Economia

Confiança no setor de construção tem primeira alta do ano

Dados da Fundação Getúlio Vargas mostram que, apesar de crescimento tímido, categoria está conseguindo reverter cenário do primeiro trimestre 

Segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), o Índice de Confiança da Construção (ICST) cresceu 2,2 pontos em maio e chegou a 87,2 pontos, a primeira alta registrada neste ano. Porém, considerando as médias trimestrais, o índice recuou 1,6 ponto, registrando a quinta queda consecutiva. 

Apesar de ter apresentado uma relativa melhora, o índice de confiança permanece inferior ao alcançado em 2020. As empresas esperam com otimismo a retomada do crescimento do setor, que durou até o início deste ano. Para os empresários, as incertezas que o descontrole da pandemia geram fazem com que os clientes tenham ainda um certo receio de investir em imóveis, e a pouca demanda atual não é capaz de assegurar um novo ciclo de crescimento. A alta de preços dos insumos, causada pela inflação, também foi apontada como uma limitação que dificulta a realização de novos projetos.

No entanto, essa alta do ICST, em maio, refletiu em uma melhora na percepção dos funcionários sobre o momento e gerou uma alta expectativa em relação ao próximo semestre. 

Interrompendo quatro meses de quedas seguidas, o índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 1,2 ponto e foi para 85,5 pontos. Essa alta no índice foi influenciada especialmente pela melhora do Indicador de Situação Atual dos Negócios, que foi para 86,4 pontos, crescendo 2 pontos desde a última avaliação. 

Já o Índice de Expectativas (IE-CST) foi para 89 pontos, avançando 3 pontos e compensando as perdas do mês passado, que chegaram a 4 pontos negativos. Esse resultado aconteceu graças a uma crescida no indicador de demanda prevista, que foi para 87,7 pontos, subindo 3 pontos, e também pela melhora no indicador de tendência de negócios, que foi para 90,5 pontos, registrando uma subida de 3,1 pontos. 

Engenharia civil no radar do futuro 

Todas essas promessas de aquecimento da área de construção apontam que a engenharia civil é uma profissão que se mantém no radar no futuro. A sociedade continua precisando desses serviços e seguirá comprando imóveis e demandando obras viárias, de saneamento e infraestrutura. 

Por ser uma área que exige muita inteligência emocional para lidar com o acompanhamento da obra e outras situações similares, não é uma área muito propensa à informatização, gerando muitas oportunidades.

Foto:Divulgação

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