Educação financeira para jovens: guia básico sobre financiamento de imóveis
Entenda como financiar seu primeiro imóvel.
O sonho da casa própria faz parte do imaginário de muitos brasileiros. Até quem é mais jovem pode se perguntar quais são as formas de comprar uma casa ou um apartamento, principalmente, quando não se tem o valor total em mãos.
É exatamente para isso que existem os chamados financiamentos de imóveis, um tipo de transação financeira em que você pega o valor total emprestado e vai quitando a dívida com o pagamento de parcelas acrescidas de juros.
Conhecer um pouco mais sobre este assunto é interessante para quem deseja comprar o seu primeiro imóvel e não possui o valor deste investimento, o que representa grande parte da população do Brasil.
Com o financiamento, você consegue fazer a compra com mais tranquilidade, na medida em que o pagamento será feito de modo gradual e de acordo com as suas possibilidades.
As vantagens de adquirir seu primeiro imóvel por meio do financiamento são: a construção de um patrimônio e a possibilidade de uso imediato, bem como a flexibilidade de pagamento via parcelas que podem ser de 36, 48 e até 72 meses, de acordo com o valor total e a entrada oferecida previamente.
É preciso entender que, para fazer este tipo de transação, porém, é necessário oferecer um valor de entrada. Geralmente, trata-se de 15% a 30% do total do imóvel, por isso, é necessário ter uma reserva inicial.
Outro ponto que precisa ficar claro é que, apesar de a possibilidade de você financiar o imóvel e ir morar lá de imediato, não significa que você já é dono da casa ou do apartamento. Até que a dívida seja totalmente quitada, o imóvel ainda pertence ao banco ou à instituição financeira com a qual você fez o financiamento.
Quais são os tipos de financiamento?
Na hora de comprar seu primeiro imóvel, vale a pena pesquisar bastante as possibilidades de financiamento, já que a taxa de juros, a quantidade e o valor das parcelas podem ser alterados de acordo com a instituição.
O programa do governo federal Casa Verde e Amarela, antigo Minha Casa, Minha Vida, atende a uma parcela da população com renda fixa de, no máximo, R$ 7 mil. Os valores pagos, tanto da entrada, quanto das parcelas, e o tempo de financiamento vão depender de cada caso.
Também há o financiamento pela Caixa Econômica Federal, que tende a ser mais atrativo por conta dos juros mais baixos. Isso sem falar das outras instituições financeiras, como o Banco do Brasil, o Itaú, o Bradesco e o Santander, que oferecem este tipo de empréstimo.
Outra possibilidade é financiar seu imóvel diretamente com a construtora, em que o principal benefício é a maior flexibilidade na hora de negociar.
Qual é a documentação necessária?
Na hora de financiar um imóvel, uma das partes mais cansativas é reunir todos os documentos exigidos pela financeira. Para adiantar seu trabalho, saiba que os principais são: documento de identificação com foto, como RG, carteira de habilitação (CNH) ou passaporte, CPF e comprovante de endereço.
Você também vai precisar de certidão de estado civil, casamento ou união estável, caso tenha um parceiro; certidão negativa de débitos com tributos federais ou Dívida Ativa da União; Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS); extrato da conta do FGTS e autorização para sua movimentação.
Ainda é preciso disponibilizar os holerites (demonstrativos dos vencimentos) para a comprovação de renda. Para os profissionais autônomos, é exigido: extratos bancários; faturas do cartão de crédito; declaração do Imposto de Renda (IR) mais recente e certidão atualizada da matrícula do imóvel.
Quando é recomendado financiar um imóvel?
Agora que você já sabe o básico sobre financiamento, fica mais fácil entender o que é preciso para realizar esta transação com mais facilidade. No entanto, como saber o momento certo para financiar o primeiro imóvel?
Isto vai depender, principalmente, da sua situação financeira. É preciso obrigatoriamente não ter o nome negativado no Serasa ou SPC, contar com uma renda mais ou menos fixa, além de uma forma de comprová-la junto à sua financeira — esta é uma garantia para a instituição de que você vai conseguir pagar a sua dívida.
Além disso, tenha em mente que o valor da parcela deve caber no seu orçamento sem afetar outras despesas fixas. Com tudo isso em mente, fica muito mais fácil saber qual é o melhor momento de dar este grande passo na sua vida.