Economia

Número de brasileiros negativados passa de 60 milhões na pandemia

As mudanças provocadas pela chegada do vírus SARS-Cov-2, intensificaram o problema financeiro da população

Muitos brasileiros têm dificuldades financeiras. Muito antes da pandemia de Covid-19 causar impactos profundos na economia nacional, milhões de pessoas já apresentavam intensas dificuldades em organizar a vida financeira e manter as contas em dia. Com as mudanças provocadas pela chegada do vírus SARS-Cov-2, o problema foi intensificado.

No mês de abril, por exemplo, o número de brasileiros com dívidas atrasadas e CPF negativado chegou a um novo recorde. Segundo levantamento realizado pela Serasa Experian, o total de pessoas endividadas no país alcançou a marca de 63,2 milhões, representando 40,4% de toda população adulta no país.

Ao comparar o mesmo período com o ano de 2018, em que foram registrados 61,2 milhões de pessoas em situação de dívidas e inadimplência, é possível identificar que mais de 2 milhões de brasileiros passaram a fazer parte dessa estatística.

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “além dos impactos gerados pela insuficiência da educação financeira do brasileiro, a inadimplência é uma variável que segue as principais tendências do cenário econômico nacional. Nesse sentido, com a estagnação da economia, aumento do desemprego e da inflação ao longo dos primeiros meses de 2019, que impactam diretamente o orçamento doméstico, continuamos a bater recordes no número de consumidores com contas em atraso”.

Em uma análise feita por estados brasileiros, Roraima apresenta o maior percentual da população adulta endividada: 59,87%. Em seguida, aparecem o Amapá (52,4%) e Amazonas (50,6%). Já entre os menos comprometidos, estão Santa Catarina (33,1%), Paraíba (33,6%) e Piauí (34,4%), com os menores percentuais de pessoas endividadas.

Vale destacar que cartão de crédito e cheque especial são as principais causas de endividamento entre os brasileiros, por contarem com as maiores taxas de juros do mercado nacional. No entanto, para sair dessa situação e colocar a vida financeira em ordem, é possível optar por soluções com juros menores, como o empréstimo consignado por exemplo, que possibilita o acesso a crédito até para quem tem negativação no CPF, uma vez que não realiza consulta ao SPC ou Serasa.

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