Quais são as principais medidas recomendadas pela OMS para proteção contra a COVID-19?
Uso obrigatório de máscaras faciais em locais públicos, distanciamento de, pelo menos, 1.5 metros em relação às outras pessoas e higiene das mãos com mais frequência são algumas das principais recomendações contra a doença
A atual pandemia provocada pelo novo coronavírus é considerada uma das piores registradas no último século. Embora o mundo já tenha vivido outras doenças altamente infecciosas na história, a COVID-19 é a primeira a atingir 188 territórios em todo o planeta em poucos meses.
As primeiras notícias sobre a doença começaram a circular pelo mundo em dezembro de 2019. Nos últimos três meses, os noticiários foram tomados pelo tema à medida que o coronavírus se disseminava em ritmo cada vez maior.
Apesar de idosos, diabéticos, asmáticos e hipertensos serem alguns dos principais perfis do grupo de risco da COVID-19, o novo coronavírus também afeta pessoas mais jovens e até crianças, o que exige uma adoção coletiva das medidas de proteção para o corpo. Veja algumas delas a seguir.
Higiene das mãos e evitamento do toque facial
A atual pandemia transformou o hábito banal de lavar as mãos em uma defesa capaz de salvar vidas. Higienizar os dedos com água e sabão ou álcool em gel é capaz de matar vírus que podem permanecer nesta área do corpo.
Mesmo com as mãos limpas e o uso de máscaras de proteção fácil, deve-se evitar tocar o rosto, especialmente, nariz e boca, regiões úmidas que podem conter gotículas contaminadas pelo vírus.
Distanciamento e etiqueta respiratória
A contaminação por gotículas é um dos principais meios de disseminação do coronavírus, o que justifica a adoção do distanciamento de, pelo menos, 1,5 metro entre as pessoas.
Além disso, cobrir a boca e o nariz com a parte interna do cotovelo ou lenços quando espirrar ou tossir é uma das medidas da chamada etiqueta respiratória, fundamental para reduzir as chances de contaminação.
Uso obrigatório de máscaras faciais
No início da COVID-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendava máscaras protetivas apenas para profissionais da área médica, pacientes confirmados ou com sintomas graves da doença e seus cuidadores. Contudo, após alguns meses, a entidade ampliou as situações em que o uso delas é obrigatório e passou a recomendar a produção caseira pela população.
Para garantir maior proteção, a OMS recomenda a confecção de máscaras com três camadas: a externa deve ser feita com um tecido impermeável, como o poliéster, a intermediária deve ser produzida com polipropileno, a fim de atuar como um filtro, e a interna deve ser criada com algodão, para conter a umidade.
Também é importante cobrir completamente o nariz e o queixo. Se precisar ajustar a máscara no rosto ou retirá-la, utilize os elásticos e as tiras que a prendem às orelhas. Antes de retirá-la, lave as mãos com água e sabão.
Em seguida, deixe-a de molho durante 15 minutos em água sanitária. Enxágue-a abundantemente com água, passe-a com ferro e guarde-a em um recipiente com tampa para impedir a entrada de ar externo, que pode estar contaminado.
Limpeza de superfícies
Segundo dados publicados no News England Journal of Medicine, o tempo de sobrevivência do novo coronavírus pode variar de acordo com a superfície onde ele se encontra. Em plástico e aço inoxidável, esse tempo pode ser de até 72 horas, no papelão, 24 horas e, em cobre, 4 horas.
Para reduzir o risco de contaminação, recomenda-se uma frequente higienização de superfícies compartilhadas, como torneiras, pias, mesas, teclados, telefones, maçanetas e interruptores.
Histórico do coronavírus
Os coronavírus são uma grande família viral conhecida desde a década de 1960. Essa grupo é notório por causar infecções respiratórias em humanos e outros animais, como a SARS, cujo epicentro foi a China em 2002, e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio, MERS, em inglês, que afetou países como Jordânia, Emirados Árabes, Arábia Saudita e Catar em 2012.
Entre os sintomas mais comuns dessas doenças, pode-se citar coriza, febre, tosse, dor de garganta e dificuldade de respirar. Quadros leves provocam infecções brandas, enquanto situações mais graves podem ocasionar baixa oxigenação do organismo e pneumonia severa.