Saúde

Outubro Rosa: a hora do combate ao câncer de mama

“E agora? Na questão do câncer, a morte é certa?”, a pergunta feita por Claudia Monteiro Porto, psicóloga diagnosticada com câncer de mama em 2016, a seu médico é um questionamento que vive na mente de milhares de brasileiros. Esse debate se torna ainda mais relevante durante o Outubro Rosa.

O peso carregado pela palavra “câncer” é justificável. Só em 2020, 626.030 casos novos da doença foram estimados para serem diagnosticados em brasileiros pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA). Entre as mulheres, o câncer de mama ainda representa a maioria não só dos diagnósticos, mas também das estimativas.

Em um país onde são estimados 66.280 casos anuais de câncer de mama para a população feminina nos próximos dois anos, a necessidade de tornar acessíveis informações sobre a doença se mostra cada vez mais urgente. Por isso, campanhas como o Outubro Rosa são fundamentais para a população.

Origem do Outubro Rosa

Em 1990, na cidade de Nova York, a Fundação Susan G. Komen for the Cure distribuiu laços cor de rosa entre participantes da Corrida pela Cura. O gesto foi uma homenagem de Nancy Brinker, fundadora do instituto, à Susan G. Komen, sua irmã que havia morrido devido ao câncer de mama 11 anos antes. Nancy idealizou a fundação pois acreditava que se os pacientes tivessem mais informações sobre o câncer e seu tratamento, o resultado da doença de Susan poderia ter sido outro.

Desde então, a campanha, nomeada de Outubro Rosa, está marcada na cultura popular pela introdução da cor em espaços públicos, roupas e redes sociais. Tendo como principal objetivo não só tornar acessíveis as informações sobre a doença, ela também atua mundialmente na disseminação de informações sobre diagnóstico, tratamento e impactos do câncer de mama.

Outubro Rosa e suas histórias

O Outubro Rosa também funciona como forma de compartilhar histórias sobre mulheres que superaram o câncer de mama. Mostrando que muitas vezes, a doença não se manifesta por meio de seus sintomas comuns ou que nem sempre o tratamento é incapacitante quanto se pensava.

“Eu estava com a requisição [da mamografia] na gaveta e não fui fazer”, conta Claudia Porto, psicóloga que enfrenta a doença. “Um dia eu fui tomar banho e senti uma área enrijecida na minha mama esquerda. Como eu fazia musculação, eu achava que era a musculatura corporal. Nunca senti dor ou incômodo, então fiz o exame e foi constatado [o tumor] na mamografia”, completa.

Martha Braga, oficial de justiça aposentada, relata que sua rotina não se alterou muito enquanto realizava o tratamento: “Eu não parei de trabalhar. Tirei a licença médica, e depois trabalhava, fazia minhas coisas. Sexta-feira era dia de fazer a quimioterapia, eu fazia a quimioterapia e voltava a trabalhar na segunda ou terça-feira, quando eu estivesse melhor. Eu queria provar para mim mesma e para minha família que havia a possibilidade de eu continuar trabalhando”.

Reforço da campanha

Mas mesmo com a campanha sendo amplamente divulgada mundialmente e histórias sobre curas ou remissões serem ouvidas com frequência, as taxas mundiais de morte por câncer de mama ainda estão em ascensão. No Brasil, por exemplo, há uma alta na taxa de óbitos por câncer de mama na população feminina com idades entre 50 e 79 anos entre os anos 1990, ano da origem do Outubro Rosa, e 2018, de acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer). Os índices são ainda mais alarmantes quando se fala da população acima de 80 anos: em 2016, cerca de 120 a cada 100 mil mulheres morreram de câncer de mama, uma alta de cerca de 50 casos a cada 100 mil se comparado com 1990.

“Eu acho que precisa ter uma conscientização maior. Queira ou não queira, o câncer de mama é o que mais afeta a mulher”, declara Martha sobre a campanha do Outubro Rosa. Nilza Portugal, secretária aposentada, reforça a importância da campanha, mas acredita que ainda tem pontos a melhorar: “É importante. Quanto mais você fala, quanto mais você mostra, quanto mais você divulga, melhor. Antigamente, não tinha nada disso. Já melhorou bastante, mas ainda pode melhorar um pouquinho”.

