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Fazer exercício físico aumenta o apetite: verdade ou mentira?

A busca por uma vida saudável deve estar atrelada a orientação e supervisão de profissionais preparados e capacitados para atender às suas metas pessoais

A ideia de fazer exercícios físicos, não perder peso e ter muito apetite vem de uma visão divulgada pela imprensa internacional, principalmente no início do século XXI, porém estudos científicos apontam exatamente o inverso: a atividade física promove redução de peso e medidas, desde que haja um correto acompanhamento nutricional, visto que essa prática promove a perda de energia e calorias.

 A descoberta da Grelina, em 1999, um hormônio composto por 28 aminoácidos, segregado principalmente pelo estômago, tem o papel de estimular o apetite e a secreção do hormônio do crescimento (GH); desta forma, gerou muitos debates sobre a questão dos efeitos da atividade física sobre o apetite, além de mal entendido sobre essa temática. Tanto é que estudos se fizeram necessários para dirimir essa dúvida, inclusive com destaque ao respeito à individualidade corporal de cada pessoa.

 Uma pesquisa publicada na Medicine & Science in Sports & Exercise, realizada por pesquisadores das universidades de Utah e do Colorado, nos Estados Unidos, que estudaram 24 homens e mulheres, entre a idade de 18 e 55 anos, concluiu que pelo menos uma caminhada rápida ou levantamento de pesos leves não afeta a alimentação pós-atividade física, até mesmo que as hormonas do apetite podem ter diminuído depois da mesma, mas não interferem no volume de alimentação. O estudo apontou ainda que os voluntários tiveram uma queima de, aproximadamente, 300 calorias em cada sessão de exercícios, ou seja, menor do que as 1.000 calorias consumidas no almoço pelas pessoas em estudo, porém uma quantidade maior do que quando não praticavam nenhuma atividade física.

 Outro destaque é do American College of Sports Medicine, que aponta que exercícios físicos vigorosos diminuem temporariamente a vontade de comer, retornando em seguida, porém não o suficiente para suprir a energia gasta na atividade, ou seja, fazer exercício não aumenta a vontade de se alimentar; inclusive aponta não existir diferença entre os homens e as mulheres na prática de exercícios e no consequente aumento de apetite.

Podemos concluir, portanto, que a prática de atividade física sempre deve ser realizada com a orientação e supervisão de um profissional capacitado da área de educação física, seja para um treino de bícepsou de quadríceps, assim como é necessário um acompanhamento nutricional, com ênfase em atividades funcionais, para adequação da alimentação pré e pós-treino; dessa forma, ocorrerá o equilíbrio alimentar, para saciar sua fome e auxiliar na recuperação muscular e na perda de peso.

Imagem de karabulakastan por Pixabay 

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