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Chico César e Zeca Baleiro lançam edição em vinil de ‘Ao Arrepio da Lei’

Chico César e Zeca Baleiro acabam de lançar a versão em vinil de “Ao Arrepio da Lei“, álbum que celebra a amizade e parceria dos artistas. Com edição da Rocinante Três Selos, a bolacha ganha o mundo em vinil vermelho, 180 gramas, com capa dupla e envelope contendo ficha técnica e letras.

O aguardado álbum de inéditas chegou nas plataformas digitais no dia 1 de março e, para a alegria ainda maior dos fãs, Chico e Zeca também realizam turnê pelo país. A estreia aconteceu em Curitiba (8/3) e Florianópolis (9/3) e nos próximos meses a turnê segue para Recife, Brasília, Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, entre outras cidades. No repertório do show, as novas canções e sucessos de ambos, algumas mais quentes, outras mais reflexivas.

A parceria inaugurada há 32 anos por Chico e Zeca foi retomada com uma nova safra de mais de 20 canções, compostas entre maio de 2020 e o início de 2021, durante a pandemia. Animados pelo resultado das novas parcerias musicais, anunciaram o lançamento do álbum antecipando duas canções, “Respira” e “Lovers”, em maio de 2021. Com tantos trabalhos em paralelo, Chico e Zeca retomaram as gravações em 2022, quando lançaram novo single duplo com as inéditas “Beije-me Antes” e “Verão” – a única canção registrada ao vivo, reunindo os dois já no fim do processo, no pós-pandemia. Só no final de 2023, Chico e Zeca voltaram a se juntar para gravar as vozes e concluir o álbum.

Swami Jr., que já trabalhou com Chico e Zeca em shows e discos, foi convidado a produzir o álbum. Juntos, os três começaram a escolher as canções e a gravar em seus estúdios caseiros, no período em que o distanciamento social era importante para reduzir o avanço da covid-19. “Ao Arrepio da Lei” ainda tem uma canção produzida por Érico Theobaldo (“Lovers”) e outra por Alexandre Fontanetti  (“Verão”).

Outra parceira artística de ambos desde os anos 80, Vange Milliet foi convidada para fazer as fotos de divulgação e para a capa do álbum, que tem projeto gráfico de Andrea Pedro.

Ao Arrepio da Lei

dois amigos, dois insurrectos vindos do nordeste profundo. zeca, do arari maranhense. chico, do catolé paraibano. dois bardos da canção que teima em soar para desensurdecer os ouvidos do tempo, sitiados na maior, mais doce e cruel cidade da latinoamérica: a são paulo dos anos 90.
a partir daí deixaram um rastro de sangue das canções em lugares minúsculos e esfumaçados como pour quoi pas, café paris, café maravilha, witch bar e picos que viraram legendas, como vou vivendo, blen-blen, kva, além de alguns festivais brasil adentro. 
dividiram o caldo ralo do osso das vacas magras num apertamento em cima da padaria ceará na zona oeste. pobre mas honesto e nem tão limpinho assim, mas muito bem frequentado por cantoras e músicos e artistas diversos.

os carros passavam velozes pela rua heitor penteado, alheios ao sonho de se tornarem artistas profissionais da música – ou amadores, anyway, desde que pudessem sobreviver disso, é claro!
ali nasceram canções que hoje o público canta em coro a plenos pulmões, mas que na época eram íntimas como segredos.
dividiam canções, confidências, comida e louça suja.

ambos evocando (e invocando), no desvario da paulicéia, o rádio da infância interiorana – evaldo braga, paulo diniz, elton john, luiz gonzaga, roberto carlos, marinês, the fevers, peppino di capri, pinduca, teixeirinha, donna summer,  jackson do pandeiro -, e as descobertas da adolescência/juventude – arrigo barnabé, premê, ave sangria, papa poluição, joelho de porco, elomar, xangai, galego aboiador, banda de pífanos de caruaru, king crimson, leci brandão -, entre assovios dispersos pela vila madalena boêmia, afinando “a arte de chutar tampinhas”, como diria o poeta/cronista joão antonio.

agora, 32 anos depois, a celebração do tempo e da parceria, num disco não à toa batizado de… “ao arrepio da lei”.
integrados de algum modo ao velho e decadente star system, mas ainda rebeldes, com espírito de luta, lirismo e alguma lucidez.

