Meio Ambiente

Brindes sustentáveis de tecido: certificações, logística reversa e o futuro dos eventos

O burburinho do evento ainda ecoa, mas o salão de exposições já se esvazia. Enquanto os estandes são desmontados e a equipe de organização recolhe os últimos materiais, muitas pessoas deixam o local com uma sacola de tecido na mão.

Ao mesmo tempo, um ponto de coleta, discretamente montado, aguarda os itens que talvez não encontrem um destino final.

Essa cena nos convida a refletir sobre o verdadeiro valor de um brinde: não apenas o que ele representa no momento da entrega, mas também todo o seu ciclo de vida, desde a origem de seus materiais até sua eventual devolução.

Pensar em brindes sustentáveis de tecido não é apenas uma tendência; é um passo essencial para eventos que buscam deixar uma marca positiva, em vez de uma pegada de lixo.

Brindes de tecido e o desafio global do lixo: por que a sustentabilidade é urgente?

Para começar, é fundamental compreender a dimensão do desafio que os brindes têxteis podem representar. O mundo enfrenta uma montanha crescente de resíduos de tecidos, um problema que impacta o planeta de diversas formas.

Milhões de toneladas de roupas e outros produtos têxteis são descartados anualmente, e o tempo de vida útil dessas peças tem diminuído drasticamente.

A indústria da moda e eventos gera números alarmantes. De acordo com o UNEP (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), surpreendentes 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis são geradas a cada ano.

Essa realidade é ainda mais preocupante quando percebemos que o período de uso de roupas caiu 36% entre 2000 e 2015, indicando um ciclo de vida cada vez mais curto para os produtos que consumimos.

Além disso, a reciclagem de fibras ainda é muito incipiente: em 2023, apenas 8% das fibras foram recicladas globalmente. É importante notar também que uma parcela significativa do lixo plástico, cerca de 11%, vem de têxteis, muitos deles feitos com materiais sintéticos como o poliéster.

Esses dados mudam completamente a perspectiva sobre a escolha de brindes de tecido em eventos. Anteriormente, a preocupação era apenas com a estética e o custo. Agora, a régua se eleva, e o planejamento deve incluir não só a seleção do material, mas também o que acontecerá com o brinde depois que o evento terminar.

Dessa forma, ao optar por brindes sustentáveis de tecido, os organizadores de eventos assumem uma responsabilidade vital, contribuindo para diminuir o impacto ambiental e promover uma economia mais circular.

Escolhendo o melhor material para seu brinde sustentável: rPET ou algodão orgânico?

A decisão entre diferentes materiais sustentáveis pode parecer complexa à primeira vista. Mas, em síntese, a escolha entre rPET (poliéster reciclado) e algodão orgânico depende muito do propósito do brinde, do contexto do evento e do seu público-alvo.

Cada um desses materiais oferece características únicas que os tornam ideais para diferentes aplicações.

O rPET é uma excelente opção quando se busca resistência e durabilidade para itens de uso frequente ou que precisam de maior proteção. Esse material é obtido a partir da reciclagem de garrafas PET, transformando resíduos plásticos em novas fibras têxteis.

Ele faz mais sentido em produtos comobolsas térmicas personalizadas, mochilas, ou kits que serão usados em ambientes externos ou de forma mais intensa. Além disso, o processo de reciclagem do PET reduz a necessidade de produção de plástico virgem, economizando recursos e energia.

Em alternativa, o algodão orgânico se destaca pela sua maciez, conforto e capacidade de respirabilidade, sendo ideal para itens que terão contato direto com a pele. Ele é cultivado sem o uso de pesticidas e fertilizantes químicos nocivos, o que o torna uma opção mais saudável para os consumidores e para o meio ambiente.

Sacolas de uso diário, camisetas, ou outros itens de vestuário se beneficiam do toque agradável e da sensação natural do algodão orgânico.

Selo verde de verdade: as certificações essenciais para brindes sustentáveis de tecido

Para garantir que um brinde seja realmente sustentável, é necessário ir além das promessas. Os selos de certificação funcionam como guias confiáveis, atestando que os produtos cumprem critérios rigorosos em diferentes aspectos, desde a origem da matéria-prima até a segurança do produto final.

