EconomiaMercado Imobiliário

Saiba como funcionam os leilões de imóveis, uma das melhores formas de sair do aluguel

O leilão de imóveis diminui de 40% a 70% o valor original do imóvel, porém é preciso tomar alguns cuidados antes de adquirir o bem por esta modalidade

O sonho da casa própria ainda é presente em grande parte da população. Segundo uma pesquisa feita entre o Censo de Moradia QuintoAndar e o Instituto Datafolha, constatou-se que 87% dos brasileiros entrevistados querem possuir uma residência, onde não precisem pagar mais aluguel.

Existem várias formas de conseguir realizar esse sonho atualmente – entre elas, existe o leilão de apartamento, ou de casas, onde o valor do imóvel diminui de 40% a 70%, dependendo do caso. Acaba sendo um ótimo negócio para quem quer se livrar de uma vez por todas do aluguel.

Mas, antes de embarcar nessa ideia, existem ainda alguns cuidados que devem ser tomados antes de decidir comprar um imóvel em um leilão.

Conheça o tipo de leilão

Existem dois tipos de leilões, em que, apesar de fundamentalmente serem iguais, o processo burocrático é muito diferente. O primeiro deles é o leilão judicial, que acontece quando o devedor não tem dinheiro para quitar uma dívida, e tem que vender os bens para garantir o pagamento do montante.

O segundo é o leilão extrajudicial, que é quando a pessoa física ou jurídica decide se desfazer do imóvel, de maneira rápida e sem muita burocracia. Também acontece quando o dono do local fica inadimplente no pagamento das parcelas do financiamento, o que acaba acontecendo muito com carros, por exemplo.

Destes dois, geralmente, o mais comum de se encontrar é o leilão extrajudicial, mas não se preocupe, que ele nunca deve estar atrelado a algum tipo de processo. Entretanto, se vir um com essas condições, é importante procurar se informar antes, para que não tenha dores de cabeça no futuro.

Como se compra um imóvel nesses leilões?

Eles geralmente funcionam de forma presencial, mas podem ser também na modalidade online, e funcionam da mesma maneira. O leiloeiro anuncia um imóvel em um edital, que tem um valor mínimo estipulado.

Então, o interessado entra no site, ou vai presencialmente até o local combinado, e dá um lance, aguardando para saber se arrematou o bem com o lance mais alto. Quem der o lance mais alto fica com o imóvel. E, assim que a oferta for aprovada, são direcionadas diversas orientações sobre documentação e pagamento para o dono.

Atualmente, algumas modalidades de leilão permitem que o comprador financie o imóvel arrematado. Entretanto, é importante frisar que depende de caso para caso, e não são todos os leilões que permitem essa forma de pagamento. Portanto, se você optar por esse tipo de aquisição, procure as regras do evento antes.

Quais os benefícios?

Apesar de o valor reduzido ser um grande atrativo, em casos excepcionais, o bem pode ser arrematado por um valor bem acima dos praticados pelo mercado imobiliário. Entretanto, é somente em casos raros, pois geralmente costumam ser adquiridos por preços muito em conta.

Além de tudo, ainda permite economizar tempo, pois você já compra uma casa completamente pronta, faltando somente mobiliar, ideal para quem tem pressa para sair logo do aluguel. Entretanto, é importante frisar a importância da realização correta dos trâmites, do arremate ao pagamento; se não, o tempo pode se estender a prazos que nem sempre são favoráveis.

Cuidados a se tomar

  •  Sempre leia o edital do leilão e se atente às informações contidas nele;
  • Caso haja alguma pendência, o comprador precisa regularizar a situação, o que muitas vezes acaba saindo bem mais caro que o imóvel;
  • Procure visitar o imóvel antes de dar o primeiro lance, o que pode ser feito com um corretor;
  • Saiba se o imóvel não está sendo ocupado por outra pessoa – um erro comum, mas que ainda pode trazer muita dor de cabeça.

Foto: ISTOCK

Instagram