História da moeda: saiba mais sobre
Saiba como as primeiras moedas surgiram e como foi o seu desenvolvimento no mercado
A moeda foi criada para facilitar a troca e pagamento de bens, serviços e outros débitos. Além disso, as moedas servem como referência para avaliar o valor de algum serviço ou bem. Aqui neste artigo, vamos falar sobre a origem da moeda, o desenvolvimento do dinheiro até a chegada das criptomoedas.
Atualmente, o preço de um bem ou serviço é medido de acordo com o seu valor, sendo definido por quem o vende ou por dados de mercado. Isso não significa que um bem valha o valor definido, mas o valor definido em moeda serve como referência para compra.
Como surgiram as moedas?
No início da civilização, não havia moedas para troca de valores. O comércio se baseava no escambo, que é uma troca de mercadorias. Então, se uma pessoa queria comprar uma casa, por exemplo, ela oferecia mercadorias que tivessem valor e fazia uma troca, e assim funcionava em todo o comércio.
As primeiras moedas surgiram no século VII a.C., sendo moedas de ouro e prata que tinham o valor definido pelas sociedades da época e usadas nas trocas de valores. Na idade média, as pessoas criaram o hábito de guardar moedas com ourives, tendo um recibo como garantia, esta era a forma rudimentar de um banco.
Alguns séculos depois surgiram os bancos. Aqui no Brasil, o primeiro banco foi o Banco do Brasil, criado em 1810, que passou a emitir moedas de papel e atribuir o seu valor.
Com o tempo, os governos foram passando a organizar a emissão e fazer o controle de moedas e cédulas para trazer mais segurança às negociações financeiras.
Criação da Casa da Moeda e desenvolvimento da moeda no Brasil
A instituição criada para emitir dinheiro no Brasil, a Casa da Moeda, foi criada por Dom Pedro II em 1694. Na época, o intuito era facilitar a fabricação de moedas no Brasil Colônia, além de produzir selos fiscais e passaportes.
A impressão de dinheiro era regulamentada pelo Ministério da Fazenda por meio do Banco do Brasil. Com isso passou a ser fazer o controle da inflação, mantendo no país apenas o dinheiro suficiente para movimentar a economia interna.
Dessa forma, o banco controla a emissão de novas notas baseado nessa lógica, buscando sempre injetar dinheiro na economia apenas quando isso se faz necessário. A moeda brasileira já teve vários nomes, como por exemplo, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzados, cruzados novos, até chegar a moeda atual: o real.
O real foi criado em 1994 com o intuito de acabar com a hiperinflação no país. Nos anos anteriores à criação do Plano Real, muitos produtos básicos chegaram a ter um aumento de valor de até 3.000% ao ano. Com a mudança de moeda, o governo brasileiro conseguiu manter a inflação em níveis aceitáveis.
Criptomoedas chegam ao mercado para revolucionar as transações financeiras
As criptomoedas são moedas virtuais que podem ser usadas para a realização de pagamentos e outros tipos de transações financeiras.
Esse tipo de dinheiro não possui lastro, ou seja, não está relacionado a nenhuma moeda corrente com dólar ou euro, sendo independentes a qualquer governo e funcionando de forma descentralizada.
A primeira criptomoeda, o Bitcoin, surgiu em 2008 após uma profunda crise econômica que começou nos Estados Unidos e se espalhou pelo mundo. No período, houve a quebra de muitos bancos importantes para a economia mundial e com isso se começou a pensar num jeito independente de transacionar dinheiro.
Com as criptomoedas, nenhum banco central fica responsável pelo controle ou emissão das moedas, que são organizadas pelo sistema blockchain, que amplia a segurança para a realização das transações de toda a comunidade.
Com o bitcoin valendo cerca de R$ 243 mil reais, o número de criptomoedas dobrou em 2021 com a expectativa do mercado. Segundo relatório do CoinMarketCap, 2021 terminou com 16.237 tokens e criptomoedas criadas em todo o mundo.
As moedas são importantíssimas para que possamos comercializar produtos e serviços, além de permitir outras operações financeiras. Desde sua origem, elas têm ajudado civilizações a terem maior facilidade para trocarem bens e serviços.
E o futuro com as criptomoedas mostra a possibilidade de uma realidade ainda mais autônoma para os consumidores, eliminando a necessidade de bancos e a intromissão de governos nas transações financeiras.