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Desfiles virtuais: conheça essa tendência da moda

Com as restrições impostas pela pandemia, o mundo da moda teve que se reinventar.

A pandemia do novo coronavírus fez com que o mundo inteiro tivesse que se reinventar em seus hábitos e costumes, desde os mais simples aos mais complexos. O universo virtual, por sua vez, foi um verdadeiro divisor de águas, trazendo mais praticidade e conforto às pessoas em tempos de isolamento.

A moda foi um dos setores que precisou de sobremaneira se adaptar ao que muitos chamam de “novo normal” e uma tendência tem ganhado as telas: os desfiles virtuais. O acesso fica por conta das redes sociais, onde as pessoas conhecem as peças da temporada e os acessórios de moda práticos sem sair de casa.

Sem o habitual público, a tendência é que os desfiles deixem de ser tão exclusivistas e excludentes para tornar-se algo mais democrático e acessível, esteja você na primeira fileira ou não.

Desfiles X Pandemia

Há muitos anos, esse grande evento acontece em vários países trazendo as novidades do mundo da moda a partir da criação de grandes estilistas e suas respectivas marcas. É assim que surgem as chamadas tendências, ou seja, um direcionamento daquilo que vai fazer sucesso nas roupas, sapatos e acessórios daquela temporada.

No entanto, com a chegada da pandemia do novo coronavírus, absolutamente tudo neste mundo teve que ser adaptado a essa realidade tão estranha que nos impôs algo a que praticamente ninguém está acostumado — o distanciamento social.

A impossibilidade de reunir várias pessoas num mesmo lugar de forma presencial foi algo espantoso principalmente para um meio em que é através delas que são reveladas as novidades do mundo da moda.

A solução encontrada foi a reformular completamente as configurações dos habituais desfiles de moda usando as novas tecnologias, a começar pelo formato que passou a ser virtual. Em invés de plateias com pessoas presentes, plateias formadas por um público conectado via redes sociais.

Desfiles virtuais

O primeiro desfile virtual foi o The Fabric of Reality aconteceu no final de julho e usou a realidade virtual para oferecer uma experiência imersiva, em parceria com o Museum of Other Realities, o London College of Fashion e o Ryot Studio.

A possibilidade de interação on-line com o ambiente onde está acontecendo o desfile a partir da tecnologia 3D e em tempo real é, sem sombra de dúvidas, uma novidade que inovou esse segmento de moda em 2020.

Isso sem falar da presença fortíssima de redes sociais, a exemplo do Instagram, como verdadeiras plataformas para que esses eventos possam ser transmitidos para o mundo inteiro e o melhor: sem riscos e sem aglomeração.

A tradicional Semana de Moda em Paris se adaptou a esse “novo normal” e conseguiu trazer desfiles de marcas de renome internacional como Dior e Chanel de modo totalmente virtual.

Foi assim também a Semana de Moda em São Paulo (São Paulo Fashion Week) que aconteceu no início de novembro deste ano, com a celebração dos seus 25 anos. Além da virtualização, outra novidade foi a instituição de cota racial de modelos afrodescentes, indígenas ou asiáticos — 50% em cada apresentação.

Se por um lado se esse novo modo de desfiles traz uma certa popularização no acesso ao universo da moda, por outro, algumas marcas não conseguiram se adaptar, como foi o caso de Givenchy e Armani que preferiram não participar da última edição da Semana de Moda em Paris.

No entanto, ainda não se sabe ao certo se os eventos virtuais devem permanecer após o fim da pandemia. Segundo o presidente da Câmara de Moda Italiana, Carlo Capasa, “o virtual não substitui a emoção que desencadeia fisicamente o comparecimento ao desfile, mas é graças ao digital que o setor consegue aguentar”.

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