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Donos de bares protestam em São José com a #medeixatrabalhar

A classe luta pela flexibilização e pelo direito de igualdade,já que todo o comércio já voltou

Proprietários de bares, restaurantes e buffets de São José dos Campos, se reúnem nesta sexta-feira, 3 de julho, para um protesto com a #medeixatrabalhar.

 #medeixatrabalhar

Mais de 100 estabelecimentos, funcionários, prestadores de serviços, músicos e familiares participarão do movimento, que simboliza um grito de socorro a uma das categorias mais afetadas pela pandemia.
A classe luta pela flexibilização e pelo direito de igualdade, já que todo o comércio já está funcionando, inclusive, os não essenciais.
Indignados com o Decreto do Governo do Estado, que proíbe os bares e restaurantes de funcionarem, os proprietários decidiram se unir e mostrar que não estão de acordo com esse plano restritivo de retomada.
Segundo um dos organizadores do movimento, o Decreto é totalmente incoerente porque nos supermercados, por exemplo, as pessoas tocam em vários alimentos e os grandes atacadistas vendem roupas, brinquedos e até plantas, que não são itens essenciais.
“Aos supermercados, assim como outros comércios, deve ser permitida a venda apenas dos itens essenciais, pois os demais produtos geram a deslealdade aos outros setores que estão fechados e incentiva a população a ir ao comércio fazer compras já que estão abertos”, afirmou a garçonete Fernanda Martins Guimarães.
Na opinião da proprietária de um dos restaurantes participantes do protesto, as pessoas lotam os carrinhos nos supermercados para fazer churrasco, e cadê o isolamento social?

De acordo com os manifestantes, o comércio está totalmente aberto, o centro da cidade lotado, o calçadão um verdadeiro mar de gente. Até as feiras livres estão funcionando.

E o ônibus? Nem se fala! “Quem garante que a pessoa que está dentro do transporte público está indo trabalhar?  Ou indo passear na casa de um familiar ou ao calçadão comprar um poff socket para o celular?”, questionou a garçonete Camila Santana.
“Esse Decreto é totalmente sem efeito e está prejudicando drasticamente milhares de famílias que ficaram desempregadas.
Outro participante do movimento concorda que o isolamento deve ser para todos. Uma farmácia, uma padaria, um posto de gasolina por bairro, e assim por diante com os outros serviços essenciais também.  Segundo ele, “Isolamento social é para todos!”

Covid-19

Afinal de contas, é só no bar que se pega Covid-19? Os donos de bares também têm famílias para sustentar.

PROTOCOLO DE PREVENÇÃO



Os empresários do setor afirmam que os bares têm plena condição de orientar seus funcionários, e trabalhar dentro das normas de segurança e prevenção, com todos os protocolos estabelecidos pelas autoridades.

Eles relatam, que dentro dos estabelecimentos é perfeitamente possível controlar o distanciamento entre os clientes, com os dispenser de álcool em gel, mantendo os ambientes arejados, entre outros cuidados. Além disso, os clientes que se mantém próximos são pessoas que já convivem juntas, o que não tem problema.

É preciso lembrar que esse prejuízo não é somente dos empresários, mas também da cidade, que deixa de receber milhares de reais vindos desses empresários e microempreendedores. É um efeito dominó.

E as famílias dos funcionários demitidos dessas empresas então, como fica? Desempregados, com filhos para alimentar, sem ter o que fazer e onde buscar recurso em meio a uma pandemia.

É preciso empatia. É desolador ver no olhar de cada uma dessas pessoas, o sentimento de desesperança, de sofrimento e de dor. Alguns estão desesperados, outros já se entregaram a depressão.

“Estamos falando dos microempresários, aqueles que lutam dia a dia para manter suas empresas funcionando. Pois, os grandes estão tranquilos, esses têm reservas, estão refugiados em suas casas de campo, em suas chácaras só esperando a poeira baixar. Enquanto os demais clamam por SOCORRO! E das famílias dos que ficaram desempregados e que estão desamparadas”, desabafa mais um proprietário.

O fato é: A doença está aí, não vai embora amanhã e nem sabemos quando. Temos que aprender a conviver com ela. Cada um com seus cuidados individuais, higienização, uso de máscaras, distanciamento, etc. E a vida segue… até que chegue a vacina e tudo isso seja acalmado. Não há outra solução.O encontro acontece a partir das 14h, na avenida Anchieta, em São José dos Campos.

Imagem de Ichigo121212 por Pixabay 

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