Berlinda: saiba quais serão os impactos da tributação de dividendos
Assessor de Investimentos da Monte Bravo explica que investidores podem pagar mais e ganhar menos
Comprar ações que rendem bons dividendos é uma das estratégias mais assertivas para aqueles que focam em longo prazo. No entanto, com a crise econômica causada pela pandemia da Covid-19 e a Reforma Tributária em discussão, a taxação sobre dividendos gera cada vez mais questionamentos. Em contrapartida, fala-se em um imposto de 15% sobre os dividendos com redução da alíquota do IRPJ (Imposto de Renda para empresas). Se a proposta for adiante, as empresas terão um estímulo a menos para distribuir parte de seus lucros.
Com este cenário, o investidor que aplica neste tipo de ativo poderá perder duplamente: terá acesso a uma menor distribuição de lucro e, sobre essa parte, terá que pagar tributação. Atualmente, com a isenção do imposto, é interessante repassar o ganho aos acionistas e, desta forma, atrair mais investidores.
Monte Bravo
De acordo com Breno Andrade, Assessor de Investimentos da Monte Bravo – principal empresa de assessoria de investimentos do país credenciada à XP, é mais interessante para uma companhia manter o dinheiro dentro da operação e ampliar a capacidade produtiva do que ter parte do montante repassado para o Estado. “Grandes instituições correm um sério risco de perder valor no mercado caso o governo não consiga fazer os ajustes necessários no novo imposto”, afirma Andrade.
Olhando sob uma perspectiva mais otimista, com capital em caixa, essas empresas provavelmente vão investir na ampliação do seu potencial de lucros, agregando valor ao acionista ao longo do tempo. “Ainda temos um contexto indefinido, mas se você investe com foco em dividendos é fundamental se manter informado e, antes de qualquer decisão, buscar a orientação de um assessor experiente”, completa.
Para minimizar as possibilidades de perdas é essencial não se deixar levar por emoções exageradas com as notícias do mercado de ações, criar um portfólio diversificado, considerar o tempo de retorno da aplicação e entender as categorias de riscos.
Imagem de Lorenzo Cafaro por Pixabay