Como os atletas estão lidando com a quarentena
A pandemia de Coronavírus parou o mundo do esporte e deixou atletas do mundo todo sem praticarem suas modalidades, já que todas as competições foram paralisadas, canceladas ou adiadas. É o caso dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que seriam disputados neste ano, mas foram confirmados para o ano que vem, entre os dias 23 de julho e 8 de agosto.
Alguns, infelizmente, estão lidando com a crise da pior forma possível, já que testaram positivo para o Covid-19. É o caso de alguns jogadores de futebol, como Paulo Dybala (Juventus), Blaise Matuidi (Juventus), Daniele Rugani (Juventus), Marouane Fellaini (Shandong Luneng-CHI), entre outros nomes do mundo da bola.
Na NBA, alguns atletas também foram infectados, como Kevin Durant (Brookly Nets), Marcus Smart (Boston Celtics), Rudy Gobert (Utah Jazz) e Donovan Mitchell (Utah Jazz). No tênis, sobrou para a jovem promessa brasileira Thiago Wild, que também testou positivo.
Já aqueles que felizmente não foram infectados estão encontrando outras formas de passar a quarentena. Surgiram diversos desafios nas redes sociais, sendo o mais famoso deles o das embaixadinhas com papel higiênico que viralizou entre jogadores como Lionel Messi, Arturo Vidal, Marcelo, Alexandre Pato, Luka Doncic, Roberto Carlos, entre outros.
Alguns adaptaram o desafio, como Felipe Melo, que deu um carrinho ao invés de fazer embaixadinha. Outros preferiram não aderir à brincadeira por não concordarem, caso de Falcão, do futsal.
Com os campeonatos paralisados, muitos jogadores têm usado as redes sociais para permanecerem ativos e também conscientizarem a população sobre os cuidados a serem tomados durante a pandemia.
Solidariedade
Muitos jogadores colocaram a mão no bolso para ajudar na luta contra o Coronavírus. Lionel Messi, por exemplo, já doou cerca de 1 milhão de euros para instituições da Argentina e da Espanha. Cristiano Ronaldo teria doado a quantia de 4 milhões de euros a hospitais portugueses.
O técnico Pep Guardiola, do Manchester City, também aderiu à solidariedade e doou cerca US$ 1 milhão a uma fundação espanhola, mesma quantia que Robert Lewandowski, atacante do Bayern de Munique, e a esposa doaram para o combate ao vírus.
Na NBA, um movimento de aletas e equipes garantiu o pagamento de salários a funcionários das arenas que não teriam seus contracheques em virtude da paralisação das partidas na Liga, uma vez que os trabalhadores são pagos por horas trabalhadas no país.
No Brasil, o meia Daniel Alves, do São Paulo, e o ex-atacante Ronaldo, da Seleção Brasileira, estão entre os incentivadores do projeto Gerando Falcões, que visa arrecadar doações de cestas básicas para serem distribuídas em comunidades carentes do país.
Entretenimento e jogos
Com a ausência de campeonatos na televisão, o Big Brother Brasil passou a ter mais espectadores, inclusive entre os jogadores. Nomes como Neymar, Gabigol, Vinicius Junior e Richarlison estão na linha de frente da torcida de um dos participantes, Felipe Prior. Eles vêm mobilizando seus seguidores a fazerem de tudo pela permanência do jogador na casa.
Além de acompanhar o BBB, Neymar tem encontrado “refúgio” também em outras modalidades esportivas. O jogador do PSG voltou ao Brasil para passar a quarentena em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, e tem aproveitado o isolamento para se dedicar ao poker, praticando através de disputas em plataformas online. Além disso, ele postou foto praticando padel, modalidade parecida com badminton
Treinamentos em casa
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O que é unanimidade entre os atletas é a manutenção dos treinamentos físicos sob orientação dos respectivos departamentos médicos dos clubes. Essa foi a forma que as equipes encontraram de manter seus atletas em forma mesmo durante a quarentena, para que as perdas físicas não sejam tão significativas quando as competições retornarem.
No entanto, os clubes ainda temem que sejam necessárias algumas semanas de treinos antes do início dos jogos para que os atletas recuperem o ritmo de jogo e estejam na melhor forma física para disputas em alto rendimento.
Redução de Salários
Outra discussão que todos os atletas vêm acompanhando, certamente, é a questão dos salários. Na Europa, por exemplo, Barcelona e PSG já reduziram os vencimentos de seus atletas. Outros clubes também já negociam uma redução ou até paralisação de pagamentos.
No Brasil, o primeiro clube grande a tomar uma medida foi o Atlético/MG, que reduziu o salário em 25% enquanto durar a pandemia. Outros clubes ainda procuram a melhor solução para o problema.
A redução de salários é vista por presidentes e diretores como crucial para a saúde financeira dos clubes durante a paralisação, uma vez que as agremiações também deixaram de arrecadar com bilheteria e premiações de competições, por exemplo. No entanto, ainda há resistência por parte de jogadores, o que deve estender o debate por algum tempo.
Ainda é incerto o tempo de paralisação das competições por conta da pandemia e também os efeitos que isso trará à saúde financeira dos clubes e ao andamento dos torneios, sobretudo no Brasil, que conta com um dos calendários mais apertados do futebol mundial.