Cada um desses selos soma competências diferentes e complementares, assegurando que o brinde seja tanto ecologicamente correto quanto socialmente responsável e seguro para o usuário.

GOTS garante o quê no algodão orgânico?

O GOTS (Global Organic Textile Standard) é o principal padrão mundial para o processamento de produtos têxteis a partir de fibras orgânicas. Ele não se limita a garantir que o algodão seja cultivado sem pesticidas, mas abrange toda a cadeia de produção, desde a colheita das matérias-primas até a fabricação, embalagem, rotulagem, comercialização e distribuição.

Por outras palavras, o GOTS garante que todo o processo é feito de forma ecologicamente e socialmente responsável.

O padrão cobre critérios ambientais rigorosos, como o uso mínimo de água e energia, e a proibição de substâncias químicas tóxicas, além de estabelecer critérios sociais que se baseiam nas normas fundamentais da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Em suma, a garantia do GOTS é baseada em inspeções no local e certificação por terceiros independentes em toda a cadeia de suprimentos. Isso significa que, ao escolher um brinde de algodão orgânico com selo GOTS, você tem a certeza de que ele foi produzido com o máximo cuidado ambiental e social.

GRS comprova o quê no rPET?

O GRS (Global Recycled Standard) tem como principal objetivo aumentar o uso de materiais reciclados e reduzir o impacto ambiental da produção. Este padrão verifica o conteúdo reciclado de um produto, mas vai muito além disso. Ele estabelece requisitos para a cadeia de custódia, práticas sociais e ambientais, e restrições químicas em todas as etapas de fabricação.

O Textile Exchange explica que a versão 4.0 do GRS é um padrão de produto completo, garantindo que o material reciclado foi devidamente rastreado e que todo o processo de produção atendeu a normas rigorosas.

Ou seja, o GRS não apenas confirma que seu brinde foi feito com rPET, mas também que sua fabricação minimizou impactos negativos no meio ambiente e respeitou os direitos dos trabalhadores envolvidos.

Esta certificação é crucial para quem busca a máxima transparência e responsabilidade na utilização de materiais reciclados.

OEKO-TEX® STANDARD 100: por que testar o produto final?

O OEKO-TEX® STANDARD 100 é um selo independente que atesta a segurança do produto têxtil para a saúde humana. Diferentemente dos selos anteriores, que focam na origem da matéria-prima ou no processo produtivo, o OEKO-TEX® verifica o produto final.

Ele testa a ausência de centenas de substâncias nocivas que podem ser encontradas em têxteis, desde o fio até o produto acabado.

Os testes são abrangentes, incluindo substâncias regulamentadas, não regulamentadas, conhecidas por serem prejudiciais à saúde, e até mesmo produtos químicos que são importantes para a saúde.

O conceito de classes de produto também é fundamental: quanto maior o contato do produto com a pele (por exemplo, roupas de bebê), mais rigorosos são os limites de substâncias nocivas. Em outras palavras, um brinde certificado OEKO-TEX® STANDARD 100 garante que ele é seguro e não apresenta riscos à saúde de quem o utiliza.

Better Cotton mudou: ainda serve para decidir compra de brinde?

O Better Cotton (Algodão Melhor) é uma iniciativa global que visa tornar a produção de algodão mais sustentável para os agricultores, para o meio ambiente do campo e para o futuro do setor. Embora não seja uma certificação orgânica como o GOTS, ele promove práticas agrícolas que reduzem o uso de água e pesticidas, além de melhorar as condições de trabalho.

De acordo com os comunicados oficiais do Better Cotton, a organização passou por uma transição importante, com a conclusão de seu novo esquema de certificação em fevereiro de 2025.

O antigo “Mass Balance On Product Mark” será descontinuado até maio de 2026, sendo substituído por um novo rótulo físico. No entanto, é importante salientar que o Better Cotton não substitui o GOTS.

O GOTS garante a rastreabilidade completa e o processamento orgânico, enquanto o Better Cotton foca em práticas de cultivo mais sustentáveis na fazenda. Por isso, ao passo que o Better Cotton é uma excelente referência para o cultivo de algodão mais responsável, para um brinde de algodão orgânico certificado, o GOTS ainda é o padrão de excelência.

