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Envelhecer bem e mais tarde é possível

Processo inicia na fase adulta, mas o auge da velhice ocorre após os 78 anos, afirma estudo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a população idosa como o grupo etário a partir de 60 anos nas nações em desenvolvimento e, após 65 anos, nos países desenvolvidos. No entanto, um estudo da Universidade de Stanford descobriu que o auge da velhice ocorre próximo aos 80 anos.

Ao invés de contabilizar a idade cronológica, a pesquisa calculou o envelhecimento a partir dos diferentes níveis de proteínas presentes no plasma. A macromolécula sofre alterações quando os níveis de células caem, processo comum com o passar dos anos.

Após a análise de mais de três mil proteínas de cada participante do estudo, foi possível perceber que o indivíduo começa a apresentar sinais de diminuição das capacidades metabólicas aos 34 anos, e que o pico da velhice acontece após os 78 anos.

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) explica que envelhecimento e velhice são conceitos distintos. O primeiro se dá durante toda a vida, já o segundo é uma construção social, que vai além dos 60 anos estipulado pela OMS. Ao contrário do que muitos pensam, a velhice pode estar associada a altas taxas de energia e independência.

É possível considerar “envelhecimento saudável” um processo de constante aprimoramento da habilidade funcional, o que pode ser feito mantendo um estilo de vida capaz de promover a saúde e o bem-estar. Como orientações gerais, a OMS indica a adoção de uma dieta balanceada, a prática regular de atividades físicas, a manutenção dos hábitos de higiene, a qualidade do sono e os cuidados com a saúde mental.

Quando a alimentação não é suficiente para a absorção dos nutrientes necessários, pode ser recomendada a suplementação com magnésio dimalato, ômega 3, vitaminas, entre outros. Para isso, é aconselhável a avaliação de um profissional da saúde.

Cuidados com o corpo aumentam a longevidade

Exercitar o corpo é importante para diminuir o declínio das funções do organismo, resultantes do envelhecimento. De acordo com um estudo publicado na revista médica Jama Network Open, fazer atividade física regularmente pode reduzir em 30% o risco de mortalidade.

Quanto mais cedo implementar a prática na rotina, maior a longevidade. Além do aumento da força muscular e da capacidade respiratória, os exercícios físicos auxiliam na melhora da cognição e das habilidades sociais, como informa o estudo.

Investir em uma dieta balanceada também ajuda a envelhecer melhor, já que previne o risco de doenças e hospitalização, segundo estudo da National Library of Medicine. Os nutrientes garantem mais energia ao corpo e, por isso, é aconselhável priorizar frutas, vegetais, grãos, laticínios e proteínas.

Outra opção é considerar os suplementos. O magnésio dimalato é um mineral que atua no aumento da energia, melhorando o desempenho físico, controlando os níveis de açúcar no sangue e prevenindo doenças cardiovasculares.

Entre as funções do ômega 3 vegetal estão a redução da inflamação do corpo e a melhora da saúde cognitiva e da memória, concluiu um estudo da Universidade do Texas publicado na revista Neurology. Esse nutriente pode ser adquirido por meio da ingestão de alimentos, como peixes e folhas escuras, ou suplementos.

Já a vitamina D contribui no aumento da massa mineral óssea, uma forma de prevenção de fraturas, osteoporose e fraqueza muscular. A análise do profissional de saúde permite identificar carências e necessidade de suplementação/

Cuidados com a saúde mental melhoram o processo de envelhecimento

De acordo com a OMS, pessoas com condições graves de saúde mental morrem, em média, entre 10 e 20 anos mais cedo do que a população em geral. O bem-estar psicológico em todas as fases da vida permite que os indivíduos melhorem a forma de lidar com o estresse.

Ter uma rotina de autocuidado, reservar um momento do dia para praticar meditação, investir em relacionamentos positivos, fazer terapia e realizar atividades que promovam a sensação de prazer e bem-estar estão entre as sugestões para aumentar a concentração, melhorar o humor e o controle emocional.

Outra atenção é com relação à qualidade do período de descanso. Os distúrbios do sono podem agravar problemas de depressão, falta de memória e doenças degenerativas, afetando o envelhecimento saudável.

Segundo a OMS, 40% dos brasileiros têm problemas de insônia. Por isso, é importante estabelecer uma rotina de sono, com um ambiente confortável e evitando telas antes de dormir.

Foto: Reprodução/Freepik

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