Economia

Live commerce: entenda como o modelo pode revolucionar as vendas do e-commerce no Brasil

Na China, a tendência foi responsável por movimentar mais de US$ 123 bilhões em 2020

O e-commerce tem crescido muito desde o início da pandemia no Brasil. É um fato: comprar online já faz parte da rotina do brasileiro, e isso tende a crescer ainda mais nos próximos anos. Em 2021, por exemplo, a agência eMarketer já registrou que o país é o segundo com maior crescimento em seu comércio eletrônico, atrás somente da Índia. A pesquisa mostra que o e-commerce do Brasil vai ter um avanço de 26,8%, o que o posiciona à frente de Rússia, Argentina e México. 

No entanto, ainda que ocupe a prata no ranking de crescimento, o país ainda está muito atrás dos gigantes no comércio online: tem caminhado a passos de formiga para conquistar o público e cativá-lo ao online – não à toa, mesmo com a pandemia, o varejo físico apresentou certo crescimento e preferência. E isso ocorre principalmente pela forma de venda, que, por aqui, ainda tem pouco dinamismo. Em países já reconhecidos pelo comércio eletrônico – a China e os Estados Unidos são um excelente exemplo –, algumas estratégias de venda se destacam no e-commerce. Uma delas, recém-chegada ao Brasil, é o live commerce, mas será que…

É lucrativo?

A grande pergunta que fica é: essa estratégia, de fato, gera lucros? Bem, na China, o modelo de venda por live commerce foi responsável por movimentar mais de US$ 123 bilhões em 2020, de acordo com dados da consultoria ChoZan. E, no Brasil, ainda que tímida, a prática tem gerado bom faturamento para as marcas, especialmente no setor de moda: marcas como C&A, Riachuelo, Farm, Arezzo, Renner e Chilli Beans têm apostado no live commerce para ampliar as vendas.

Em linhas gerais, a estratégia funciona porque, além de trazer promoções específicas para os espectadores da live – algo que também gera engajamento nas redes sociais, vale lembrar –, o público se sente mais conectado com a marca, além de adquirir mais confiança em um produto lançado e testado ao vivo. 

E como isso funciona?

Na prática, o conceito de live commerce é simples: trata-se da venda de produtos durante transmissões ao vivo – as famosas lives. Normalmente, são feitas pela própria varejista responsável pelo produto à venda ou, de forma mais inteligente, por meio de marketing de influência: a comercialização e demonstração do produto durante a live é feita por um influenciador que se conecta à marca e ao público.

O modelo se parece muito com o que era feito em canais de televisão específicos para a venda e demonstração de produtos. Quem se lembra do canal da Polishop, que fazia promoções para quem ligasse por telefone para adquirir algum produto no momento da programação? No live commerce, o modelo é semelhante, mas os processos são bem mais automáticos. 

Além de gerar mais confiança e renda, o modelo de live commerce também tende a ser uma forma bastante recorrente para atrair a clientela: estabelecer dias para o lançamento de produtos ou para descontos, por meio de lives pré-agendadas, cria uma expectativa no consumidor.

Integridade gera…novos clientes!

Com tantas estratégias para sair à frente do e-commerce, o importante é começar: fazer lives para promover produtos pode ser um diferencial da marca. E ter profissionais ativos para controlar os fluxos de compra e venda durante a transmissão ao vivo faz toda a diferença, até mesmo para pequenos negócios de MEI para emitir nota fiscal. O importante é trabalhar de forma integrada para garantir que o varejo eletrônico funcione e atenda às necessidades do cliente, o que inclui organização e planejamento recorrentes.

Foto:iStock

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