Governo de SP anuncia mais 400 escolas no Programa de Ensino Integral e triplica unidades no estado
Número de escolas vai saltar de 364 para 1.064 a partir de 2021; em todo o estado serão 542 mil vagas para alunos dos anos finais do ensino fundamental e ensino médio
O Governador João Doria e o Secretário da Educação Rossieli Soares anunciaram nesta quinta-feira (5) que mais 400 escolas da rede estadual passarão a fazer parte do Programa de Ensino Integral (PEI). O total de unidades que funcionam nesta modalidade vai aumentar de 364, em 2018, para 1.064 a partir de 2021, representando um crescimento de quase 300%.
“São 400 novas escolas que vão começar a funcionar a partir de fevereiro de 2021 em tempo integral. Com este aumento de 300% no número de escolas, o ensino em tempo integral vai chegar a mais de 500 mil alunos. É o maior número de alunos em ensino integral em um estado no Brasil. E vamos seguir dentro do objetivo de ter mais escolas e mais alunos em tempo integral no estado de São Paulo”, disse Doria.
As novas escolas manifestaram interesse em aderir ao programa e obedecem aos critérios estabelecidos pela Secretaria da Educação, como ter mais de 12 salas de aulas e atender a uma comunidade com maior vulnerabilidade socioeconômica.
“A política de ensino em tempo integral é prioridade para o nosso governo. A nossa meta de mil escolas para 2023 já foi alcançada com a adesão destas 400 novas unidades”, destaca Rossieli Soares.
As novas 400 PEIs já estarão em funcionamento no próximo ano letivo de 2021. Elas vão ofertar 254 mil novas vagas para alunos dos anos finais do ensino fundamental e ensino médio. No total, as 1.064 escolas do programa terão 542 mil vagas em todo o estado de São Paulo, o que corresponde a 15% da rede. Em 2019, fazia parte do programa 4% da rede, com 135 mil alunos. O PEI abrange agora quatro vezes mais estudantes desde 2019.
O programa contempla 48% dos municípios do estado. Com esta expansão, mais 82 cidades terão PEIs. Entre as novas escolas que vão aderir à iniciativa estão a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, e a Escola Estadual Professora Eurydice Zerbini, em Heliópolis, na capital.
Programa de Ensino Integral (PEI)
Pelo novo programa, os estudantes passam a ter uma matriz curricular diferenciada que inclui projeto de vida, orientação de estudos e práticas experimentais. Há ainda clubes juvenis de acordo com temas de interesse como dança, xadrez e debates.
Os alunos contam com o apoio do professor tutor para fortalecer sua excelência acadêmica e na orientação do projeto de vida. Também frequentarão disciplinas eletivas escolhidas de acordo com seus objetivos.
A carga horária é de até nove horas e meia – na rede regular, a jornada é de cinco horas e quinze minutos.
Ideb maior e meta do PNE
Dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2019 divulgados recentemente apontaram que as escolas do PEI de ensino médio de São Paulo cresceram 1,2 ponto em relação ao último indicador, enquanto as escolas da rede regular subiram 0,6.
As 33 escolas estaduais de São Paulo de ensino médio com melhores indicadores são todas integrantes do PEI. Nos anos finais do ensino fundamental, o cenário se repete: nove das dez primeiras escolas da rede estadual de São Paulo com melhores notas do Ideb são do PEI.
Estudos ainda mostram que o ensino integral aumenta a empregabilidade e renda dos egressos.
O investimento na modalidade ainda é uma das metas dos Planos Nacional e Estadual de Educação, que determinam que 50% das escolas devem oferecer o ensino integral até 2024 e 2026, respectivamente.
Foto: Governo do Estado de São Paulo