Economia

Entenda como os juros altos impactam seus investimentos e a economia

O cenário mundial da economia em 2022 foi desafiador e ele continuar exigindo paciência e boa visão dos investidores no próximo ano.

Nem mesmo a economia americana, a mais forte do mundo resistiu aos acontecimentos e para controlar a inflação nos Estados Unidos, o Federal Reserve System (Banco Central Americano) foi obrigado a rever suas projeções e aumentar as taxas de juros.

Muitos países ao redor do mundo trabalham com o sistema de metas de inflação. Desse modo se calcula que durante o período de um ano a inflação deverá estar entre um determinado número mínimo e máximo.

Caso a situação saia do esperado os Bancos Centrais entram e ação tomando as medidas necessárias para conter o aumento da inflação. Isso afeta diretamente não só a população, como também a indústria e os investidores.

Por isso é preciso saber como a taxa de juros impacta os mais diversos investimentos e também buscar conhecimento para superar métodos de investimento conservadores ou então conseguir uma rentabilidade acima da média.

Essa busca do conhecimento pode ser lendo relatórios ou conhecendo a fundo investimentos como Forex, criptomoedas, bolsa de valores e outras opções. No caso do Forex, o site Admiral Markets se dedica a destrinchar os métodos e estratégias e você pode conferir textos sobre bandas de Bollinger, indicadores, psicologia de trading e muito mais.

O Brasil que sempre viveu e uma verdadeira montanha-russa com períodos de inflação controlada e outros de descontrole econômico precisa estar sempre alerta. Tivemos mais de uma década de inflação que chegou a dois dígitos como em março de 1990 com 81,3% ao mês.

Os juros no Brasil estão bem acima dos cobrados pelos países desenvolvidos, que hoje praticam juros em média de 3,5 a 5% ao ano.

Os juros no mundo

Segundo um levantamento da revista Forbes se observarmos as taxas de juros aplicadas em nosso país podemos ver que é a terceira mais alta de todo o mundo, atrás apenas da Argentina e Turquia.

Taxa de juros nominal no mundo

  • Argentina 69,50%
  • Turquia 14%
  • Brasil 13,75%
  • Hungria 10,75%
  • Chile 9,75%
  • Colômbia 9%
  • Rússia 8%

Desta vez o problema não é só brasileiro: as economias de todos os países estão obrigando os seus Bancos Centrais a aumentar as taxas de juros para conter a inflação.

Como funciona a taxa de juros

O Banco Central do Brasil, com suas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) para 13,75% ao ano com o objetivo de tentar controlar a alta dos preços.

O Copom se reúne a cada 45 dias para estipular a taxa Selic, que é decidida para mais ou para menos, de acordo com um estudo baseado em uma cesta de indicadores financeiros.

A Selic foi criada em 1979, quando o Brasil estava sofrendo com a hiperinflação. Esse é o instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para combater a inflação que é o mais conhecido.

Quando aumenta a taxa o dinheiro fica mais caro, menos dinheiro circula no mercado e com isso ocorre uma redução no número de financiamentos, inibindo o consumo em geral, o que força a uma redução da inflação.

Essa estratégia muda quando a inflação baixa, então os juros também são reduzidos para que o consumo e o crédito sejam estimulados. Um dos grandes problemas dessa estratégia de aumentar as taxas de juros é que ela afeta diretamente o crescimento econômico de qualquer país.

É possível simplificar esse processo da seguinte maneira para um melhor entendimento: o Banco Central do Brasil empresta dinheiro para os Bancos, tendo como compensação os juros da taxa Selic. Por outro lado, esse dinheiro é colocado pelos Bancos à disposição do mercado para vários tipos de financiamento.

Com os juros baixos mais operações de financiamento são feitas e a consequência disso é mais dinheiro em circulação, o que acaba causando inflação nos preços.

Para evitar esse excesso de dinheiro na praça, o Banco Central começa a controlar o dinheiro emprestado aos bancos e a vender títulos públicos com juros altos a essas entidades.

O resultado disso é que os Bancos compram esses títulos com juros atraentes e deixam menos dinheiro para financiamentos cobrando juros mais altos. Com menos consumo e menos dinheiro circulando os preços param de subir.

Onde investir com os juros altos

Em épocas de juros altos quem precisa de dinheiro é prejudicado, mas quem tem condições de investir pode sair ganhando. Os investimentos mais compensadores são as aplicações em renda fixa que rendam acima da inflação.

O dinheiro fica mais escasso e mais caro, e dependendo do perfil do investidor, neste caso os mais conservadores, poderá ser vantajoso. Contudo, é preciso verificar alguns pontos importantes como o tempo de aplicação e a liquidez do papel.

Toda vez que a Selic sobe a rentabilidade dos investimentos em renda fixa que estão atrelados a essa taxa automaticamente também sobem.

As melhores opções são Tesouro Direto Selic que é uma das aplicações mais seguras que temos e de excelente liquidez, os CDBs ou Certificados de Depósito Bancário que contam com a cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) de até R$250 mil por CPF e por instituição, caso o banco emissor entre em falência.

Também são boas opções as LCIs – Letras de Crédito Imobiliário e LCAS – Letra de Crédito do Agronegócio que além de terem bom rendimento são isentas de imposto de renda.

Imagem de Robert Owen-Wahl por Pixabay 

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