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Os maiores atacantes brasileiros de todos os tempos

O atacante é aquele sujeito que em campo recebe todas as atenções. Seus companheiros o procuram, o adversário marca implacavelmente e, a depender da sua atuação, a torcida o ovaciona ou vaia. No Brasil, são vários os atacantes de destaque ao longo dos tempos. Uns, de fato, talentosos, outros folclóricos, mas todos impiedosos. É o atacante que está sempre a postos para finalizar.

Não fosse a lesão sofrida no seu olho esquerdo, um descolamento de retina que lhe abreviou a carreira, Tostão teria sido ainda mais gigantesco. Sua carreira profissional começa bem cedo, ainda aos dezesseis anos pelo América de Minas. Em 1964, transferiu-se para o Cruzeiro, tornando-se o maior ídolo da história do clube mineiro. Pelo Cruzeiro, Tostão marcou 249 gols. Jogou duas Copas pelo Brasil, 1966 e 1970. Com a carreira profissional precocemente interrompida, Tostão dedicou-se aos estudos, formando-se em Clínica Geral no fim dos anos 1970. Hoje, é um dos mais lúcidos e competentes analistas do futebol.

Se tivesse jogado mais tempo pelo Cruzeiro, Ronaldo Nazário talvez fizesse frente a Tostão, talvez. Ronaldo Fenômeno, teve uma das mais brilhantes carreiras que o futebol já viu. Jogou pelo Cruzeiro, PSV da Holanda, Barcelona, Internazionale, Real Madrid, encerrando sua carreira no Corinthians paulista. Sucessivas lesões nos dois joelhos não impediram que o Fenômeno jogasse a copa de 2002. Com muita garra e determinação, Ronaldo se consagrou como o melhor jogador do certame; sagrou-se pentacampeão e, de quebra, marcou os dois gols na final contra a Alemanha. É o maior artilheiro da seleção em copas do mundo com 15 gols.

Romário é da estirpe dos gênios. Velocidade com as pernas e com o raciocínio, faro de gol apurado, visão de jogo fora do comum, Romário marcou época no futebol. Em 1994, foi o melhor jogador da seleção brasileira na copa e, no mesmo ano, eleito o melhor do mundo. Para que tenhamos a exata dimensão do baixinho, foi artilheiro em 28 das 83 competições que disputou, algo em torno de 30%, além disso foi ídolo no Vasco, Flamengo e Fluminense, além de ser uma lenda no Barcelona.

1110 partidas. 708 gols. Números impressionantes e que pertencem ao maior ídolo de toda a história do Vasco da Gama, Roberto Dinamite. Pelo clube cruzmaltino jogou 21 dos 22 anos como atleta profissional. Dinamite é o maior artilheiro do campeonato brasileiro com 190 gols. Curiosamente, não se destacou pela seleção brasileira, mesmo assim foram 26 tentos assinalados vestindo a amarelinha.              

Não fossem as constantes lesões e Reinaldo teria sido muito mais prestigiado e celebrado. Mas o que o lendário centroavante do Atlético Mineiro conseguiu demonstrar em sua carreira já é o bastante para carimbar um lugar entre os melhores brasileiros da história. Reinaldo atuou entre 1973 e 1988. Pelo Galo, disputou 475 partidas, anotando 255 gols. Quem o viu em ação, sabe que não é exagero colocá-lo entre os mais talentosos de todos os tempos.

Garrincha e Pelé, quem teria coragem de deixá-los de fora? Garrincha foi ídolo do Botafogo e da seleção brasileira. O “anjo das pernas tortas” entortou zagueiros mundo afora. Conta a lenda que muitos ainda o procuram em campo, descrentes de como foram fintados por ele. O carioca de Magé foi o maior astro do Botafogo, clube que defendeu entre 1953 e 1965. Pela seleção brasileira, jogou as copas de 1958 e 1962. No Chile, o bicampeonato está diretamente relacionado à sua presença em campo. Com Pelé machucado, Garrincha chamou a responsabilidade para si; foi artilheiro da competição e eleito o melhor jogador.

Pelé, o rei do futebol, eleito o maior atleta do século XX, é o homem que mais gols marcou na história do futebol. Foram 1281 tentos assinalados, principalmente pelo Santos e pela seleção brasileira, onde marcou 77 gols em 92 jogos. Pelo time praiano ganhou tudo, estaduais, nacionais, sul-americanos e mundiais. Pela seleção foi tricampeão mundial. Além do alvinegro santista, só jogou por mais um clube, o Cosmos de Nova Iorque, onde encerrou a carreira.

Talento nunca faltou aos atacantes brasileiros e nessa descrição cabem ainda tantos outros. Nomes como Pepe, ponteiro esquerdo do Santos na era Pelé, e que marcou mais de 700 gols, Jairzinho, o furacão da copa de 1970, Careca, o astro do Guarani, São Paulo e Napoli, figuras folclóricas, mas não menos talentosas como César, atacante palmeirense nos anos 1970, e Túlio que perseguiu seu milésimo gol como quem persegue uma fortuna. Enfim, atacante é isso!

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