Como consumidores e varejistas podem evitar golpes da Black Friday
Conheça as medidas de segurança para varejistas e consumidores aproveitarem a temporada de Black Friday
A Black Friday 2020, que acontece no próximo dia 27, tem tudo para ser a maior da história do varejo online. Segundo a Neotrust, empresa especializada em inteligência de mercado para o e-commerce, são esperados cerca de R$ 7 bilhões de faturamento, o que é mais que o dobro da data no ano passado.
Segundo a empresa, grande parte dessa projeção se deve ao fato da grande quantidade de pessoas que passaram a consumir no e-commerce durante a pandemia, ao mesmo tempo em que milhares de lojas passaram a vender no online, até mesmo para não falir.
Com isso, infelizmente, é natural que muitos fraudadores vejam neste momento uma oportunidade para roubar dados e cometer os mais variados tipos de fraudes e golpes. Afinal de contas, a inexperiência comum de quem ingressa em um ambiente digital que envolve transações financeiras pode ser, sem a existência de alguns cuidados, um prato cheio a ser explorado.
Neste cenário, é muito importante que consumidores e varejistas tenham muito claro tudo o que é possível fazer para se manter longe dos olhos atentos de fraudadores e outros tipos de cibercriminosos. E, ao contrário do que muitos podem pensar, muitas vezes, algumas práticas simples podem ser a diferença entre se tornar, ou não, a vítima de uma fraude.
Para os consumidores
Para cometer fraudes, os criminosos precisam, antes de qualquer coisa, de dados e informações de pessoas idôneas, sejam senhas bancárias, números de cartões de crédito ou dados aparentemente mais simples, como nome completo, endereço, CPF, etc. Somente com algumas dessas informações (ou todas elas) eles conseguem efetivar seus crimes.
Por isso, ao longo dos tempos, criminosos desenvolveram diversas formas de engenharia social para fazer com que a própria pessoa forneça este tipo de dado, sem que esta, obviamente, saiba que está sendo enganada. E é por isso que algumas dicas são valiosas para o consumidor se proteger. Confira algumas importantes.
1. Use senhas fortes e variadas
Nunca use senhas óbvias, como datas de nascimento e coisas do gênero. Senhas fortes costumam misturar caracteres especiais, números e letras maiúsculas e minúsculas. Além disso, jamais utilize a mesma senha para contas e acessos diferentes.
2. Evite fornecer informações
Toda informação é confidencial. Por isso, quanto menos divulgar informações, ainda que elas não pareçam tão confidenciais, melhor. Se não for possível verificar a identidade do interlocutor e procedência das credenciais, todo cuidado é pouco.
3. Desconfie quando a pressa é exagerada
Nunca se deixe levar pela pressão que criminosos tentam impor quando querem informações. Não se deve acreditar em coisas do tipo “sua conta será encerrada” e “seu nome será negativado”. Manter a calma e procurar informações em fontes confiáveis é sempre o mais indicado.
4. Cuidado ao clicar em links de ofertas
Fraudadores costumam usar a técnica de preços muito baixos ou que há poucas unidades do produto, para que uma pessoa pense estar em um processo normal de compra. Se realmente precisa do item noticiado, vá até a página da loja e faça a compra por lá. Isso evita que caia em páginas falsas, pague pelo produto e nunca receba.
5. Pesquise a reputação das lojas virtuais
Todo consumidor que pretende fazer uma compra pela web deve se certificar de que a loja é real e que entregará as compras feitas. Verifique o histórico da loja antes de se fazer a compra. A busca é possível no site do Procon, que disponibiliza uma lista das lojas que devem ser evitadas, ou em sites que avaliam as lojas.
6. Averigue se o site tem a sigla ‘https’ na URL
Em sites com essa sigla, a comunicação é criptografada, o que aumenta a segurança na transmissão dos dados. É importante também verificar se há um ícone com referência a um cadeado na parte inferior do navegador.
É importante ressaltar, no entanto, que este fator, por si só, não é garantia de proteção total. Depois que algumas certificações de segurança se tornaram mais acessíveis, até mesmo fraudadores passaram a investir neste tipo de coisa para criar, por exemplo, sites falsos.
Se antes era caro demais para que fraudadores achassem sentido em buscar certificações de segurança, quando as mesmas se tornaram mais baratas, os criminosos passaram a obtê-las como uma espécie de investimento que gera retorno.
7. Procure dados oficiais da empresa
Sites de e-commerce falsos normalmente não disponibilizam informações como CNPJ, endereço físico, contato, etc.
8. Mantenha programas antivírus atualizados
Com a evolução dos sistemas operacionais de computadores e smartphones, a instalação de programas maliciosos é cada vez mais difícil, mas, para que isso seja efetivo, é importante manter os programas atualizados com as versões mais novas, assim como o antivírus ativo.
Para os varejistas
Muitos varejistas que passarão por sua primeira Black Friday online nem sequer sabem que o prejuízo da fraude é praticamente todo dele, em um ecossistema que protege as operadoras de cartão e os consumidores, mas que expõe os lojistas.
Por isso, cada varejista virtual precisa ter um trabalho forte de segurança, prevenção e combate a fraudes, e o jeito mais eficiente de se fazer isso quando não se tem grandes equipes, com tempo para se dedicar e dinheiro para investir, é contratando uma empresa especializada em antifraude para e-commerce.
Atualmente, estas empresas antifraude no mercado já são capazes de usar bases robustas de dados para aplicar tecnologia avançada de mapeamento do comportamento do consumidor digital, equilibrando este trabalho com mão de obra especializada para identificar sinais de um possível ataque antes que ele comece a causar prejuízos.
Vale lembrar que, assim como grande parte dos criminosos do mundo, os fraudadores gostam do caminho que oferece menor resistência e que sistemas antifraude eficientes são uma barreira muito incômoda para eles.
Além disso, um antifraude para e-commerce eficiente vai além do combate a fraudes, entregando mais aprovação (mais vendas, portanto), menos reprovações indevidas e baixo tempo de resposta – tudo para melhorar a experiência do cliente final.
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