Importância da anamnese para o atendimento médico
É fundamental que o médico tenha todo o histórico dos sintomas narrados pelo paciente para realizar o atendimento
Para que um hospital ou clínica médica seja bem-visto pelo mercado e conquiste a confiança dos pacientes, é preciso oferecer um atendimento de qualidade.
Nesse sentido, a anamnese é indispensável para a avaliação clínica dos pacientes, visto que se trata de um procedimento que auxilia na determinação de diagnósticos mais precisos.
Por isso, neste artigo, reunimos as principais informações sobre a anamnese, desde o conceito, a importância até dicas do que deve ser analisado. Acompanhe a leitura!
O que é anamnese médica?
Partindo do princípio que a palavra grega anamnese significa lembrança ou recordação, podemos afirmar que a anamnese médica é um processo que consiste no registro de dados por parte do médico, obtidos em uma conversa inicial com o paciente.
Esses dados estão relacionados à vida da pessoa em questão e devem ser detalhados ao máximo possível para que contribuam de fato com o diagnóstico.
Qual a importância da anamnese?
A anamnese é fundamental para o tratamento adequado do paciente, visto que orienta os profissionais de saúde sobre a ordem em que os exames serão executados, além de ajudarem a identificar outras possíveis intervenções que podem ser feitas.
Por exemplo, uma possível lesão na região lombar pode ser diagnosticada com base no cotidiano do paciente.
Entretanto, a anamnese não serve apenas para determinar uma lesão, mas também para descobrir doenças e suas possíveis causas, além de facilitar a decisão pela melhor opção de tratamento.
Obviamente, sendo necessário, os exames físicos e laboratoriais deverão ser realizados para chegar a uma conclusão precisa, contudo, sem a realização de uma boa anamnese, o resultado pode não ser totalmente satisfatório e, consequentemente, o atendimento ao paciente não será completo.
O que deve ser analisado ao fazer uma anamnese?
A técnica é executada pelo médico e alicerçada em conhecimentos científicos. Dessa forma, a abordagem é direta com o paciente, através de perguntas e respostas. Para isso, é preciso coletar:
- dados de identificação do paciente, como nome, endereço e dados pessoais;
- a principal reclamação do paciente (dor, febre, desconforto, entre outros);
- diagnósticos anteriores, se for o caso, bem como informações sobre o histórico familiar, visto que muitas doenças podem ser hereditárias;
- histórico de patologia pregressa e social;
- interrogatório sintomatológico (revisão de sistemas).
Mesmo com posse de todas essas informações, é necessário obter dados mais efetivos e avaliar o próprio comportamento do paciente.
De todo modo, para que a anamnese seja a mais eficiente possível, é necessário seguir alguns passos. Entre os principais, podemos destacar:
Conferir os parâmetros clínicos do paciente
De início, os parâmetros vitais devem ser investigados. Isso significa que o primeiro passo é verificar a pressão arterial, observar a temperatura corporal, checar os reflexos naturais e a glicemia do paciente.
Após conferir todos esses parâmetros, pergunte ao paciente se ele sente alguma dor ou desconforto. Assim, será mais fácil averiguar os sintomas relatados.
Observar a linguagem não verbal do paciente
Pode ser que o paciente não consiga explicar ou omita informações. Por esse motivo, é preciso ficar atento aos sinais corporais. Sendo assim, observe as atitudes que ele tem durante a consulta, como movimentos da face, forma de andar, gestos, etc.
Alguns dos sinais mais comuns que podem indicar que o paciente está omitindo informações ou apresenta doenças psíquicas são: braços cruzados, movimentos repetitivos e desvio do olhar.
Mostrar o resultado ao paciente
Por fim, você deve compartilhar com o paciente as informações que foram coletadas, bem como diagnósticos e possíveis tratamentos.
O acesso ao prontuário é um direito do paciente e auxilia no preenchimento de possíveis lacunas. Ademais, procure manter sempre uma conversa sincera e franca com ele, sem deixar o atendimento humanizado de lado.