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Luisa Stefani é vice-campeã no WTA 1000 de Miami

Tenista paulistana e norte-americana Hayley Carter caíram diante de japonesas, melhor dupla da temporada. Luisa subirá, nesta segunda-feira, para 26ª. do mundo, melhor ranking da história de uma brasileira

A paulistana Luisa Stefani, baseada na Saddlebrook Academy, na Flórida (EUA), e a norte-americana Hayley Carter, foram superadas, neste domingo (4), na final do WTA 1000 de Miami, nos Estados Unidos, torneio sobre o piso duro com premiação de US$ 3,26 milhões. A dupla caiu diante das japonesas Ena Shibahara e Shuko Ayoama, cabeças de chave 5, por 6/2 7/5 após 1h24min de duração na quadra GrandStand, a principal desta edição do complexo do Hard Rock Stadium.

WTA 1000 de Miami

Luisa e Hayley disputaram a maior final da carreira delas, a terceira na temporada onde foram vices em Abu Dhabi (Emirados Árabes), contra a mesma dupla japonesa, e Adelaide (Austrália), ambos eventos da série WTA 500. A dupla japonesa segue muito confiante ao conquistar o terceiro título em 2021 e ascender ao topo do ranking da temporada. Luisa e Hayley subirão ao quarto lugar em 2021 e a brasileira ganhará cinco posições indo ao 26º posto do ranking individual de duplas, o melhor desempenho de uma brasileira na história desde que o ranking WTA foi criado em 1975.

As duplas finalistas recebem troféus (Marcelo Stefani / Divulgação)

“Mais um jogo super duro, mais uma final disputada contra as japonesas. Não conseguimos nos soltar e jogar nosso melhor no primeiro set. Elas foram mais inteligentes taticamente e também ganharam os pontos decisivos, que fizeram a diferença. No segundo jogamos bem melhor, nosso estilo, da maneira que deveríamos jogar e acabamos deixando escapar, não era para termos perdido o segundo set, pois iríamos ao terceiro e poderia cair para qualquer lado. É melhorar para as próximas oportunidades e aperfeiçoar para termos mais chances no futuro”, analisou Luisa, que tem o patrocínio do Banco BRB e os apoios da Fila, CBT, HEAD, Saddlebrook Academy, Tennis Warehouse e Liga Tênis 10.

“Duas semanas muito positivas em Miami, primeira vez numa final de WTA 1000, melhor ranking da carreira. Muita aprendizagem e feliz com o nível que a gente vem apresentando e a nossa melhora nos últimos meses. Agora é seguir trabalhando e o ano só está começando. Obrigado a todos que mandaram mensagens e por toda a energia que estou recebendo.  Vamos que vamos, que tem muito mais pela frente”, acrescentou.

Após a premiação, Luisa fez questão de comemorar o vice-campeonato ao lado dos pegadores de bola do torneio. Ela e o irmão, quando eram adolescentes, tentaram ser pegadores de bola em Miami, e não foram aceitos. Por isso, Luisa lembrou que jogar em Miami foi muito especial nestes dias.

Agora, Charleston, depois Polônia – A dupla não descansa e já segue para Charleston, na Carolina do Sul, para a disputa do WTA 500 local com premiação de US$ 565 mil, disputado sobre o Har Thru, o saibro verde, pó de cimento. A dupla estreia na terça ou quarta-feira contra as checas Lucie Hradecka e Marie Bouzkova. Depois de Charleston, Luisa vai para Bytom, na Polônia, jogar a Billie Jean King Cup pela equipe do Brasil. Em seguida, começa a temporada europeia no saibro com Stuttgart, Madri, Roma e Roland Garros.

Luisa Stefani

Carreira – Luisa Stefani, 23 anos, nascida em São Paulo (SP), mora em Tampa, na Flórida (EUA), treinando na Saddlebrook Academy. Cursou a universidade americana de Pepperdine, onde jogou o circuito universitário por alguns anos. Se destacou e optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018. Ganhou destaque nas duplas e começou a colher resultados já em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent, no Uzbequistão, e o vice-campeonato em Seul, na Coréia do Sul, em outubro, com sua então nova parceria, a norte-americana Hayley Carter, terminando o ano perto das 70 melhores do mundo.

Em 2020, conquistou o WTA 125 de Newport Beach, na Califórnia e chegou às oitavas de final do Australian Open. Após a quarentena, comemorou o título do WTA de Lexington, nos Estados Unidos. Terminou o ano como a 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Começou 2021 com a final no WTA 500 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, alcançando o top 30 – a primeira brasileira desde 1976 – e chegou à segunda decisão em Adelaide e à terceira em Miami, torneio da série WTA 1000. O vice-campeonato em Miami garantiu a Luisa a 26ª posição no ranking, o melhor de uma brasileira na história desde que o ranking WTA foi criado em 1975. Como juvenil, também foi destaque, conquistando vitórias em Wimbledon e tornando-se Top 10.

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Luisa e Hayley com o técnico Sanjay Singh (Marcelo Stefani / Divulgação)
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