ave, césar, afe, zeca!
que os deuses os perdoem do pecado de cantar a vida em toda a sua glória e miséria.

ao arrepio da lei | chico césar e zeca baleiro

1 – AO ARREPIO DA LEI

Chico – voz e violão de nylon

Zeca – voz e violão aço

Erico Theobaldo – bateria e programações

Fabinho Sá – baixo

Ricardo Prado – guitarra e teclados

2 – BARDO

Chico – voz e violão

Zeca – voz

Tiquinho – trombone

Simone Julian – flauta

Erico Theobaldo – bateria e programação

Ricardo Prado – guitarra e teclados

Fabinho Sá – baixo

Arranjo de sopros: Swami Jr. e Zeca Baleiro

3 – RESPIRA

Chico – voz e violão

Zeca – voz

Fabinho Sá – baixo acústico

Guilherme Kastrup – bateria

Rubinho  Arantes – flugelhorn

Swami Jr – guitarra, teclados e synths

Zeca – voz

Chico – voz e violão de nylon

4 – MOCÓ

Zeca – voz

Chico – voz

Swami Jr. – violão

João Taubkin – guembri

Pedro Cunha – synths

Felipe Roseno – percussão

Erico Theobaldo – bateria e programações

5 – NARCISOS

Chico – voz

Zeca – voz, violões e assovio

Tiago Costa – piano

Mário Manga – arranjo de quarteto de cordas

Adriana Holtz – cello

Alex Braga – violino

Fabio Tagliaferri – viola

Luiz Brito – violino

Swami Jr. – baixo

6 – VERÃO

Chico – voz

Zeca – voz

Alexandre Fontanetti – guitarra

Serginho Carvalho – baixo

Carlos Bala – bateria

Marcelo Maita – teclados

Proveta – sax alto

Ubaldo Versolatto – sax tenor e flauta

Walmir Gil – trompete

François Lima – trombone

DJ B8 – scratches

Tatiana Parra – coro

Ana Amélia – coro

7 – LOVERS

Zeca – voz, vocais, violão e assovio

Chico – voz e vocais

Ricardo Prado – teclados

Erico Theobaldo – guitarra, baixo synth e programação

8 – NÉON

Chico – voz

Zeca – voz, ukelele e requinto

Swami Jr – violão 7 cordas e requinto

Ricardo Prado – teclados

Guilherme Kastrup – percussão

9 – BEIJE-ME ANTES

Zeca – voz  

Chico – voz

Ricardo Prado – guitarra e teclados

Fabinho Sá – baixo

Tiquinho – trombone e arranjo de metais

Marcelo Pereira – sax tenor

Paulinho Viveiro – trompete

Erico Theobaldo – bateria e programações

Ana Amélia – coro

Tatiana Parra – coro

10 – DISLIKE

Zeca – voz e violão

Chico – voz

Cosme Vieira – acordeon

Damião Vieira – triângulo

Feeh Silva – zabumba

Erico Theobaldo – bateria e programações

11 – AGLOMERAR

Chico – voz e vocais

Zeca – voz e vocais

Cosme Vieira – acordeon

Luiz Cláudio – percussão

Erico Theobaldo – bateria e programações

Ricardo Prado – guitarra e teclados

Fabinho Sá – baixo

Produzido por: Swami Jr, exceto Verão [produzida por Alexandre Fontanetti] e Lovers [produzida por Erico Theobaldo]

Gravado nos estúdios: Space Blues por Alexandre Fontanetti, Felipe Câmara e Pedro Luz

Mixado por:  Evaldo Luna no estúdio 3 Orelhas

Masterizado por: Carlos Freitas no estúdio Classic Master

Foto da capa: Vange Milliet

Projeto gráfico: Andrea Pedro

Lançamento Chita/Saravá Discos com distribuição ONErpm.

acompanhe os lançamentos e as novidades da turnê: https://linktr.ee/aoarrepiodalei

Chico César e Zeca Baleiro

Zeca Baleiro e Chico César lançam edição em vinil do aguardado álbum de inéditas, que celebra a amizade dos artistas -Foto: Vange Milliet
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