Saúde

Problemas respiratórios: veja o que não fazer para tentar remediá-los

A automedicação é um desafio para os médicos hoje. No inverno, cresce a busca por métodos “milagrosos” para combater sintomas de problemas respiratórios, decorrentes da queda da umidade do ar e da temperatura

No Brasil, o inverno não se manifesta de maneira uniforme em todo o território nacional. Enquanto essa estação provoca chuvas na região Norte, no Sul e no Sudeste, ela marca um período mais seco.

Mesmo com tais diferenças regionais, é comum que a queda de temperaturas do inverno seja acompanhada por espirros, tosses, dificuldades para respirar e maior incidência de problemas respiratórios. Esses sintomas são vistos, especialmente, em crianças e idosos.

Nesse contexto, cresce a necessidade de climatizar o ambiente a fim de reduzir disfunções térmicas no organismo e obter maior conforto, mesmo quando há grandes amplitudes na temperatura local.

Cada vez mais, é comum que pessoas busquem indicações de tratamento na internet, em sites, muitas vezes, não elaborados por profissionais de saúde. Se você tem problemas respiratórios, sobretudo, nesta época do ano, veja algumas dicas do que não fazer para tentar solucioná-los.

Usar descongestionante nasal excessivamente

Em países como o Brasil, é comum que as pessoas se automediquem quando apresentam desconfortos, como dores de cabeça e musculares. A baixa umidade e o tempo mais frio do inverno costumam aumentar o uso excessivo de descongestionantes nasais, sem prescrição médica e de forma desregulada.

Embora seja visto como um hábito simples, adotado para aliviar o desconforto, esse hábito pode ter sequelas colaterais mais danosas do que os efeitos que esse produto busca combater. Entre eles, está o aumento das chances de elevar a pressão e sofrer arritmias cardíacas. Esses fatores podem ser ainda mais intensos em quem tem predisposição a problemas cardiovasculares.

Sem ter nenhum acompanhamento médico, o usuário recorre ao descongestionante a cada vez que sente dificuldades para respirar, o que cria dependência em relação ao produto e diminui a eficácia dele. É isso que os médicos chamam de “efeito rebote”: o retorno dos sintomas após o fim de um tratamento.

Em média, após oito horas do uso do descongestionante, a carne esponjosa do nariz fica maior do que era antes. A longo prazo, isso pode fazer com que a pessoa precise de uma cirurgia.

Esquecer de beber água e de umedecer o ambiente

Se a baixa umidade do ar aumenta as chances de problemas respiratórios, esquecer de ingerir água ao longo do dia e umedecer o ambiente são decisivos para intensificar os sintomas, piorando crises de rinite e asma.

Aposte nos umidificadores para reduzir a secura do ambiente. Quem não tem este aparelho pode colocar uma bacia com água em alguns espaços dentro de casa, o que fará o ar conter partículas do líquido.

No inverno, é comum que as pessoas consumam menos água, já que a sede costuma ser menor quando a temperatura ambiente está fria. Contudo, o organismo segue precisando de, em média, dois litros de água por dia para realizar c as suas funções metabólicas com equilíbrio.

Além disso, não esquecer de beber água garante a hidratação dos tecidos das narinas, o que alivia o desconforto. Manter as vias nasais limpas e hidratadas é fundamental para evitar brechas para inflamações que acompanham problemas respiratórios.

Reduzir a circulação de ar e permanecer sedentário

Lugares com baixa circulação de ar também intensificam os problemas respiratórios. Por isso, abra as janelas dos ambientes onde estiver, evite aglomerações e lugares fechados, já que esses fatores ampliam a proliferação de doenças.

Embora costume haver menos disposição para realizar atividades físicas durante o inverno, praticar esportes aquáticos, como a natação, são altamente recomendados para quem sofre de problemas respiratórios.

Além da umidade da água, nadar é um ótimo exercício para todo o corpo e a respiração, ampliando o fluxo de ar e ajudando a expandir a caixa torácica. Se você não é fã da natação, vale a pena considerar hidroginástica, que melhora a circulação e o respiro.

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