Transparência garantida: como solicitar e verificar a cadeia de custódia (CCS), SC e TCs

Uma vez que a escolha do material e das certificações tenha sido feita, o próximo passo crucial é garantir a autenticidade dessas alegações. Em certo momento, o comprador precisará solicitar as comprovações documentais ao fornecedor, e essa etapa é vital para evitar “atalhos” na cadeia de suprimentos que possam comprometer a integridade da sustentabilidade do brinde.

Para começar, o CCS (Content Claim Standard – Padrão de Reivindicação de Conteúdo) é a base de rastreabilidade para muitos outros padrões, como o GRS e o RCS (Recycled Claim Standard – Padrão de Reivindicação de Reciclados).

O CCS estabelece os requisitos para verificar o conteúdo de um material específico, garantindo que o que é declarado no produto final corresponde ao que foi recebido e processado ao longo da cadeia.

Conforme o Manual do CCS 3.1 da Textile Exchange, este padrão é fundamental para sustentar os demais, oferecendo uma espinha dorsal para a rastreabilidade.

Na sequência, é essencial diferenciar dois documentos importantes: o Scope Certificate (SC – Certificado de Escopo) e o Transaction Certificate (TC – Certificado de Transação).

  • Scope Certificate (SC): Este documento é emitido anualmente e atesta que uma determinada instalação (como uma fábrica de fios ou de tecidos) está certificada para produzir sob um padrão específico (GOTS, GRS, etc.). Ele indica o escopo da certificação e os tipos de produtos que a empresa pode processar. Peça o SC do fornecedor para verificar se ele está apto a trabalhar com os materiais e padrões que você exige.
  • Transaction Certificate (TC): Por outro lado, o TC é um documento específico para cada transação de material certificado. Ele comprova que um lote particular de produto certificado foi transferido de um vendedor certificado para um comprador certificado. Ou seja, se você está comprando 500 sacolas de algodão orgânico GOTS, seu fornecedor deve ser capaz de apresentar um TC específico para esse lote, mostrando a origem do algodão e as etapas de processamento.

Como se pode ver, o Textile Exchange destaca a importância da certificação em cada estágio da cadeia, com auditorias presenciais e a emissão de SCs e TCs. Para conferir a documentação do lote, siga um passo a passo simples:

Primeiro, verifique se o SC do seu fornecedor está válido e cobre o padrão desejado. Depois, solicite o TC para o lote específico de brindes que você está comprando, assegurando que os volumes e as descrições do material coincidem com o seu pedido.

É importante notar que, a partir de 1º de abril de 2023, o Textile Exchange também implementou uma orientação para claims (alegações) e exigência de certificação de marca, o que significa que marcas e varejistas também precisam de certificação específica para fazer alegações sobre produtos certificados, garantindo uma responsabilidade ainda maior em toda a cadeia.

Descarte consciente: o que a Lei Brasileira exige para brindes sustentáveis pós-evento

A sustentabilidade de um brinde não termina na sua produção e entrega. A forma como ele é descartado, ou melhor, como ele retorna à cadeia produtiva, é igualmente importante. Neste contexto, a legislação brasileira desempenha um papel fundamental, transformando o que antes era uma “boa prática” em uma “exigência legal”.

Em primeiro lugar, a base de tudo é a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), instituída pela Lei 12.305/2010. Esta lei estabelece os princípios, objetivos e instrumentos para a gestão integrada e o gerenciamento de resíduos sólidos, incluindo a ordem prioritária de não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos.

A PNRS é crucial porque introduz conceitos como a logística reversa e a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Por conseguinte, fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, e até mesmo consumidores, compartilham a responsabilidade pelo descarte adequado dos produtos.

Na sequência, o Decreto 10.936/2022 veio para regulamentar a PNRS, detalhando os mecanismos da logística reversa. Este decreto é notável porque prioriza as cooperativas e outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis na coleta seletiva e na implementação de sistemas de logística reversa.

Isso significa que, ao planejar a destinação dos seus brindes pós-evento, é altamente recomendável e, em muitos casos, obrigatório, envolver esses atores sociais, apoiando a inclusão socioeconômica e a economia circular.

