida pelo maestro Marcelo de Jesus, e cantou junto com o Coral do Amazonas o refrão “Amazônia, insônia do mundo”. Erasmo Carlos, falecido em novembro do ano passado, também foi premiado e coube ao seu filho, Leo Estevez, receber o prêmio. Leo ressaltou a importância da obra da dupla pela conservação do meio ambiente. “Escutem a música desse dois, entrem nos canais de streaming e ouçam As Baleias, Amazônia e O Progresso. Eles avisaram ao mundo muito antes o que iria acontecer com o meio ambiente. Foi um manifesto”, disse Leo.
Com direção de produção de Alberto Traiger, direção artística de Ian Traiger e produção executiva de Cesar Castanho, a solenidade de entrega do Prêmio United Earth Amazonia durou quase duas horas. Contou com o grupo regional amazonense Gaponga na abertura, foi conduzida pelo mestre de cerimônias, Fabio Marques, e teve a música “Amazônia”, como fundo musical.
Mais de 700 pessoas participaram da solenidade de entrega do prêmio. Entre eles o vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, o prefeito de Manaus, David Almeida, o presidente da United Earth, Marcus Nobel, os fundadores da LCTM BrandBuilders, Sérgio Lopes, Claudio Conde, e Alberto Traiger, além dos executivos que coordenaram diretamente o projeto, Adriana Martins Pacchiele, e Rubenson Chaves, representante institucional da LCTM BrandBuilders e da United Earth na Amazônia. O CEO do Grupo Tellescom, Marcos Jerez Telles, e o VP Industrial da Moto Honda da Amazônia, Julio Koga, ambos patrocinadores do evento, também estavam presentes na cerimônia.
“Esse é um dia especial e emocionante pois faz 50 anos que meu pai (Claes Nobel) propôs a criação do Green Nobel e hoje ele se materializa com a entrega do Prêmio United Earth Amazonia, o Nobel Verde. É Manaus dando exemplo para todo o mundo”, afirmou Marcus Nobel, presidente da United Earth, instituição que criou o prêmio ao lado da LCTM BrandBuilders.
Sérgio Lopes e Cláudio Conde, sócios fundadores da LCTM BrandBuilders, consultoria que também criou o prêmio, emocionados, agradeceram aos que acreditaram no projeto desde quando ele começou a ser idealizado há um ano e meio. “São projetos maravilhosos e tivemos um árduo trabalho para selecionar. Mas, todos podem se considerar vencedores, pois são pessoas que certamente fazem diferença para o planeta”, afirmou Lopes, ressaltando a qualidade dos 22 projetos nominados para participar do processo. “Nesta noite torna-se um marco para as iniciativas de ESG e somos agradecidos por estarmos todos reunidos aqui nesse momento”, pontuou Conde.
Prêmio United Earth Amazonia
O vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, ressaltou que a entrega do Prêmio United Earth Amazonia reverencia pessoas e projetos que representam o verde da floresta e da bandeira brasileira. “São projetos que darão novo tratamento e que farão com que o mundo enxergue a floresta como forma de criar riquezas”, afirmou o vice-governador.
Parceiro desde o pré-lançamento do prêmio em outubro do ano passado, o prefeito David Almeida reforçou a importância de o prêmio acontecer na Amazônia. “Recentemente o presidente Lula foi aos Estados Unidos discutir a Amazônia. Ministros foram à Europa discutir a Amazônia. Queremos a partir de agora, com este prêmio, que as discussões sejam feitas de dentro para fora, com todos nós sendo os protagonistas. O povo da floresta tem muito a ensinar ao Brasil e ao mundo como se preserva o meio ambiente”, declarou o prefeito.
Para o representante da LCTM BrandBuilders na Amazônia, Rubenson Chaves, o evento nasceu grande e integrou todos os ecossistemas que podem ajudar a preservar e desenvolver a Floresta, sem causar danos. “Manaus deve se orgulhar de ser a capital da Amazônia e a primeira cidade a receber o Nobel verde”, finalizou.
Os premiados
A segunda parte do evento foi reservada para o anúncio dos seis projetos premiados. Os representantes dos projetos receberam das mãos de Marcus Nobel uma escultura no formato de uma esfera com seis lados, relacionados com os valores da United Earth, cada um deles representando o homem com seus braços, conectando com a fauna, flora, ar, água, recursos naturais, e com toda a humanidade, integrados e entrelaçados em uma única peça. Com conceito desenvolvido pela designer internacional Silvana Borges, executiva da LCTM BrandBuilders, o prêmio entregue foi criado pelo artista e escultor brasileiro, Darlan Rosa, ambos presentes à cerimônia.
“Estamos muito felizes com o resultado da seleção dos premiados. Os projetos são transformadores, relevantes para a sustentabilidade da Amazônia, e representativos das várias comunidades e de toda a região”, afirmou Adriana Martins Pacchiele, coordenadora executiva do Prêmio United Earth Amazonia. Ela conduziu todo o processo desde a seleção até a escolha dos projetos nominados junto com a equipe de ESG da LCTM BrandBuilders – Ana Marques, Glaucia Bastos, Junia Borges, Warwick Manfrinato, Raquel Padua, Claudio Nascimento, Daniel Penteado e Fábio Sicilia. A auditoria dos projetos coube à Ambipar e a seleção final contou ainda com todos os mais de 20 membros integrantes do Comitê organizador, incluindo o próprio Marcus Nobel.
