Aposentadoria sem sedentarismo: veja como manter o corpo e a mente ocupados nesse período
Buscar atividades que deem prazer é a chave desse equilíbrio
Tem muita gente que passa a vida sonhando com o momento em que vai conseguir, finalmente, “pendurar as chuteiras”, isto é, se aposentar do trabalho. O que muitos não imaginam, porém, é que esse período da vida tende a ser mais sedentário. Isso acontece em razão da redução da atividade diária, tanto física, quanto mental.
O que não significa, porém, que aposentadoria seja sinônimo de ficar parado. Escolher hobbies que, até então, ficaram de lado, fazer passeios tranquilos, viajando para fora da cidade ou não, ou experimentar novos hábitos vai ajudar a tornar a aposentadoria um momento de descanso e prazer.
Além disso, manter a mente e o corpo ocupados nesse momento da vida é fundamental para evitar ou mesmo reduzir os efeitos de doenças psicológicas, como a ansiedade e a depressão, e físicas, como dores nas costas e osteoporose.
Sedentarismo: fator de risco
De acordo com uma pesquisa da revista científica britânica The Lancet, o sedentarismo faz parte do ranking de fatores de risco prejudiciais à saúde do ser humano. Nesse estudo, o Brasil estaria na quinta colocação entre os mais sedentários do mundo, com destaque para as mulheres.
Se o sedentarismo já é ruim para a população mais jovem, ele pode ser ainda mais perigoso para quem tem mais de 60 anos. Por isso, é tão importante manter-se ativo independente da idade.
Para início de conversa, é interessante marcar um check-up médico para verificar as taxas, se existe algum problema que pode impedir exercícios mais intensos, como hipertensão, ou algo do tipo. Depois de uma boa avaliação médica, o próximo passo é descobrir a melhor atividade para você.
Exercícios físicos
Enquanto algumas pessoas mantêm uma rotina de exercícios desde muito novas, existem aquelas que, por diversos motivos, nunca praticaram nenhum tipo de atividade física e se veem perdidas em meio às possibilidades.
A caminhada, por exemplo, é considerada uma das mais democráticas e acessíveis, já que não exige nenhum tipo de custo que não seja o seu próprio tempo e esforço. Além disso, caminhar com regularidade é uma forma de arejar a cabeça e ter contato com o mundo exterior.
Também existem atividades de maior impacto, como a malhação e a corrida, que devem ser feitas, pelo menos no início, acompanhadas de um profissional da área. A natação é outra opção, principalmente para quem gosta de água e quer manter um exercício mais pesado, mas com menos impacto.
Já quem tem limitações físicas ou ainda prefere atividades mais leves, o pilates e a hidroginástica são excelentes opções, que melhoram a elasticidade, bem como ajudam no fortalecimento da musculatura.
Há quem encontre na dança uma alternativa para se manter ativo, mesmo com mais idade. Existem diversas possibilidades, mas o mais importante é encontrar aquela que consiga conciliar a mobilidade da pessoa com o prazer de realizar aquele exercício.
Atividades mentais
Independente da idade, corpo e mente devem “andar” sempre de maneira equilibrada — durante o período de aposentadoria, não deve ser diferente. É nessa etapa da vida que hobbies que eram colocados de lado, por conta da falta de tempo, podem ser, finalmente, resgatados.
Colocar a leitura dos livros guardados em dia, exercitar a escrita, descobrir atividades que lhe deem prazer ou novidades, como viajar para fora e aprender um novo idioma, estão a sua disposição nessa nova etapa de sua vida.
Atividades que estimulam a criatividade, como pintura, costura e paisagismo, ou a memória e o raciocínio lógico, como xadrez, palavras-cruzadas e leitura, são exemplos do que fazer para manter a mente ativa de uma forma mais prazerosa.
No final das contas, o equilíbrio entre corpo e mente, mesmo quando se está aposentado, é algo que pode ser, sim, alcançado, considerando as preferências e as limitações de cada pessoa. Quem sabe esse não seja o momento ideal para você se redescobrir?