Além disso, o Decreto 11.413/2023 instituiu o CCRLR (Certificado de Crédito de Reciclagem), um instrumento financeiro que pode ser útil na comprovação da logística reversa. Os CCRLRs são títulos que representam a reciclagem de determinada massa de material e podem ser adquiridos por empresas que precisam comprovar o cumprimento de suas metas de logística reversa.

Embora não seja a única forma de comprovação, ele oferece mais uma ferramenta para as empresas demonstrarem seu compromisso com a circularidade.

Por último, mas não menos importante, o SINIR+ (Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão de Resíduos Sólidos e Logística Reversa) desempenha um papel crucial na gestão e monitoramento. O SINIR+ centraliza informações sobre resíduos, incluindo o MTR (Manifesto de Transporte de Resíduos) e o PGRS (Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos).

Atualmente, um módulo de logística reversa está em desenvolvimento, e ele promete integrar ainda mais o fluxo de comprovação da destinação adequada dos brindes.

Impacto ambiental de eventos: como seu brinde pode retornar à cadeia produtiva

Eventos, sejam eles corporativos ou de grande porte, são conhecidos por gerar um volume considerável de resíduos. Compreender essa dimensão é o primeiro passo para mitigar o impacto e garantir que os brindes, em vez de se tornarem lixo, possam retornar à cadeia produtiva.

Começando pelo número-âncora: o Event Industry Council estima que uma conferência pode gerar em média 1,89 kg de resíduo por participante por dia. Este número impressionante demonstra por que o desenho da devolução dos brindes não pode ser um pensamento tardio; ele precisa entrar no briefing do brinde desde o início do planejamento. Ignorar isso seria, em hipótese alguma, uma atitude sustentável.

Por isso, as implicações práticas para os brindes têxteis são claras. Não só é preciso escolher um material sustentável, mas também planejar o seu pós-uso. Aqui estão algumas estratégias:

  1. Ponto de Coleta Sinalizado: Durante o evento, estabeleça um local visível e de fácil acesso para a devolução dos brindes. A comunicação deve ser clara e persuasiva, incentivando a participação.
  2. Triagem Eficaz: Ao passo que os brindes são coletados, é fundamental que haja uma triagem inicial para categorizá-los. Alguns podem ser reusados imediatamente (se estiverem em perfeitas condições), outros podem ser doados, e os que não tiverem mais condições de uso direto devem ser encaminhados para reciclagem.
  3. Instruções no Tag/Etiqueta: Para facilitar a logística reversa, inclua instruções claras no próprio brinde (em um tag ou etiqueta) sobre como e onde ele pode ser devolvido ou descartado de forma responsável. Um QR Code, por exemplo, pode direcionar o participante a um site com informações detalhadas.

Mais precisamente, amarrar essas ações a metas simples pode tornar o processo mais tangível. Por exemplo, metas podem incluir uma taxa de retorno desejada para os brindes, um percentual de reuso, e outro percentual para reciclagem.

Desse modo, o objetivo é garantir que seu brinde sustentável de tecido não apenas impressione no evento, mas também contribua ativamente para a economia circular, evitando o aterro sanitário.

Exemplo prático: um kit sustentável da criação à destinação final

Para ilustrar como todas essas etapas se conectam, consideremos um cenário prático: a criação de um kit de brinde sustentável, do conceito inicial à sua destinação final pós-evento.

Imagine, por exemplo, que um evento optou por um kit composto por uma bolsa em rPET (poliéster reciclado) e um pequeno pouch (bolsa pequena) em algodão orgânico, com os componentes que entram em contato com a pele certificados OEKO-TEX® STANDARD 100. Essa combinação já demonstra um forte compromisso com a sustentabilidade.

No momento da compra, o organizador do evento, que busca a máxima transparência e conformidade, solicita ao fornecedor os documentos comprobatórios.

É de salientar que a fábrica das bolsas em rPET deve apresentar um Scope Certificate (SC) GRS válido, atestando sua capacidade de trabalhar com materiais reciclados. Além disso, para o lote específico de bolsas do evento, um Transaction Certificate (TC) GRS é exigido, comprovando a origem rastreada do rPET.

Do mesmo modo, para o pouch de algodão orgânico, o fornecedor deve apresentar um SC e TC GOTS.