A gerente de Projetos Educacionais da Associação Vaga Lume, Lia Jamra, acredita que a conquista do Prêmio United Earth Amazonia dará “visibilidade às crianças que participam do projeto para que elas tenham um futuro promissor e cuidadoso para com a floresta. Além disso, é o reconhecimento para os 900 voluntários do programa”. A Associação mantém há 21 anos o projeto com o propósito de empoderar e crianças e jovens das comunidades rurais da Amazônia por meio da leitura e gestão de bibliotecas comunitárias. Está presente em 22 municípios da Amazônia Legal com 89 bibliotecas comunitárias e 5 mil mediadores de leituras formados.
O presidente da Associação Indígena dos Sateré-Mawé (Guaraná), Obadias Batista Garcia, afirmou que ganhar o Prêmio United Earth Amazonia “é o reconhecimento do trabalho de toda uma vida dedicada ao cultivo do waraná e do meu povo. Estou emocionado”. Os “Sateré Mawé” mantém o projeto de Eco-Etnodesenvolvimento que busca a independência econômica por meio da bioeconomia sustentável do guaraná pelas comunidades do Amazonas.
Para Marcela Sakaguchi, gerente administrativa da “Sakaguchi Agroflorestal”, a conquista do Prêmio United Earth Amazonia é uma homenagem ao seu avô, que implantou o Sistema Agroflorestal (SAF). Trata-se de um método de produção agrícola que insere cultivo de culturas anuais e perenes dentro da floresta sem agredir o meio ambiente, desenvolvido pela comunidade de imigrantes japoneses em Tomé-Açu, no Pará. “É um reconhecimento ao trabalho dos meus antepassados em benefício de toda uma comunidade e da floresta”, afirmou Marcela.
A sócia do Braziliando, Tereza Cristina Taranto, representando a fundadora Ana Taranto, ficou emocionada em receber o Prêmio United Earth Amazonia. “Essa validação permitirá que mais pessoas vejam o que estamos fazendo para preservar a floresta e valorizar os povos tradicionais, possibilitando o desenvolvimento sustentável das comunidades”, disse Tereza. O Braziliando é um projeto que desenvolveu a integração entre turistas e os povos tradicionais da Amazônia e inovou por meio de vivencias on line, simulando a experiência em base comunitária.
A presidente Silvana Barbosa, da “Rede Mulheres do Maranhão”, projeto que promove a inclusão social e econômica por meio do empoderamento das mulheres para o empreendedorismo a partir do cultivo e subprodutos do babaçu, enalteceu a conquista. “Ganhar o Prêmio United Earth Amazonia é um símbolo porque é o primeiro prêmio da Rede Mulheres do Maranhão e porque reconhece todo o trabalho que vem sendo feito pelas mulheres. Estamos felizes”, declarou Silvana.
Emocionado também estava o líder indígena Almir Suruí, um dos coordenadores do “Projeto Pamine – Renascer da Floresta”, desenvolvido pela comunidade indígena Paiter Suruí, em Rondônia, para devolver à floresta o que dela for retirado. “É um importante reconhecimento para o nosso projeto para que ele seja um exemplo de como amar a floresta, amar ao próximo e amar o futuro. É um marco para minha família e um exemplo para o mundo de que é possível produzir e preservar a floresta”, ressaltou.
Manaus, sede mundial do Prêmio United Earth Amazonia
Esta é a primeira edição do Prêmio United Earth Amazonia e marca o início de um novo legado – o Nobel verde. Manaus foi escolhida e anunciada como sede, em outubro do ano passado, por ser a ‘Capital da Amazônia’, um símbolo para todos aqueles que tem como propósito a causa da conservação e das populações que se sustentam com o produto da floresta, sem degenerá-la.
A ideia é tornar o Prêmio United Earth Amazonia uma referência, tal qual o Prêmio Nobel, para conscientizar a população sobre a importância da sustentabilidade para o bem-estar da humanidade. A missão é promover globalmente o melhor do Brasil e da Amazônia na Arte e Música, como linguagem unificadora de propósito e iniciativas de ESG (responsabilidade socioambiental e governança), com comprovada relevância e efetividade no suporte à Sustentabilidade da Floresta e seus Habitantes.
Quem é a United Earth
A United Earth é uma organização internacional que reconhece e promove a liderança ambiental e a excelência humanitária em todo o mundo. Foi fundada há 49 anos por Claes Nobel, sobrinho de Alfred Nobel (o mesmo que criou o prêmio Nobel), um visionário que, por três décadas, superou fronteiras, ideologias e diferenças sociais para reunir pessoas e buscar soluções para preocupações ambientais comuns a todos. Atualmente, tem como presidente Marcus Nobel que segue os passos do pai na busca por concentrar esforços, recursos e programas globais em um desafio sem precedentes: unir os povos e as nações da Terra na construção de nosso futuro coletivo e sustentável.
Quem é a LCTM BrandBuilders
A LCTM BrandBuilders é uma consultoria de negócios especializada em celebridades e em identificar e desenvolver oportunidades relacionadas à criação, crescimento e percepção das marcas. Tem como fundadores Sérgio Lopes, Sponsor e Gestor de Relacionamento com Stakeholders Globais, Claudio Condé, Gestor de Relacionamento com Celebridades, Alberto Traiger, Diretor de Produção do Evento e Business Affairs, e Maria Creuza Meza, Gestora de Royalties. Juntos comandam um time de 24 executivos, espalhados pelo mundo, nas bases da LCTM em Miami, Manaus, Rio, Roma, Londres, Tokio, Amman, Amsterdam, e Madrid, sendo quatorze (14) alocados na Criação e Operação do projeto United Earth Amazonia, liderados globalmente por Adriana Pacchiele e representados na Amazônia por Rubenson Chaves.