Cultura

SINGULARIDADES: Exposição coletiva com curadoria de Francela Carrera

A Galeria Poente tem o prazer de convidar para a abertura da exposição coletiva Singularidades, com curadoria de Francela Carrera.

Trata-se do resultado de uma mentoria de dez artistas visuais, realizada por um período de 4 meses pela curadora, recém-residente em São José dos Campos.

A Mentoria na Galeria Poente foi orientada pela curadora Francela Carrera que planejou uma dinâmica de grupo de estudos onde se compreendeu como gerenciar a carreira artística a partir de uma perspectiva real, com ferramentas e práticas para se inserir no campo profissional da arte. A primeira edição teve a participação de 10 artistas que trabalharam ao longo de 4 meses com acompanhamento grupal e individual ao longo de 8 encontros para entender as necessidades específicas de cada um, orientar seus processos criativos e finalmente desenvolver uma exposição coletiva.

O trabalho do artista vai além do processo criativo. Para se inserir no mercado de arte e promover a circulação de sua produção em diferentes espaços, como galerias, museus, exposições físicas e virtuais, o artista contemporâneo precisa de ferramentas para entender os interesses e as demandas do mundo da arte. Por isso, é importante que o artista de hoje conheça e compreenda todas as etapas específicas de uma série de ferramentas para ter maior possibilidade de mostrar seu trabalho de forma profissional e assim atingir seus objetivos.

SINGULARIDADES

A exposição coletiva Singularidades apresenta o fruto do período de mentoria, apresentando uma coleção de obras que exploram a singularidade resultante das pesquisas individuais de cada artista. As obras mergulham em temáticas que vão desde artivismo, introspecções, passagens e memória afetiva, até reflexões sobre o contexto social contemporâneo. Essa produção consiste em trabalhos inéditos que foram desenvolvidos ao longo de encontros em grupo e individuais. Durante esses momentos, cada artista elaborou sua poética a partir das pesquisas acumuladas ao longo de sua trajetória, agora, contudo, focando na palavra-chave “max”. Este termo incitou diálogos sobre seu significado, podendo ser interpretado como máximo esforço ou máximo cansaço, refletindo as características únicas e singulares de cada participante e de suas obras.

SOBRE A CURADORA

Francela Carrera (Guatemala)

Curadora independente, seu foco de pesquisa envolve a mentoria de artistas como também análise de conceitos políticos, históricos e religiosos presentes na produção artística de mulheres da América Central. Atualmente, faz parte da Associação de Críticos de Arte (ABCA), exerce a função de curadora no Instituto Artistas Latinas e no Instituto Armazém Coletivo Elza. Possui mestrado em Artes Visuais na linha de pesquisa “Processos Artísticos Contemporâneos” (2023) pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Concluiu o curso de extensão universitária em “Gestão Cultural” (2019) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É graduada em Bacharelado em Artes Visuais, com ênfase em Pintura, Gravura e Escultura (2019), pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

SOBRE AS ARTISTAS

Bel Mattos (Brasil, DF)

Artista multimídia, pesquisadora corporal e educadora. A sua pesquisa relaciona gênero, corpo, sexualidade e autobiografia. Utiliza seu corpo como suporte e seu sangue como substância pictórica, entretece elementos e técnicas têxteis, a estética relacional, objetos sensíveis e poéticas do feminino. Sua vida e produções são atravessadas por ritos de passagem, ritos de nascer, parir e morrer alinhavados à questões sociais, memória, espiritualidade, ancestralidade e corpo-território. É produtora cultural e integrante do coletivo e núcleo de criação Assalto cultural, colaborando com cenografias, figurinos, expografia, espaços do brincar, mobiliários afetivos, instalações artísticas e ações sociais. Possui licenciatura em Artes Visuais, pós-graduação em Dança e Expressão Corporal, além de diversas especializações na área da saúde ( PICs), onde também atua.

Cláu Epiphanio (Brasil, SP)

Artista visual e muralista vale-paraibana, suas obras exploram os labirintos da psique feminina em suas obras. Com sensibilidade, sua pesquisa desvenda os arquétipos que habitam esse universo, utilizando de materialidades como tecidos, bordados, tintas, madeira e cimento. Sua arte transcende a estética, mergulhando nos simbolismos da natureza e da existência, convidando à introspecção e contemplação das complexidades femininas e do mundo ao redor. Suas obras são convites à reflexão, estimulando um diálogo íntimo com as vivências e emoções do espectador.

Formada em Moda pela Universidade do Vale do Paraíba (2010), espacialização em desenho Corpo e Movimento na Escola Ar.Co, Lisboa/PT (2011), e fez cursos livres voltados em Desenho e Pintura (2019/2022).

Eliete Santos (Brasil, SP)

Artista das cênicas, bailarina criadora –intérprete e artista visual.

No Festidança foi participação especial em 5 edições. Educadora produz seus espetáculos onde desenvolve temas sobre arquétipos humanos na tragédia. Profissional da colagem procura divulgar a ideia da urgência da reutilização dos materiais destinados ao descarte.