Durante o evento, um ponto de coleta bem sinalizado é estabelecido, com comunicação clara via QR Code nas tags dos brindes, direcionando os participantes para informações sobre a logística reversa. A comunicação explica a importância de devolver os brindes após o uso, detalhando as opções de reuso, doação ou reciclagem.

Após o evento, os brindes coletados são submetidos a uma triagem cuidadosa. Aqueles em boas condições são separados para doação a instituições de caridade locais. Os itens danificados ou que não podem ser reutilizados são encaminhados para reciclagem têxtil, com o preenchimento de MTRs (Manifesto de Transporte de Resíduos) e PGRSs (Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos), conforme as exigências do SINIR+ (Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão de Resíduos Sólidos e Logística Reversa).

A parceria com cooperativas de catadores locais é formalizada, priorizando a inclusão e o fortalecimento da economia circular, em conformidade com o Decreto 10.936/2022.

Este ciclo de vida completo é possível graças a empresas como a Roar, uma fábrica de mochilas, bolsas e outros costuráveis personalizados, que oferece atendimento consultivo e documentação técnica alinhada às demandas de certificação.

Em suma, esse exemplo demonstra que, com planejamento e as parcerias certas, é possível fechar o ciclo da sustentabilidade, transformando um brinde em um vetor de impacto positivo.

Guia prático: o checklist definitivo para brindes sustentáveis em eventos

Para garantir que seu evento atinja os mais altos padrões de sustentabilidade em relação aos brindes de tecido, um checklist prático pode ser sua melhor ferramenta. Este guia acionável ajuda a evitar gargalos comuns e assegura que todas as etapas, da compra ao pós-evento, sejam executadas com responsabilidade.

Na compra do brinde:

  • Exigir Padrões Certificados: Sempre solicite que o fornecedor apresente as certificações relevantes para o material escolhido (GOTS para algodão orgânico, GRS para rPET, e OEKO-TEX® STANDARD 100 para segurança do produto final). Certifique-se de que os certificados estejam válidos e abranjam o produto que você está adquirindo.
  • Prazos e Documentação: Estabeleça prazos claros para a entrega do Scope Certificate (SC) da fábrica e do Transaction Certificate (TC) específico para o seu lote de brindes. A ficha técnica detalhada do produto e a rotulagem de acordo com os padrões também são essenciais.
  • Rastreabilidade: Peça informações claras sobre a cadeia de custódia do material, garantindo a transparência desde a origem até a entrega.

Durante o evento:

  • Ponto de Coleta Sinalizado: Crie um ou mais pontos de coleta visíveis e de fácil acesso para os brindes após o uso. Use sinalização atraente e educativa.
  • Comunicação Engajadora: Utilize QR Codes nos brindes ou em materiais de comunicação do evento para direcionar os participantes a informações sobre a importância da devolução e o destino dos materiais.
  • Parceria Local: Formalize uma parceria com uma cooperativa de catadores ou uma entidade de reciclagem local antes do evento para garantir a destinação adequada dos itens coletados.
  • Registro Fotográfico: Documente a ação de coleta e triagem com fotos e vídeos, que podem ser usados em relatórios de sustentabilidade e futuras comunicações.

No pós-evento:

  • Documentação Legal: Certifique-se de que os MTRs (Manifesto de Transporte de Resíduos) e PGRSs (Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos) estejam devidamente preenchidos e arquivados para comprovar a destinação ambientalmente correta dos resíduos.
  • Consolidação de Indicadores: Reúna os dados sobre a taxa de retorno dos brindes, o percentual de itens reusados, doados e reciclados. Esses números são valiosos para medir o impacto.
  • Relatório de Destinação: Elabore um relatório simples sobre a destinação final dos brindes, que pode ser compartilhado com stakeholders (partes interessadas) e utilizado para prestação de contas.
  • Avaliação para Melhoria: Analise os resultados e identifique pontos de melhoria para o próximo ciclo de eventos. A melhoria contínua é a chave para uma verdadeira sustentabilidade.

Assim, com este checklist em mãos, você estará mais do que preparado para transformar seus brindes de evento em exemplos de responsabilidade e cuidado com o planeta.

Foto:FREEPIK

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