O autoexame

Não dispensando a necessidade de ir a consultas regulares e realizar a mamografia, o autoexame ainda é importante, pois permite que a mulher conheça seu corpo e perceba alterações na área das mamas com maior facilidade.

Mulheres com mais de 40 anos sem casos de câncer de mama na família, e mulheres com mais de 20 anos que tiveram casos desse tipo de câncer na família, devem incorporar à rotina o hábito de fazer o autoexame, realizando-o uma vez por mês. De preferência, 7 dias após o início da menstruação, ou em caso de mulheres na menopausa, em uma data fixa no mês.

O autoexame busca identificar nódulos e mudanças de textura ou tamanho na mama e, por isso, deve ser feito de três maneiras diferentes: em frente ao espelho, em pé e deitada.

Outubro Rosa

Em frente ao espelho

Observe os dois seios realizando os seguintes movimentos:

  • Com os braços caídos;
  • Com as mãos na cintura fazendo pressão;
  • Observe o tamanho, posição e forma do mamilo com as mãos atrás da cabeça;
  • Pressione levemente o mamilo e veja se há secreção.

Em pé

Durante o banho, com as mãos ensaboadas:

  • Apoie seu braço esquerdo sobre a cabeça;
  • Examine a mama esquerda com a mão direita;
  • Sinta a mama, fazendo movimentos com os dedos para procurar por alterações e elevações;
  • Pressione levemente o mamilo e veja se há secreção;
  • Repita o processo na mama direita.

Deitada

  • Deite-se e coloque uma toalha dobrada sob o ombro esquerdo para examinar a mama esquerda;
  • Com movimentos circulares e fazendo uma leve pressão, sinta a mama;
  • Apalpe a parte externa da mama;
  • Apalpe as axilas;
  • Pressione levemente o mamilo e veja se há secreção;
  • Repita o processo na mama direita.

O tratamento

Apesar da enorme quantidade de tipos de cânceres de mama, a maioria dos tratamentos da doença são semelhantes. Portanto, utilizam-se das mesmas técnicas para eliminá-la ou permitir a sobrevida ao paciente.

O tratamento do câncer de mama tem avançado com o passar dos anos. Enquanto os primeiros casos – relatados ainda nas sociedades egípcias e gregas da Antiguidade -, eram tratados com amputações dos seios, a evolução da medicina permitiu que tratamentos menos agressivos fossem criados. Assim, diminuindo o impacto psicológico para as mulheres, proporcionando resultados estéticos satisfatórios e melhorando a qualidade de vida.

Outubro Rosa com a ProGoods

O uso de medicamentos por via oral ou venosa para continuidade do tratamento sistêmico, durante ou após o término das fases de quimioterapia, aumenta a necessidade de farmácias especializadas que possam fornecê-los para os pacientes, realizando entregas à domicílio para maior comodidade durante o tratamento.

Nilza Portugal foi uma das pacientes que passou a precisar desse tipo de remédios e encontrou na ProGoods o lugar para garanti-los: “Lamento não ter descoberto antes. É o menor preço, então eu nem faço mais a pesquisa de preço, vou direto na ProGoods”. Ela completa: “Além de ter o menor preço, tem o parcelamento, a entrega é super certinha, nunca tive problemas. O trabalho que a ProGoods faz é de seriedade”.

A opinião dela é compartilhada por Claudia e Martha. As duas também destacam os preços acessíveis e a comodidade da entrega como vantagens de comprar conosco: “Com a ProGoods, eu tenho a possibilidade de comprar os remédios mais baratos e ainda tem a entrega aqui na minha casa”, destaca Martha.

E para responder à pergunta que inicia esse artigo, a resposta é: não. Para enfrentar essa doença, realize o autoexame, mantenha sua rotina de exames e conte com uma boa equipe de profissionais para lhe ajudar nesse processo com acompanhamento e medicação necessários.

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