Desde 2016 atua entre Brasil e Portugal. É ativista antirracismo além de colaboradora em Ongs como Bola de Meia, Sociedade Holística Humanitária e Celebreiros de São José dos Campos. Possui mestrado em Práticas Artísticas em Artes Visuais focado no “Estudo das narrativas” (2019) pela Universidade de Évora em Portugal. É graduada em Bacharelado em Filosofia (2003) e História (2006) pela Univap.

Fabiolla Canedo (Brasil, GO)

Artista que explora a intersecção entre a arte e a filosofia, buscando expressão através do abstrato, sob uma perspectiva humana e reflexiva. Sua poética se constrói pela pintura e escultura, propondo a observação e reflexão acerca da passagem do tempo, de como ele nos atravessa, nos impacta e se manifesta, na natureza, nos objetos, nas pessoas e nas emoções. Sua pesquisa busca um olhar sobre a impermanência, a transitoriedade e a imperfeição, apoiada no conceito oriental wabi sabi, que valoriza a passagem do tempo e a degradação como símbolos de beleza e processo natural da vida. Mestre em Filosofia do Direito – PUC-SP, Pós-Graduanda em Arte, Literatura e Filosofia – PUC-RS, também é professora e pesquisa filosofia da arte.

Fernanda Segolin (Brasil, SP)

Artista gráfica, muralista e ilustradora nascida em São José dos Campos, traz consigo uma paixão pelas artes visuais desde o início de sua jornada.

Formou-se em Design Gráfico pela Belas Artes de São Paulo em 2008, mas foi em 2014 que iniciou uma jornada marcante na criação de uma poética e estilo gráfico distintos, que se tornaram sua assinatura como designer e artista.

Com uma década de dedicação à arte de desenhar pessoas e personagens imaginários, Fernanda estabeleceu sua marca, Virei Almofada, que se tornou uma expressão única de sua mente criativa. Ela construiu uma ponte entre o mundo digital e a expressividade gestual, criando uma poética visual que transcende o convencional.

Humberto Puccinelli (Brasil, SP)

Artista natural de Taubaté, atuando na fotografia desde 2010, vem aprimorando seu olhar para capturar o instante procurando perspectivas diferentes para enxergar o mundo, traduz sua visão através das lentes que domina com maestria criando suas obras. Dividindo seu tempo entre a produção de suas obras em seu estúdio, e o incentivo às artes organizando exposições em sua galeria. Suas principais áreas são: Retratos, Paisagens, Publicidade e Fine Art.

Isadora Cruz (Brasil, RJ)

Estilista, artista têxtil e visual e fundadora do ateliê Criô. Sua pesquisa parte de questionamentos, reflexões e incômodos pessoais, onde a artista explora o corpo e objetos do seu cotidiano como base para a criação de suas obras. Utiliza técnicas têxteis e o upcycling como principal ferramenta em suas criações, proporcionando ao público uma experiência sensorial através da textura presente em suas obras.

Marcia Boni (Brasil, SP)

Artista visual e designer, através de composições abstratas bidimensionais e tridimensionais faz reflexões sobre as camadas que nos formam, o que deixamos à mostra e o que escondemos, os ciclos que ficaram na história e que eventualmente retornam. Traz de sua ancestralidade os fazeres manuais de sua família representados nas obras pelo uso de fios, costuras, tecidos, texturas, aplicados em camadas e transparências. Explora atualmente a versatilidade do papel com relevos e costuras em obras tridimensionais onde a influência do design também se apresenta.

Renata Freitas (Brasil, SP)

Artista visual, designer e pesquisadora. Sua pesquisa busca estabelecer uma conversa sobre a complexidade feminina e a contemporaneidade, questiona as construções simbólicas e propõe repovoar o imaginário cultural com representações que expressam as múltiplas nuances da mulher. É mestre e doutora em comunicação e semiótica pela PUC-SP. Autora do livro Design de Superfícies, editora Blucher. Atualmente, também participa da exposição Casa de Mulheres no Museu de Arte Moderna da Bahia (janeiro a março de 2024).

Tânia Beta (Brasil, SP)

Artista focada em explorar sua individualidade para além de estereótipos e diagnósticos. Ela se inspira em sua infância, na natureza e especialmente em

interações com outras mulheres, para criar pinturas, desenhos e fotografias que refletem as

necessidades de sua alma. Sua pesquisa aborda a conexão entre meio ambiente e o universo feminino, com ênfase no patriarcado, na maternidade e suas influências na singularidade. E se baseia em rodas e retiros femininos, além de obras literárias sobre esses temas, para moldar sua prática artística.

SINGULARIDADES – exposição coletiva, com curadoria de Francela Carrera

VERNISSAGE:  22 de fevereiro – das 19:30 as 22:00, visitação até 16 de março

HORÁRIOS DE VISITAÇÃO: De quarta a sexta das 14:00 as 19:00 e sábados das 10:00 às 14:00 horas.

Entrada Gratuita

LOCAL: Avenida Anchieta, 1564, Jardim Esplanada, São José dos Campos.

WHATSAPP: 12-991244992

site: https://linktr.ee/Galeriapoente

Curadora Francela Carrera & Artista Fernanda Segolin-Foto:Divulgação
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