Fiscais da Prefeitura são essenciais na luta contra a covid-19
Todos os dias, eles deixam suas famílias e lares para ajudar a população de São José dos Campos no combate à pandemia da covid-19.
DFPM (Departamento de Fiscalização de Posturas Municipais)
Servidores públicos que executam um serviço essencial, não podem parar. Com a intensificação da retomada consciente das atividades econômicas, os 43 funcionários do DFPM (Departamento de Fiscalização de Posturas Municipais), principalmente os 33 agentes fiscais, têm um papel cada vez mais fundamental na conscientização de comerciantes, empresários e munícipes sobre a necessidade de tomar todos os cuidados de saúde e higiene.
Seja orientando, seja aplicando multas quando os decretos não são cumpridos, o objetivo é o mesmo: fazer com que as regras sanitárias e o isolamento social sejam adotados para evitar a propagação do novo Coronavírus, garantindo a saúde e o bem-estar da comunidade.
Heróis
A exemplo de médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, profissionais de saúde, guardas civis municipais, agentes de mobilidade urbana, funcionários da Urbam (Urbanizadora Municipal S/A) e de outras secretarias que prestam serviços essenciais, são heróis em um momento de imensos desafios, mas também de esperança e superação.
“O dia a dia dos agentes públicos dos setores de fiscalização da administração municipal envolve grandes desafios. Saímos de nossas casas com o dever e o objetivo de fiscalizar o cumprimento das regras e normas da legislação, ao mesmo tempo em que conciliamos com o trabalho humanizado de prevenção e orientação para a situação atual da sociedade”, disse Rodrigo de Andrade, 34 anos, agente fiscal do DFPM há 14 anos.
“Enfrentamos e encaramos bons e maus momentos num trabalho em que nenhum dia é igual ao outro. Porém, entendemos a natureza de nosso trabalho e procuramos encará-lo não como uma obrigação e, sim, como um serviço prestado à população. Esta visão torna mais fácil encarar os desafios de nossa rotina profissional”, completou.
Rodrigo de Andrade, fiscal do DFPM há 14 anos: trabalho humanizado
Conscientização e saúde
As mesmas sensações de dever cumprido e satisfação são compartilhadas por Thássia Santos, 36 anos e também no DFPM desde 2006.
“Estamos vivendo um momento muito diferente de tudo o que sempre projetamos. Fazemos um papel importante, que é organizar as relações para diminuir os riscos para a sociedade”, afirmou Thássia, que tem uma filha de 7 anos.
“Nossa função não consiste apenas em multar. Antes de chegar à penalidade, trabalhamos com orientação e prevenção, mostrando que se as regras forem cumpridas será melhor para todos e para nossa cidade. Trabalhamos para equacionar os problemas”, completou.
Thássia Santos, fiscal do DFPM desde 2006, orientando comerciante
Trabalho e esperança“Muitos ficam chateados com as multas e nem sempre somos bem interpretados.Mas tenho esperança de que com esse novo normal as pessoas consigam olhar nosso trabalho com mais empatia e respeito”Thássia SantosAgente fiscal do DFPM “Nossa missão sempre foi fundamental, mas ganhou mais importância ainda em meio à pandemia. Com nosso trabalho, ajudamos as pessoas a ter mais saúde e contribuímos para reduzir a propagação da covid-19*Idem |
Volta à normalidade
Lutar para evitar a proliferação da covid-19 é missão de todos nós. Para quem pode ficar em casa, esta é a situação ideal. Já quem presta um serviço essencial não pode parar.
Cada um fazendo a sua parte, podemos sonhar com a volta à normalidade, tirando lições da pandemia que nos façam melhores profissionais e seres humanos e mais atentos ao bem comum.
“Uma grande lição desta experiência é que fomos feitos para viver juntos em união. A vida é boa quando estamos felizes, mas a vida é muito, muito melhor quando fazemos outros felizes”, afirmou Andrade.
Esta é a motivação que move ele e seus colegas do DFPM no dia a dia de um trabalho ao mesmo tempo desafiante e recompensador.
Afinal, como eternizou em uma de suas frases genais o grande escritor russo Leon Tolstói, “a condição essencial para a felicidade é ser humano e dedicado ao trabalho”.
