Pesquisa

Pesquisadores da USP desenvolvem site interativo sobre a Idade Média

“Guia Medieval” reúne textos, videoaulas, livros didáticos e pesquisas acadêmicas focados no período

Pesquisadores do Laboratório de Estudos Medievais (Leme), da Universidade de São Paulo (USP), desenvolveram uma plataforma digital interativa que possibilita a compilação de conteúdos sobre a Idade Média (476 a 1453). Intitulado como “Guia Medieval”, o site reúne textos explicativos, videoaulas, pesquisas acadêmicas e indicações de livros, e é voltado para todos os públicos – desde estudantes que se preparam para vestibulares até a população em geral interessada no tema.

“Constatamos a necessidade de melhor divulgar a produção científica sobre o período medieval realizada por pesquisadores latino-americanos”, conta Marcelo Cândido, coordenador do Laboratório de Estudos Medievais (Leme), da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

O projeto, que já mantém 600 conteúdos sobre o período, está disponível no site: https://guiamedieval.webhostusp.sti.usp.br/. Nele, é possível navegar entre as categorias já delimitadas pela plataforma – cristianismo, administração e gestão, cultura, entre outros – ou por regiões – Península Ibérica, África Subsariana e Ilhas Britânicas, por exemplo.

Há, ainda, a interação com a montagem de linhas do tempo, elaboradas a partir da seleção de espaços, temas e tipos de conteúdos de interesse. “A linha do tempo foi feita pensando no guia não ser só uma fonte de respostas, mas também de perguntas. Mais do que responder ao que a pessoa está pesquisando, ele busca incitar pesquisas sobre coisas relacionadas que talvez a pessoa nem tenha imaginado no começo da busca”, explicou Thiago Ribeiro, pesquisador que lidera o projeto do guia.

Os pesquisadores também criaram um podcast, o “Estudos medievais”, para discutir assuntos de História, Arqueologia, História da Arte e Antropologia. Com produção mensal, os temas são aprofundados por pesquisadores em algumas demarcações de séries e episódios, como o quadro Mundus, voltado para o diálogo com especialistas do período que atuam fora do Brasil. 

Por mais que seja concentrado na Idade Média, existem conteúdos para além desta demarcação histórica, como o “Neomedievalismo”. O campo teórico se debruça sobre a interpretação que filmes, séries e games fazem desse período. “É a reflexão sobre que tipo de Idade Média se produz nesse tipo de apropriação”, contextualiza Ribeiro.

A iniciativa conta com a participação de professores e pesquisadores da pós-graduação e da graduação, além de apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e da Pró-Reitoria de Pesquisa da USP, e pode ser consultada pelos candidatos que pretendem prestar o vestibular, mas ainda não sabem o que estudar para o ENEM, Fuvest ou provas correlatas. 

Foto: Divulgação

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