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Olimpíadas 2020 em Tóquio podem ser adiadas por causa do coronavírus

Uma das maiores pandemias da história tem afetado eventos internacionais de todos os setores

Desde dezembro de 2019, o termo “coronavírus” tem estado presente nos noticiários de todo o mundo. Isso porque, no último mês do ano passado, os primeiros casos confirmados da doença foram anunciados na cidade Wuhan, na China. Desde então, o vírus causador da doença, o COVID-19, tem se espalhado por todo o planeta e feito vítimas em, praticamente, todos os países.

Dentre as muitas medidas que vêm sido tomadas para evitar a continuidade da disseminação do vírus, está o cancelamento e o adiamento de eventos, em especial, os internacionais com grande número de pessoas presentes ao mesmo tempo. As Olimpíadas de 2020, programadas para acontecerem entre julho e agosto, estão na lista dos eventos ameaçados.

A sede oficial da cerimônia, esse ano, é a cidade de Tóquio, capital do Japão. Seguindo o exemplo da vizinha China, o Japão tem conseguido frear o avanço da doença. Mas um evento de porte internacional, como as Olimpíadas, preocupa pela quantidade de pessoas compartilhando os mesmos espaços físicos, tais como as arenas de competição e as cadeiras dos estádios.

Autoridades japonesas dão seu parecer inicial

A Ministra das Olimpíadas no Japão, a ex-patinadora Seiko Hashimoto, diz que o acordo existente com o COI, Comitê Olímpico Internacional, possibilita o adiamento, se for necessário. Nesse acordo, porém, os jogos olímpicos devem acontecer ainda esse ano.

Caso isso não ocorra, o COI poderá cancelar oficialmente o evento esportivo. Diante disso, Hashimoto afirma que o governo japonês não está medindo esforços para que tudo se mantenha nas datas previstas. As Olimpíadas de 2020 estão marcadas para acontecer entre os dias 24 de julho e 9 de agosto.

Otimismo marca os próximos passos

A intenção do país é de manter os jogos como planejado. Enquanto diversos eventos de porte internacional têm sido adiados em todo o mundo, Shinzo Abe, o Primeiro-ministro do Japão, afirma que os Jogos Olímpicos em Tóquio acontecerão sem maiores dificuldades.

Abe declarou que o país vai superar a propagação da infecção e controlar a disseminação da doença. Mesmo que a possibilidade seja cogitada pela Ministra das Olimpíadas e pelo acordo com o COI, o Primeiro-ministro do Japão declara que isso não acontecerá.

Apesar do otimismo japonês, eventos ligados às Olimpíadas já foram afetados, sendo adiados ou cancelados. Desses, destacam-se os de qualificação de várias modalidades e o interrompimento do revezamento da tocha Olímpica na Grécia.

Mesmo assim, desde o início da disseminação do vírus pela Ásia e pelo mundo, todos os envolvidos na realização do evento orientaram o país a manter o planejamento — desde o governo japonês até o próprio COI.

Em nota oficial, o Comitê Olímpico Internacional elogia os esforços do Japão em manter a data inicial do evento. Ao mesmo tempo, parabeniza qualquer esforço e sacrifício futuro que se apresente necessário para reduzir os riscos aos quais poderiam estar vulneráveis os atletas e a população.

Ao mesmo tempo, orienta que os atletas continuem se preparando fisicamente e fazendo suas rotinas de treino. Diz, por fim, que manterá a todos informados sobre eventuais novidade futuras ou qualquer decisão a ser feita.

Até o momento, o Japão tem 804 casos confirmados da doença. Desses, seis morreram e 32 se recuperaram. Só no fim de semana do domingo passado, dia 15 março, 31 novos casos foram confirmados.

Thomas Bach, presidente do COI, acredita numa solução menos radical, caso haja necessidade. Bach propõe que, se preciso, os jogos podem ser reduzidos. Mesmo assim, ele diz não considerar o cancelamento.

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