Cultura

Estreia do espetáculo “Mãe, sou Queer!” será neste domingo (18), em São José

Peça com temática LGBTQIA+ terá apresentação gratuita no CAC Walmor Chagas, às 19h, e contará com tradução simultânea em Língua Brasileira de Sinais (Libras)

Estreia em São José dos Campos, no próximo domingo (18), às 19h, o espetáculo “Mãe, sou Queer!” que, com um texto sensível e desafiador, pretende levar o público a acompanhar os caminhos trilhados pelas mães de filhes “queers”, até a aceitação.

Uma história onde vários medos, expectativas, dúvidas e questões sobre os padrões heteronormativos virão à tona.

O espetáculo, que foi aprovado com recursos do Programa Ação Cultural (ProAC 2022), da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, é uma realização da Cia da Entropia, de São José dos Campos, e tem o apoio gestor da Cooperativa Paulista de Teatro.

A apresentação será no CAC Walmor Chagas (rua Netuno, 41 – Jardim da Granja). Para promover a inclusão e a acessibilidade de todos os públicos, a apresentação terá tradução simultânea em Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Os ingressos são gratuitos, mas é necessário reservar, antecipadamente, pelo Sympla.

O espetáculo

São duas personagens em cena (uma mãe solo e sua filhe). A filha interpretada pela atriz Guia, que faz parte da comunidade queer, e a mãe interpretada pela atriz Simone Sobreda, que é mãe de uma filha bissexual.

As duas já estiveram juntas em outros encontros de trabalho e, a partir destes encontros e de muitas conversas, decidiram contar suas histórias que, aliás, se mistura com histórias de diversas mães e filhes.

A peça vai escancarar que, embora pensamentos referentes a gênero e suas performances tenham passado por transformações substantivas ao longo da história, a sexualidade e gênero ainda são encarados como grandes tabus. Um assunto velado, principalmente, no âmbito familiar, devido à sua organização heteronormativa.

No entanto, essa delimitação dos papéis de gênero e suas expectativas passa a ser repensada por corpos que desobedecem às normas.

O que é ser diferente no vestir, no agir, na expressão do próprio ser?

O texto destaca também temas referentes às causas atribuídas à sexualidade desses filhes e a superação de preconceitos.

Será que o que entendemos sobre o amor seja só apego aos nossos ideais?

A peça tem dramaturgia colaborativa entre as atrizes e o diretor Diogo Cábuli, com provocações de Henri Ferraz.

“Essa obra foi gerada por muitos seres incríveis, fazedores da arte e “queermeras” da vida. Tivemos que girar muitas engrenagens para que esse trem desse a partida e nos encontramos, muitas vezes, suspensos a mais de mil metros do chão, buscando o melhor caminho para se contar essa história. O processo colaborativo realizado por pessoas, na sua maioria queers, se fez potente e desafiador. Nesse caminho foi necessário dar um salto, para além das bolhas que vivemos”, disse Diogo.

Após a estreia em São José dos Campos, a peça vai percorrer outras três cidades do interior: Americana, Registro e São Sebastião. E volta para mais uma apresentação em São José dos Campos, no dia 9 de março.

Cia da Entropia

A Cia da Entropia nasceu oficialmente em 2018, em São José dos Campos, da união das experiências da atriz Simone Sobreda em produção e atuação, e de Elton Dietrich, em administração e gestão financeira.

A Cia da Entropia faz uso de estruturas do teatro contemporâneo, documental e narrativo para trazer em seus processos os temas sociais e políticos que impulsionam seus criadores na vida e no fazer artístico.

A entropia é uma variável de estado da termodinâmica que é popularmente associada ao conceito de desordem. O nome foi escolhido, portanto, devido ao caos interno e externo que coabitam os artistas e que, a partir dessa desordem, transformam-na em arte.

“Mãe, sou Queer!”

DIA: 18.02 (domingo), às 19h

CAC Walmor Chagas

LOCAL: CAC Walmor Chagas (rua Netuno, 41 – Jardim da Granja)

CLASSIFICAÇÃO: 14 anos

INGRESSOS: gratuitos, mas é preciso reservar antecipadamente pelo Sympla

FICHA TÉCNICA

Atrizes: Guia e Simone Sobreda Direção Geral: Diogo Cábuli Criação de Figurino: K8 Valença

Cenógrafo, iluminador e produtor audiovisual: Wilian S. Sousa

Sonoplasta e técnico de som: João Gouvêa Técnica e operadora de luz: B.R. Gabs Produtora executiva: Bel Gomes

Gestor Financeiro: Elton Dietrich Videomaker: Drop Video Preparadora corporal: Brun Willi

Design gráfico, social media e provocador: Henri Ferraz

Intérprete de Libras: Sara Elisiê

Apoio: Cia Bola de Meia, Teatro Marcelo Denny, Manifesto Criativo, CAC Walmor Chagas e Associação Transbordamos

Execução: Cia da Entropia

Produção: Manifestoprod

Foto:Henri Ferraz

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