São José dos Campos lidera ranking Cidades Amigas da Internet 2020
Levantamento avalia o processo de autorização para instalação de antenas e redes nos 100 maiores municípios brasileiros
São José dos Campos foi a 1ª colocada na 5ª edição do Ranking Cidades Amigas da Internet, divulgada nesta terça-feira pelo Sinditelebrasil. O levantamento identifica, entre as 100 maiores cidades brasileiras, as que mais incentivam a instalação de infraestrutura de telecomunicações por meio de ações e políticas públicas. O ranking leva em conta informações sobre legislação, burocracia, prazo, onerosidade e efetividade para a implantação de redes e antenas.
Sinditelebrasil
A segunda colocada foi Uberlândia. Porto Alegre é a capital mais bem posicionada, em 3º lugar, por ter implantado o licenciamento expresso e eletrônico, reduzindo os prazos. Brasília, São Paulo e Belo Horizonte, por sua vez, são as capitais brasileiras que menos estimulam a oferta de serviços de telecomunicações no país – estão entre as dez últimas do ranking.
São José dos Campos foi a 1ª colocada na 5ª edição do Ranking Cidades Amigas da Internet
“As cidades levam em média seis meses para autorizar a implantação de uma antena, enquanto a Lei das Antenas prevê um prazo máximo de dois meses”, diz o presidente executivo da associação que reúne as grandes empresas de telecom, Marcos Ferrari. De acordo com o levantamento, 98% das 100 maiores cidades do país não atendem o prazo estabelecido e 76% exigem licença para antenas de pequeno porte, contrariando a lei.
Santo André, 16ª posição no ranking, foi o município que mais subiu em relação ao ano anterior, 82 posições. A modernização de sua legislação em 2019 permitiu este expressivo ganho. João Pessoa foi a capital que mais subiu em relação a 2019, 73 posições, passando para a 15ª colocação. A alteração na lei municipal e a sua aplicação foram os fatores de impulsão na nota.
Por Marcos Ferrari, presidente do Sinditelebrasil
(Marcos Ferrari, presidente-executivo do SindiTelebrasil, é doutor em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e foi diretor de Infraestrutura e Governo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De 2016 a 2018, foi secretário de Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento e, anteriormente, secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Também foi presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo)