Quais as melhores opções de investimentos para aposentadoria?
Confira quatro opções para não depender apenas do INSS na hora em que mais precisar.
É senso comum dizer que brasileiros não pensam na aposentadoria, mas infelizmente os dados confirmam esse adágio. Em 2018, cerca de 47% dos brasileiros aposentados precisaram aumentar sua renda, segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil.
Apenas 1% da população de aposentados consegue arcar com seus custos. Da mesma forma, somente 9% dos brasileiros possuem algum investimento de aposentadoria além da Previdência Social. Ou seja: as pessoas não apenas se preparam mal, como também não sabem como investir para a aposentadoria.
Felizmente, os números de investidores também cresceram: agora são mais de 3,5 milhões de brasileiros que investem na bolsa, segundo a B3. Seja no mercado de ações ou em renda variável, existem opções bastante acessíveis para criar uma aposentadoria confortável. Conheça quatro delas neste texto.
Títulos públicos de longa duração
O Tesouro Direto é a plataforma que possibilita a aquisição de títulos do governo pelos investidores. Existem diversas opções de investimento neste mercado, mas, para criar aposentadoria, os títulos de longo prazo são bastante atrativos.
Precisamente, os títulos públicos atrelados à inflação oferecem grandes vantagens, como a taxa pós-fixada. Ou seja: o seu investimento estará protegido contra as mudanças nas taxas de juros. Além disso, esses títulos costumam ser corrigidos pela inflação e, com isso, protegem também o poder de compra.
Normalmente, os títulos de longo prazo possuem vencimentos bastante alongados, como 20, 30 e até mesmo 40 anos. De maneira geral, o investimento é garantido pelo próprio governo federal, tornando praticamente zero o risco de perda do capital investido.
Previdência privada
A previdência privada é o nome mais conhecido quando o assunto é uma alternativa de aposentadoria para o INSS. Este produto, aliás, é utilizado por apenas 9% dos brasileiros, mas possui uma série de vantagens.
Em primeiro lugar, o dinheiro aplicado na previdência privada pertence ao investidor. Ao contrário do INSS, que remunera os aposentados com a contribuição de quem trabalha, os fundos de previdência privada são individuais. Você consegue checar suas contribuições, bem como o valor que está acumulado no fundo.
Com essa vantagem, não existe limite e tampouco obrigatoriedade de contribuição. Você decide quanto quer contribuir e, no final do plano, recebe o valor que foi acumulado. Nesse sentido, também há como escolher se deseja receber todo o valor de uma vez ou se quer fazer retiradas mensais.
Apesar de sua praticidade, os fundos de previdência privada escondem uma série de taxas e custos escondidos, por isso é importante escolher com atenção. Verifique sempre as taxas de administração e dê preferência a fundos que não cobrem taxas de carregamento nas aplicações.
Ações
O aumento de investidores na B3 e a redução da taxa Selic fizeram o brasileiro voltar seus olhos para as ações. Sim, elas são investimentos de renda variável e, portanto, possuem riscos. Mas se utilizadas da forma correta, elas podem compor uma excelente carteira previdenciária.
Incluir ações em seu portfólio representa construir patrimônio, algo mais impactante que acumular dinheiro. Ao ter ações, você se torna sócio de uma empresa e passa a ter voto em suas decisões. E caso a empresa cresça, suas ações tendem a se valorizar, aumentando o capital aplicado inicialmente.
Por fim, as empresas também utilizam seus lucros para remunerar os acionistas através de dividendos. Esta renda, distribuída periodicamente, vai para o seu bolso como acionista da empresa, garantindo um fluxo de renda passiva constante. Logo, investir em ações representa um ganho duplo de valorização dos papéis com renda para aposentadoria.
Fundos imobiliários
Os fundos imobiliários, como o próprio nome diz, aplicam o dinheiro em imóveis, um dos investimentos pelos quais o brasileiro é mais apaixonado. Esses fundos ajudam a facilitar e baratear o investimento em imóveis. Basicamente, um fundo imobiliário reúne o dinheiro dos investidores para adquirir imóveis. O patrimônio é administrado por um gestor que cuida dos custos e burocracia, sendo remunerado por isso.
Ao mesmo tempo, os fundos imobiliários alugam esses imóveis e distribuem o lucro (exceto as taxas) para os cotistas. A maioria dos fundos imobiliários distribui rendimentos mensais, uma política ideal para quem busca ter uma renda passiva para manter os gastos todos os meses.
Esses fundos possuem suas cotas negociadas em bolsa. Portanto, são investimentos de renda variável, como as ações. No entanto, apresentam menos volatilidade e, por isso, são ideais para quem está começando a montar uma carteira previdenciária e não deseja tomar sustos.