Dias melhores Confira a íntegra do depoimento do agente fiscal do DFPM Rodrigo de AndradeComo é seu dia a dia? Sua jornada diária? O dia a dia dos agentes públicos dos setores de fiscalização da administração municipal envolve grandes desafios. Saímos de nossas casas com o dever e o objetivo de fiscalizar o cumprimento das regras e normas da legislação, ao mesmo tempo em que conciliamos com o trabalho humanizado de prevenção e orientação para a situação atual da sociedade. Enfrentamos e encaramos bons e maus momentos num trabalho em que nenhum dia é igual ao outro. Como é para você trabalhar quando todos estão em casa? Naturalmente que para alguns servidores enquadrados como essenciais não é uma situação fácil. Todo ser humano possui no seu íntimo a noção do medo e receio, principalmente quando estamos sujeitos, ou possuímos familiares próximos, ao risco trazido e gerado por esta pandemia. Porém, entendemos a natureza de nosso trabalho e procuramos encará-lo não como uma obrigação e, sim, como um serviço prestado à população. Esta visão torna mais fácil encarar os desafios de nossa rotina profissional. Você teve um novo entendimento sobre a sua profissão, sobre o quanto ela é essencial para a manutenção da vida na cidade, do ir e vir? Com todo certeza. Esta situação inédita que vivemos deveria fazer todo profissional refletir tanto como indivíduo quanto no âmbito coletivo. Não é diferente com a função da Fiscalização de Posturas. Esse cenário mundial e, ao mesmo tempo tão presente localmente em nosso cotidiano, fez despertar ainda mais o exercício de empatia para com o próximo. Nossa profissão, assim como todas outras essenciais nesta linha de frente de combate à pandemia de covid-19, ultrapassa a realização de rotinas burocráticas e administrativas para se tornar fundamental no cumprimento de regras que visam, acima de tudo, a manutenção da vida, o direito dos cidadãos e o convívio organizado da sociedade. E como se sente em fazer parte disso de forma tão relevante e essencial? Não há dúvidas que todos entramos neste ano de uma maneira e sairemos diferentes de alguma maneira. Há o lado negativo de tudo que está ocorrendo, mas prefiro concentrar-me no lado positivo. Fazer parte de tudo que está ocorrendo nos faz meditar sobre como contribuímos individual e coletivamente para a sociedade, como exercemos nossos direitos e deveres como cidadãos, como desenvolvemos nosso trabalho profissional e, principalmente, o quão benéfico é nosso relacionamento interpessoal. Acredito que, ao passar tudo isso, se faz importante ter a convicção de que nos tornamos melhores e aprendemos a enfrentar as dificuldades como base para construir um futuro melhor. Que história vai contar para outras gerações sobre esse momento quando se aposentar? Podemos dizer que as gerações anteriores às nossas já enfrentaram grandes, e talvez, até maiores desafios como guerras mundiais, pandemias mortais e caos financeiro no século passado. Estudamos sobre isso, ouvimos histórias e agora estamos vivenciando por conta própria. Anos à frente, poderemos contar nossas próprias histórias, nossas próprias experiências e, em resumo, passar a outros que sofremos e sobrevivemos. E também ter a consciência de que muitos puderam ter suas vidas continuadas, garantidas e até geradas em razão do esforço e comprometimento que nós realizamos agora. Esta situação mudou sua percepção de vida, morte, saúde? Se sim, como? Conceitos religiosos e biológicos atestam que o homem é pó. E, de fato, a vida é muito curta, é breve. Essa situação nos faz refletir sobre isso. O ser humano não é super-herói, não é imortal. Muitos nesse cenário vimos pessoas saudáveis adoecerem, pessoas fortes partirem de uma hora para outra e restou a dor e a lembrança. O que faz o ser humano forte não é sua constituição. A força humana vem da união, de acreditar num ideal, num futuro melhor. Precisamos ter a percepção de encarar a vida com um objetivo, de entender nosso papel e de acreditar que temos um futuro e um propósito maiores. E o que você sonha para São José daqui para frente? O que você gostaria que aprendêssemos com essa experiência? Uma grande lição dessa experiência é que fomos feitos para viver juntos em união. A vida é boa quando estamos felizes, mas a vida é muito, muito melhor quando fazemos outros felizes.Peço licença para sonhar para São José e para o mundo os versos de uma famosa canção na qual imagino todas as pessoas vivendo a vida em paz, todas as pessoas partilhando todo o mundo e o mundo viverá como um só.Dizem que sonhar é viver. Então, desejo que todos em nossa cidade sonhem intensamente. |
Raio-X do DFPM
Endereço:
Rua Saigiro Nakamura, 50, Vila Industrial (zona leste)
Horário de funcionamento:
Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h
Telefone:
3901-4120
Denúncias e reclamações:
Também podem ser feitas pela Central 156 (telefone, site e aplicativo)
Funcionários:
43, sendo 33 agentes fiscais
Trabalhos realizados:
Entre as principais funções do DFPM estão:
• Fiscalizar o funcionamento de estabelecimentos comerciais, feiras livres, feiras noturnas e atividades no Mercado Municipal, entre outras funções.
• Gerenciar a fiscalização da estética urbana e publicidade ao ar livre, contemplando a limpeza e manutenção de terrenos particulares com relação à conservação, a remoção de resíduos de resíduos de água (água servida, esgoto, despejo de entulho, etc) e reforma/construção de mureta e calçada.
• Vistoriar estabelecimentos comerciais, industriais, de serviços e entidades que não respeitam a licença de funcionamento. O trabalho inclui fiscalizar a ocupação e o exercício no logradouro público, como shows, exposições e parques. Além disso, é responsável pela fiscalização do uso do passeio público em frente a bares, restaurantes e afins que utilizam esse espaço para colocar mesas, cadeiras e guarda-sóis.
• Atender ocorrências de perturbação do sossego público em estabelecimentos comerciais e residenciais. Um dos trabalhos intensificados neste ano tem sido o combate ao fluxo do funk, impedindo grandes aglomerações e garantindo mais saúde e sossego à população.
DFPM na pandemia da covid-19 (de 24 de março a 29 de julho de 2020)
• 2.600 estabelecimentos comerciais orientados.
• 5.754 denúncias e reclamações da população atendidas. As mesmas foram feitas através dos canais oficiais: Central 156 (telefone, site e aplicativo) e telefone do DFPM.
• 6.706 vistorias (média de 52 por dia).
• 202 estabelecimentos comerciais multados por descumprimento de regras sanitárias, como aglomerações e falta de máscaras e álcool em gel, entre outras irregularidades.
Os fiscais do DFPM no calçadão para novas vistorias nos estabelecimentos comerciais; trabalho essencial para evitar propagação da covid-19 – Foto: Charles de Moura/PMSJC