Saúde

Gestantes com dieta pobre em proteína têm mais chances de causar problemas renais na prole

Consumo de suplementos multivitamínicos diminui riscos de doenças que podem se estender por toda a vida, como insuficiência renal crônica

Com o consumo de suplementos indicado por médicos e nutricionistas – alimentação de vitaminas e nutrientes por cápsulas –, muitas famílias viram a solução para problemas de desidratação, arritmia, agressividade, insônia, cefaleia, falta de concentração, enjoo e agitação.

O que nem todos sabem é que, segundo o estudo publicado na revista PLOS ONE, dos pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além de ocasionar perda de peso a falta de suplementos durante a gravidez, a dieta pobre em proteína durante a gestação é capaz de causar problemas sérios nos fetos que podem ser prolongados a vida inteira, como a perda lenta e gradual das funções renais.

A perda súbita da capacidade de seus rins filtrarem resíduos, sais e líquidos do sangue também é conhecida como insuficiência renal crônica. Quando isso acontece, os resíduos podem chegar a níveis perigosos e afetar a composição química do seu sangue, que pode ficar fora de equilíbrio.

De acordo com o estudo “Além da Nutrição”, da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), os médicos e nutricionistas podem recomendar às gestantes o consumo de suplementos e vitaminas para contribuir em paralelo com a boa alimentação, pois a ingestão de suplementos pode ajudar no alcance dos níveis ideais quando a mulher grávida não consome quantidades satisfatórias de micronutrientes.

A mãe do Paulo Henrique, de 2 anos e 3 meses, Paula Celestino (25), comenta que tomou por pouco tempo, mas já fez uma diferença enorme. “Foi bom, sim. Os suplementos ajudam, tanto a mãe, como a criança. No início da gravidez, é muito cansativo; eu mesma fiquei com anemia, e eles ajudaram a me curar por conta das vitaminas que eles contêm, pois são muitas”, diz Paula.

Durante a gestação, as gestantes podem apresentar deficiência de alguns nutrientes, já que a quantidade no organismo não é suficiente para o crescimento do feto e do seu organismo. Por isso, as futuras mães podem necessitar de suplementos de ferro, cálcio, zinco e cobre, vitaminas (C, D, B6, B12) e ácido fólico, como ácidos graxos e ômega 3.

É interessante destacar ainda a importância de dar continuidade ao tratamento com os suplementos vitamínicos, conforme o crescimento da prole. “O que eu já tomei foi vitamina; eu dei para o meu filho, porque ele não estava se alimentando bem quando ele fez uns 2, 3 anos. Ele começou a não querer comer nada, então fomos buscar a vitamina para complementar, para dar mais vontade de comer também”, comenta Victória Reis (22), moradora de Itapevi e mãe do Fernando.

Foto: Divulgação

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