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Japonesa Rakuten Mobile tem meta ousada para o 5G

A ambição da Rakuten Mobile para o 5G gira em torno de três grandes pilares: habilitar indústrias para a virtualização, capacitar a sociedade e oferecer experiências de qualidade para os clientes. Quem afirma é o diretor de tecnologia da empresa japonesa, Tareq Amin, que participou do Meet the Expert no último dia do Futurecom Digit@l Week. A Rakuten Mobile, que anunciou recentemente a primeira rede 5G virtualizada do mundo, é um dos novos entrantes no Japão com tecnologia e abordagem únicas, que garantem disrupção na arquitetura tradicional de como as redes móveis são construídas, projetadas e operadas.

Japonesa Rakuten Mobile
Diretor de tecnologia da empresa japonesa, Tareq Amin

Segundo o executivo, a empresa começou, em 2018, a construir o projeto do que se tornaria a primeira infraestrutura de telecomunicações virtualizada do mundo  – de ponta a ponta – para o 4G.  “Queríamos construir uma rede simples, completamente aberta, movida por IA e automação, que abraçasse a segurança aberta. E, em abril deste ano, lançamos nosso serviço no Japão e validamos que a virtualização da infraestrutura adotando a nuvem traz enorme eficiência, redução de custos e o mais importante: agilidade na prestação do serviço. E quando olhamos para o 5G, pensamos em como poderíamos fazer ainda melhor”, diz Amin.

Rakuten Mobile

O CTO afirma que um cliente para a Rakuten Mobile não é mais um número de celular, mas um membro que gosta de serviços bancários, fintechs, cartão de crédito, logística, comércio eletrônico e vários conteúdos. O ecossistema diversificado permite lançar aplicativos que podem tirar o máximo proveito das redes 5G. “Começamos a implantar uma plataforma de comunicação que abrange contêineres microsserviços para permitir que futuras cargas de trabalho rodem nesta rede. Acreditamos que o lançamento da Rakuten abriu a indústria para uma discussão saudável sobre rádio”.

Em abril deste ano, a Rakuten Mobile e a NEC iniciaram a produção de equipamentos de rádio OpenRAN 5G, altamente seguros e nativos em nuvem, viabilizando a construção de estações de base 5G com o objetivo de prestar um serviço acessível, eficiente e de alta qualidade aos assinantes. “O OpenRAN é um dos componentes mais críticos para a disrupção da indústria”, enfatiza Tareq Amin.

O diretor de tecnologia explica que a empresa tem duas bandas de espectro – uma de 400 MHz  e outra de 3,7 GHz. Nos dois casos, as redes foram desenvolvidas praticamente do zero. “Estamos muito entusiasmados com o que construímos no Japão e queremos levar nossa tecnologia e modelo de negócio para os mercados globais. Inclusive, estamos em busca de parcerias na América Latina. Nosso objetivo é criar uma rede global de laboratórios, que atue de maneira colaborativa, para alcançarmos uma plataforma de rede autônoma em menos de dois anos”, ressalta o diretor de tecnologia da Rakuten Mobile.

Até março de 2021 a expectativa é que a empresa cubra 70% de todo o Japão. Com uma plataforma de serviços moderna e com baixa latência – quando o tempo entre o ao vivo e o que é transmitido é curto, em alguns casos milissegundos -, os jogos na nuvem e AR tornam-se realidade absoluta. “Uma API de inovação aberta permitirá a qualquer empresa de desenvolvimento terceirizada entrar em nossa plataforma para inovar e desenvolver códigos de maneira conjunta. Com isso, teremos novos casos de uso, que irão se beneficiar dessa superestrada que o 5G oferece. Nossa ambição por 5G é definitivamente única”, complementa Amin.

Futurecom



O Futurecom, o maior e mais importante evento de tecnologia, telecomunicação e transformação digital da América Latina, será realizado, de forma presencial, de 05 a 07 de outubro de 2021. Lançado em 1998, na cidade de Foz do Iguaçu, o Futurecom foi transferido para Florianópolis posteriormente, onde ocorreu entre 2001 e 2007. A partir de sua décima edição, passou a ser realizado em São Paulo, com duas edições no Rio de Janeiro em 2012 e 2013.

Imagem de ADMC por Pixabay 

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