Economia

41% planejam o que vão comprar com mais de um mês de antecedência na Black Friday

Pesquisa aponta também a inversão de canais de compras, com destaque para o crescimento do online

Uma pesquisa encomendada pelo Google e realizada pela Provokers concretizou as tendências de mudanças traçadas para Black Friday em relação ao ano passado. Neste ano, celebrada em 27 de novembro, a data deve registrar, pela primeira vez, a preferência pelo meio digital para pesquisar e comprar.

“A Black Friday de 2020 será diferente em muitos aspectos, começando pela maior relevância do digital como o principal canal de compras e a mudança nas intenções, com categorias como móveis, brinquedos, games e imóveis ganhando maior relevância”, diz Gleidys Salvanha, diretora de Negócios para o Varejo do Google Brasil.

Segundo o estudo – que ouviu 1.500 pessoas, entre homens e mulheres, de todas as regiões do Brasil, em setembro deste ano –, 40% dos consumidores irão fazer compras exclusivamente pela internet, percentual equivalente a um aumento de 7% em relação a 2019. O percentual de clientes que buscarão produtos apenas em lojas físicas se manteve tecnicamente estável no comparativo com o ano passado, sendo 26% neste ano, ante 27% em 2019.

A queda aconteceu entre as pessoas que optavam pelo sistema híbrido de compras: 34% no momento atual ante 40% na última edição do evento. A alteração pode ter relação com o receio de parte da população de retornar aos ambientes presenciais em épocas com aglomeração.

Outra tendência comprovada foi a do aumento nas pesquisas relacionadas às compras. Independentemente do canal de compras, 82% dos brasileiros buscarão os preços na internet antes de decidir quais itens adquirir. Para 41% das pessoas, as pesquisas começaram com mais de dois meses de antecedência. Alterando o período de tempo para um mês – ou mais – antes da data, o percentual sobe para 62%.

Entre as mercadorias mais desejadas estão: celulares (38%), eletrodomésticos (30%), itens de informática (28%), roupas femininas (28%), aparelhos de televisão (26%), roupas em geral (24%), eletroportáteis (24%), perfumes (24%), tênis (22%) e móveis (22%)

Aplicativos

A existência de facilitadores de navegação também é estudada. No levantamento, 70% dos consumidores afirmam que já instalaram aplicativos das lojas que pretendem pesquisar e talvez comprar algo. Entre os que participarão do evento de forma digital, 59% pretendem usar apenas a funcionalidade durante a data. Além disso, oito em cada dez entrevistados declararam que “usam o aplicativo como fonte de consulta”, seja para momentos comuns ou para buscar por campanhas da Black Friday.

Intenções de compras

A pandemia afetou praticamente todos os aspectos da jornada de compra dos usuários, inclusive a intenção de adquirir novos produtos e o poder aquisitivo. De acordo com a pesquisa, há uma ligação direta entre a perspectiva econômica e a vontade de consumo: entre os cerca de 37% dos que se dizem otimistas em relação ao período, há uma vontade de compra 63% mais alta do que no ano passado, enquanto entre os pessimistas (39%) o índice fica em torno de 48%.

Foto: iStock

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