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Sexo oral transmite doenças?

Embora o sexo seja discutido com frequência atualmente, muitos ficam com dúvidas sobre infecções sexualmente transmissíveis e como evitá-las. Confira algumas dicas essenciais para se proteger.

Embora o sexo seja um assunto cada vez mais comum no mundo de hoje em inúmeros países, ainda existem tabus e muita desinformação sobre isso. A maior liberdade sexual, especialmente para as mulheres, ainda não foi suficiente para que esse assunto fosse discutido com mais cuidado no que se refere aos cuidados necessários para não contrair doenças.

O uso de preservativos é uma das maneiras mais simples e eficazes de evitar a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis (as chamadas ISTs). Um cuidado importante é que a camisinha não deve ser usada apenas se houver penetração, mas também em práticas relacionadas ao sexo oral e anal.

Dados do Ministério da Saúde apontam que as ISTs estão entre os problemas de saúde pública mais frequentes no mundo e a estimativa é que existe uma média de 340 milhões de novos casos a cada ano. Nesse contexto, é preciso ter itens de saúde íntima além da camisinha, para conferir conforto, como é o caso da calcinha menstrual.

Transmissão

É importante ter em mente que as infecções podem ser transmitidas por bactérias, vírus e outros agentes microscópicos presentes nas mucosas genitais e no líquido expelido pelo pênis ou pela vagina.

O contato da boca com a pele do genital do parceiro já é suficiente para transmitir alguma IST — especialmente se a boca ou a área genital possui alguma ferida, ou irritação.

Mais riscos

Quem faz o sexo oral possui mais riscos de contrair alguma IST, contudo, quem recebe não está totalmente livre dos riscos de se contaminar. Por isso, o uso de camisinha (masculina ou feminina) é essencial.

Se o parceiro tem problemas como gonorreia ou herpes labial, o risco de se contaminar é o mesmo para quem faz e quem recebe o sexo oral. O Ministério da Saúde também adverte que há mais chances de ser infectado se houver ferimentos na boca, como aftas, gengivites

Segundo o Ministério da Saúde, o risco de contrair infecções aumenta com a presença de ferimentos na boca, como gengivites, aftas ou machucados provocados pela escovação equivocada dos dentes. Mesmo se não houver cortes ou feridas, ainda existe o risco de contaminação.

ISTs

É recomendável ter um conhecimento mínimo sobre as infecções sexualmente transmissíveis mais comuns. Uma delas é a sífilis, caracterizada pela aparição de lesões primeiro em órgãos genitais e depois em diversas partes do corpo. Essa é uma das ISTs que podem ocorrer sem o surgimento de sintomas.

É bastante comum que a transmissão da sífilis ocorra a partir do sexo oral, não sendo preciso ter lesões na boca ou no genital, bastando apenas um contato de pele com a área contaminada (desde braço, pescoço até boca e mão). A ejaculação também aumenta o risco de transmissão. Outra IST comum é o herpes, marcado pela aparição de pequenas lesões dolorosas na boca ou na genital.

Essa infecção pode ser transmitida pelo sexo e pelo beijo. Já a gonorreia origina a inflamação do canal urinário e costuma provocar infecções no trato genital. É importante lembrar que a gonorreia também é transmitida para as pessoas envolvidas no ato sexual e os riscos aumentam quando há ejaculação. Mulheres que tiveram gonorreia assintomática podem ter dificuldades para engravidar.

Outras ISTs são as hepatites A e C e o HPV (vírus do papiloma humano) — infecção que ataca sobretudo as mucosas genital, oral e anal, podendo originar verrugas. Se a pessoa contaminada tiver esse tipo de lesão, ela pode infectar outra pessoa através do sexo oral só pela fricção da pele – esteja ela fazendo ou recebendo.

Prevenção

O meio mais eficaz para se proteger é usar camisinha em todas as práticas sexuais — orais, anais e vaginais. É importante ressaltar que essas infecções não se limitam a alguma orientação sexual, idade, identidade de gênero, estado civil, classe social, credo ou religião.

Muitas pessoas portadoras dessas infecções podem apresentar um aspecto saudável e não apresentar sintomas. Por isso, é recomendado para quem mantém parceiros sexuais casuais, realizar exames de rotina a cada três ou seis meses, de modo a verificar se não há nenhuma infecção.

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