A necessidade de uma boa taxa de juros na hora de comprar um imóvel
Escolher as condições que tenham as taxas de juros mais vantajosas pode fazer toda a diferença no valor final pago.
O financiamento do imóvel próprio é um sonho para milhares de brasileiros, mas ele deve ser planejado com cuidado, levando em conta vários fatores. O financiamento consiste em um empréstimo feito por uma instituição financeira ao interessado, viabilizando a compra de um imóvel.
Esse empréstimo será quitado ao longo dos anos, uma vez que envolve um grande valor. Por causa dessa natureza, ao escolher o financiamento, o comprador deve sempre comparar as condições das taxas de juros que serão aplicadas no processo. Afinal, elas podem ter um grande impacto no valor final pago pela pessoa.
Taxas de juros
Abaixo, saiba mais sobre como funciona os juros em financiamentos de imóveis, quais são os tipos existentes e a importância de você optar pela taxa que mais te beneficia ao escolher seu financiamento.
Motivo dos juros
Primeiro, é preciso esclarecer porque essas taxas de juros existem. Elas funcionam de forma semelhante aos juros cobrados pela compra de um produto feita a prazo. O interessado no empréstimo “compra” o crédito — no caso, o valor do imóvel — de um banco e vai “pagando” com o passar do tempo.
Uma vez que o banco abre mão desse valor, que poderia ser investido de outra forma, ele compensa o empréstimo com a cobrança dos juros. Por ser um processo pago ao longo de muitos anos — na maioria dos casos, em décadas — a operação é tida como de risco para a instituição, o que faz com que os juros cobrados tenham taxas maiores.
Tipos de juros
São utilizadas três nomenclaturas distintas para se falar das taxas de juros existentes: a nominal, a efetiva e a real. A primeira é um valor referencial para a taxa de juros, mas que não é o montante cobrado para financiar a compra do imóvel. Isso acontece porque o período de capitalização não coincide com o qual a taxa é referenciada.
A taxa de juros efetiva é, como o nome sugere, efetivamente cobrada pelo banco. Nessa situação, o período de capitalização já está alinhado com o de referência. Por fim, a taxa de juros real indica o que foi cobrado, de fato, pela instituição durante o período, levando em conta a inflação com o passar do tempo.
Na hora de fazer o financiamento, é comum que o comprador depare-se com um contrato que indique uma taxa de 12% ao ano, capitalizada mensalmente. Isso quer dizer que a taxa de juros nominal será de 12%, com a efetiva sendo de 1% ao mês.
Uma diferença pequena na taxa de juros efetiva pode representar uma economia gigantesca no final de um financiamento de imóvel. A depender do financiamento escolhido e do valor da parcela de pagamento, uma diferença de 1 ou 2% na taxa de juros efetiva entre dois bancos pode representar uma poupança de centenas de reais por mês.
Essa diferença, ao longo dos anos de pagamento, resulta em um montante de milhares de reais, podendo chegar na casa de R$ 40 ou 50 mil de economia dependendo da escolha. Antes de fechar qualquer contrato, fique atento as taxas de juros cobradas para escolher aquela que melhor beneficia seu bolso.
Prazo de pagamento
Outro fator que impacta no valor das taxas de juros cobrada é o prazo acordado para o pagamento. Quanto mais tempo for necessário para pagar o empréstimo, maiores serão as taxas cobradas, uma vez que isso acarreta mais imprevisibilidade para o quite parte do comprador.
Prazos mais curtos, por outro lado, incluirão taxas menores. Porém, isso também pode ser sinal de parcelas maiores a cada mês. Uma forma de diminuir um pouco o valor cobrado, para não comprometer sua renda familiar mensalmente, é dar uma alta quantia na entrada do financiamento, já abatendo uma parte considerável do montante total a ser pago.