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Cinco dicas para o novo investidor aderir aos fundos imobiliários

Conheça as principais orientações para ingressar no universo dos FIIs.

Os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) representam uma oportunidade para ingressar na renda variável e diversificar a carteira de aplicações financeiras. Por conta das características e das possibilidades que oferecem aos investidores, cada vez mais pessoas têm optado pelo produto.

Conforme boletim da Bolsa de Valores brasileira (B3), divulgado no início deste ano, o total de investidores em FIIs no país superou a marca de 2 milhões. Somente em janeiro, o mercado acompanhou a chegada de 63 mil novos cotistas, elevando o número para 2,062 milhões. O registro é quase dez vezes maior do que o verificado em dezembro de 2018, quando 208 mil brasileiros investiam em FIIs.

As pessoas que aplicam de forma individual representam 74,1% da base total. Já os investidores institucionais correspondem a 19,4%. Em relação ao volume financeiro negociado, as contribuições individuais equivalem a 67,7% do montante total, enquanto as institucionais representam 21,4%.

O boletim da B3 destaca, também, que o patrimônio líquido dos FIIs alcançou o patamar mais alto de sua história, com o valor de R$ 201 bilhões, em dezembro de 2022,

Atrativos

No Brasil, por muito tempo, a tradição de investir em imóveis envolvia a compra física. Há 30 anos, com a criação da Lei nº 8.668/1993, foi possível iniciar o processo de democratização desse tipo de investimento com a criação dos FIIs.

Na prática, esse tipo de fundo permite que o investidor adquira cotas, que representam uma parte de um imóvel. Dessa forma, é possível começar a investir sem ter a quantia necessária para comprar um imóvel. Há cotas que são vendidas por menos de R$ 20.

Outra facilidade dos FIIs, apontada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) é a gestão profissional desse tipo de fundo, o que permite ao investidor ingressar nesse mercado sem ter que enfrentar muitas burocracias. No entanto, a entidade alerta sobre a cobrança de taxa administrativa por conta desse serviço.

Para a B3, entre as principais vantagens dos FIIs estão a diversificação de ativos do setor, o recebimento regular de rendimentos e o potencial de valorização das cotas. Além disso, a isenção de imposto de renda para pessoas físicas, em determinadas condições, também torna os fundos uma opção atrativa.

Para a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), os FIIs são considerados uma porta de entrada para os investidores iniciantes que desejam ingressar na renda variável. Isso porque, em comparação com outros ativos da modalidade, os fundos são mais seguros.

Embora o universo dos FIIs possa parecer complexo à primeira vista, algumas recomendações podem guiar os investidores iniciantes, ajudando-os a entender por onde começar, como identificar as melhores oportunidades e compreender os riscos envolvidos.

Conheça o seu perfil de investidor

Antes de ingressar no mundo dos FIIs, é essencial que o interessado entenda o seu próprio perfil de investidor, conforme orientações da Anbima. Isso envolve responder a perguntas sobre o horizonte de investimento, os objetivos financeiros e a tolerância ao risco.

As instituições financeiras podem ajudar a filtrar os fundos mais adequados a cada perfil, garantindo escolhas alinhadas aos objetivos, por meio de um questionário de suitability.

O Portal do Investidor, do Governo Federal, define o termo em inglês como “a ideia de que os produtos de investimentos devem estar adequados ao perfil de risco e aos objetivos de cada investidor”.

Diversifique sua carteira de investimentos

A diversificação é considerada a principal estratégia  para mitigar riscos durante o processo de aplicação de recursos financeiros. A B3 recomenda que os investidores incluam diferentes tipos de FIIs, como aqueles que reúnem ativos de shoppings, escritórios, residências e galpões logísticos.

Também é recomendado que a composição da carteira de investimentos não direcione todos os recursos para apenas um tipo de investimento ou modalidade. Dessa forma, é preciso distribuir os valores em aplicações de renda fixa e renda variável. Isso ajuda a equilibrar os riscos e aumentar as chances de retorno consistente ao longo do tempo.

Analise os FIIs com cautela

Antes de investir em qualquer FII, é preciso realizar uma análise minuciosa sobre o portfólio. A orientação é estudar o histórico de desempenho do fundo, os ativos subjacentes, a reputação da gestora e as taxas envolvidas. Também é recomendado acompanhar as informações e relatórios disponibilizados na lâmina do fundo e no site da B3.

Fique atento às taxas e aos custos

Os FIIs podem cobrar taxas de administração e de performance. Por isso, é importante entender como as cobranças afetam o retorno financeiro e, assim, escolher fundos com custos compatíveis com cada meta de investimento. Além disso, é preciso considerar os valores de corretagem ao comprar e vender cotas.

Acompanhe o mercado regularmente

O mercado imobiliário e as condições econômicas podem variar no decorrer do tempo, o que afeta diretamente o comportamento dos investimentos. Portanto, é fundamental acompanhar o desempenho dos FIIs e reavaliar, periodicamente, a carteira de investimentos para garantir que ela continue alinhada aos objetivos traçados e às expectativas de retorno.

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