Arquitetura & Design de Interiores

3 situações em que a falta de conforto térmico prejudica o seu dia a dia

Importante conceito na arquitetura, a manutenção do conforto térmico é essencial para a promoção da saúde.

A promoção e a manutenção de nossa qualidade de vida dependem de diversos fatores, tanto internos, quanto externos. O cuidado com a saúde mental, bem como a convivência em um ambiente limpo e até as nossas dinâmicas de sociabilidade são elementos essenciais para que tenhamos o que também é conhecido como conforto psicológico.

Contudo, um fator muito ignorado é o conforto térmico. Para além da temperatura do ambiente, este conceito envolve a satisfação com o clima de um ambiente durante um determinado período. Ou seja, também devem ser consideradas a umidade do ar e a velocidade do vento.

Na arquitetura, por exemplo, projetos bem elaborados vão considerar de que forma o desenho do ambiente vai contribuir para a manutenção do conforto térmico, seja por meio dos materiais utilizados, da quantidade de janelas e até das cores que serão usadas.

Acima de tudo, o conforto térmico é uma questão de saúde e, por esse motivo, deve ser levado a sério. Assim, se por um lado, a sua manutenção promove bem-estar, por outro, a sua ausência tem efeitos graves.

No trabalho

Não é raro que passemos por situações em que a temperatura do ar-condicionado no ambiente de trabalho é uma polêmica. Uns preferem que ela esteja mais fria, outros mais quente e, algumas vezes, é difícil chegar em um consenso. Distanciando-se do gosto pessoal, o conforto térmico tem efeito direto na produtividade no ambiente de trabalho.

Tanto que, por meio da N17, o Ministério do Trabalho recomenda que as temperaturas estejam entre 20 e 23 graus Celsius, para ambientes internos que envolvem atividades do intelecto. Ainda é indicado que a umidade relativa do ar seja inferior a 40%.

Um estudo recente, realizado por meio de uma parceria entre a Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, e o Centro de Ciências Sociais de Berlim WZB, mostrou não só como o conforto ou o desconforto térmico influenciam na produtividade do trabalho, mas também comprovou que homens e mulheres experimentam isso de maneira diferente.

Enquanto as mulheres são mais produtivas a 26ºC, os homens demonstram melhor desempenho laboral a 21ºC. Entre as duas temperaturas, ambos têm desempenho razoável, o que é o mais indicado pelos pesquisadores envolvidos na pesquisa.

Na academia

Os seres humanos têm um sistema que é conhecido por realizar a termorregulação. Assim, diversos mecanismos são ativados para que a temperatura externa seja equiparada com a de nosso corpo. No frio, por exemplo, os movimentos dos tremores ocorrem para gerar mais calor.

Já com temperaturas mais altas, suamos para que a evaporação da transpiração retire o calor de nosso corpo. Apesar de serem extremamente saudáveis e recomendados, exercícios físicos são situações atípicas de nosso dia a dia, em que o corpo é colocado à prova, incluindo o sistema de termorregulação.

Em vias práticas, o superaquecimento do corpo durante uma atividade física é extremamente prejudicial não só para a execução do exercício, como para a saúde toda.

Desse modo, academias devem ter sistemas de refrigeração e purificação do ar, enquanto os atletas, profissionais ou amadores, devem estar atentos ao seu corpo, sempre ingerindo líquido, fazendo pausas e estando sob a orientação de um orientador qualificado.

Na natureza

Estar ao ar livre é uma maravilha. Entretanto, se por um lado em ambientes fechados, como trabalho, casa e academia, é possível construir sistemas de controle para que o conforto térmico seja produzido, na natureza, isso é quase impossível.

Por isso, seja esquiando, na praia ou fazendo uma trilha, tenha certeza de que você está preparado para as temperaturas e as condições, tanto de ar, quanto de vento, que vai enfrentar. Use roupas adequadas e tenha em mente que outras medidas devem ser tomadas antes de se aventurar.

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