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Afinal, quem fiscaliza o quê? Entenda os órgãos que multam nas estradas brasileiras

Atuação conjunta de diferentes entidades garante monitoramento nas vias estaduais e federais

Com a extensa malha rodoviária brasileira, a fiscalização de veículos em trânsito exige uma operação coordenada e ampla. No entanto, muitos motoristas ainda têm dúvidas sobre quem são os responsáveis pela aplicação de multas nas estradas e quais esferas de governo atuam na regulação do tráfego.

Saber identificar qual órgão está por trás de uma infração registrada pode ajudar a esclarecer a legalidade da multa e a forma correta de recorrer.

A fiscalização nas rodovias brasileiras é realizada por diferentes entidades, a depender do tipo de via (municipal, estadual ou federal) e da natureza da infração. Dentre os principais órgãos responsáveis estão a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans), os Departamentos de Estradas de Rodagem (DERs) e, em alguns casos, concessionárias privadas que administram trechos de rodovias por meio de parcerias público-privadas.

Polícia Rodoviária Federal: foco nas estradas federais

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) é vinculada ao Ministério da Justiça e tem como responsabilidade principal fiscalizar o trânsito nas rodovias federais. Ela atua na segurança viária, combate a crimes como tráfico de drogas e contrabando, e aplica multas por infrações cometidas em BRs (rodovias federais). Além disso, a PRF também promove ações educativas e presta apoio em situações de emergência nas estradas.

Quando o motorista é autuado em uma BR, é possível consultar a multa da PRFno site oficial da corporação.

DERs e Detrans: atuação em vias estaduais

As estradas estaduais são fiscalizadas pelos Departamentos de Estradas de Rodagem (DERs), que operam sob gestão dos governos estaduais. Cada estado possui seu DER, responsável por monitorar o tráfego em rodovias com sigla iniciada por “SP”, “RJ”, “MG”, entre outras.

Já os Detrans, que também são órgãos estaduais, têm atribuições mais amplas, como o controle e registro de veículos, a habilitação de condutores e a aplicação de multas em vias urbanas e, eventualmente, em estradas estaduais, quando integrados ao sistema de monitoramento rodoviário.

Concessionárias privadas e a fiscalização automatizada

Trechos de rodovias concedidos à iniciativa privada também podem contar com sistemas de fiscalização próprios, geralmente integrados a câmeras e radares automáticos. Nessas situações, a empresa concessionária pode registrar infrações — como excesso de velocidade ou evasão de pedágio — e encaminhá-las à autoridade de trânsito competente para emissão da multa.

Importante destacar que, embora a fiscalização possa ser realizada pela concessionária, a autuação oficial sempre precisa estar respaldada por um órgão público credenciado, como o DER ou o Detran.

Municípios também aplicam multas

Além dos órgãos federais e estaduais, os municípios têm autoridade para fiscalizar e aplicar multas no perímetro urbano. Isso inclui entradas e saídas de cidades, além de avenidas que dão acesso a rodovias. Guardas municipais e agentes de trânsito podem registrar infrações como estacionamento irregular, avanço de sinal e uso do celular ao volante.

Nos casos em que um motorista comete uma infração na divisa entre cidades ou em rodovias que cortam áreas urbanas, a competência para aplicação da multa pode variar, o que reforça a importância de conferir o órgão emissor da autuação.

Segurança viária

A fiscalização nas estradas brasileiras é realizada por uma rede de órgãos que atuam de forma complementar para garantir a segurança viária e o cumprimento das leis de trânsito. Entender quem fiscaliza o quê ajuda o condutor a saber a quem recorrer em caso de dúvidas ou contestações de multas. Mais do que evitar penalidades, respeitar as regras é uma atitude que contribui para um trânsito mais seguro e eficiente para todos.

Foto: Freepik

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