Economia

5 meses após à saída do Sérgio Moro: Dólar continua em alta

Como a Bolsa de Valores tem caído, e o dólar vem aumentando a cada dia, as condições financeiras do país se encontram cada vez mais restritas. Uma das consequências disso é que os bancos tendem a se retrair ainda mais no que se refere à oferta de crédito.

Outra situação esperada pelos analistas é a piora na confiança, que é agravada pela incerteza de uma possível renúncia ou impeachment do presidente Jair Bolsonaro, após denúncias do Ex ministro Sérgio Moro .

Além disso, no momento atual, não se sabe ao certo qual o rumo que o dólar irá tomar. E isso influencia diretamente não só no mercado financeiro, como também na vida de cada cidadão.

Antes da saída de Sérgio Moro, já enfrentávamos uma alta acentuada da moeda norte-americana, devido aos cortes das taxas de juros. E agora, o dólar também está mais voltado para um cenário de incerteza.

O cenário de instabilidade causa volatilidade no mercado financeiro. Nesse momento, a recomendação é que os investidores tenham cautela. Depois que um novo ministro da Justiça assumir o cargo, é possível que tenhamos alguma sinalização sobre a diretriz a ser seguida pelo governo. Mas tudo é incerto até então.

Com a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça, a continuidade no trabalho dos demais ministros acaba sendo colocada em cheque. E contribui para as grandes dificuldades que vêm sendo enfrentadas pelo país no momento.

Quando houve o processo de impeachment da presidente Dilma, a economia do país ficou paralisada. Naquele momento, ninguém sabia, ao certo, o que estava por vir. O cenário era de uma grande incerteza.

Uma situação semelhante já vem acontecendo, com esse novo foco de crise política, e que tende a ser agravado com a pandemia do Coronavírus. Depois que a situação da pandemia estiver sob controle, ainda assim o país tende a demorar para se recuperar, e retomar o crescimento econômico. Pois o processo político causa um grande atraso na retomada do crescimento.

Crise econômica e o mercado financeiro

O processo político causa muitos problemas. Além do mais, atrapalha muito a economia e causa lentidão no processo de recuperação. Sem contar que a incerteza no mercado financeiro é muito grande. Afinal de contas, ninguém sabe qual o rumo da economia do país. E as incertezas não são bem vistas pelo mercado.

Diante disso, o que vemos é um grande potencial de a economia do país afundar de vez. Levando o PIB do Brasil a uma retração de 8%. De acordo com analistas, se o presidente concentrasse os seus esforços apenas nas eleições do ano de 2022, seria um verdadeiro “tiro no pé”.

Depois que essa crise passar, haverá a necessidade de um ajuste fiscal muito grande. Porém, para que isso seja possível, o governo precisa de força política, e isso ele não terá. Assim, seguir com as reformas que são importantes e necessárias, não será mais possível.

Sérgio Moro era considerado como um dos pilares do governo de Jair Bolsonaro. Portanto, com a sua saída, a instabilidade política e econômica do país fica ainda mais acentuada. Além de enfraquecer o governo, a economia tomou rumos de total incerteza.

Com isso, fica ainda mais difícil avançar com várias questões de extrema importância para que a economia do país continue caminhando. Em especial pelo agravamento com a questão do Coronavírus.

Dessa forma, de acordo, principais carteiras de pagamentos de investidores, quanto maior for a incerteza do mercado, maior será a resistência e a disposição de investidores apostarem no Brasil e na Bolsa de Valores brasileira. Afinal de contas, investir em ativos com futuros incertos, sem saber para onde irão as diretrizes econômicas do país, não é indicado para ninguém.

Com essa situação, o movimento do dólar também sofre. Em situações em que não sabemos o que está por vir e o que podemos esperar do governo, o risco-país aumenta muito, impactando diretamente a cotação do dólar.

Os grandes investidores sempre buscam por mais clareza no momento de realizarem grandes investimentos.

Porém, diante do quadro atual, no qual se encontra a economia brasileira, percebemos que há uma grande distância entre a realidade, e o que é preciso para prover um cenário adequado para o desenvolvimento econômico do Brasil.

No entanto, 5 meses após a saída do Moro, a confiança para a realização de investimentos no país continua alta. E mesmo com a saída de Sérgio Moro e com a crise econômico que se instalou, a situação tende a ficar  estável e logo voltamos a normalidade. 

De acordo com a interpretação dos economistas, as trocas de acusações entre Moro, ex-ministro, e Jair Bolsonaro, não tendem a piorar as condições financeiras do país. E tudo isso se baseia em palpites e levou apenas a impactos diretos tanto na avaliação de risco, quanto na concessão de crédito e nos juros nos primeiros meses, provocando uma retração temporária acentuada do PIB (Produto Interno Bruto).

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